Fugas - Viagens

  • Miguel Manso
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De onde vêm todas as tulipas?

Estamos em Janeiro e nos jardins de Amesterdão a única coisa que se vê são arbustos e árvores com poucas folhas. Mas as fotografias mostram a tulipa, laranja com um traço de amarelo nos rebordos das pétalas, que há-de encher o jardim dentro de poucos meses. Baptizaram-na como Princenhof.

Enquanto não há tulipa, o que os hóspedes podem fazer, todos os dias às 11h, é uma visita guiada pela história deste hotel, parte do qual foi, no século XV, mosteiro franciscano — e essa herança ainda é visível nos dois claustros, o pátio através do qual se entra no hotel e o jardim interior.

Com a afirmação do protestantismo na Holanda, os conventos começaram a ser usados para outros fins e este recebeu o Almirantado da todo-poderosa Companhia Holandesa das Índias Orientais, sendo já então usado como hotel para os hóspedes mais importantes.

O The Grand continuou a atravessar a História e quando, no século XIX, o irmão mais novo de Napoleão, Louis Napoleão, ocupou o trono da Holanda, escolheu o edifício da Câmara Municipal, na Praça Dam, para palácio e os serviços municipais foram transferidos para aqui, onde se mantiveram até 1988. Depois de quatro anos de obras de renovação, o edifício reabriu em 1992 como Sofitel Legend The Grand Amsterdam (a cadeira Sofitel classifica como Legend os hotéis que têm importância histórica).

A visita das 11h passa por dois dos espaços mais emblemáticos: a sala da antiga Assembleia Municipal da cidade, da janela da qual se vê a torre do sino, a fazer-nos recordar o mosteiro que aqui existiu; e a Sala de Casamentos, decorada com uma curiosa história de amor pintada em estilo Art Nouveau e toques egípcios.

Vale também a pena visitar — e, claro, ficar para uma refeição — o restaurante Bridges, uma estrela Michelin, no qual são também servidos os pequenos-almoços do hotel. Na parede à direita de quem entra está uma pintura mural do artista holandês Karel Appel (1921-2006) que representa crianças da Alemanha de Leste com fome e pedindo comida. Em 1949, quando o local funcionava como cantina da câmara, os funcionários acharam o tema da pintura demasiado pesado e mandaram tapar a parede. Durante dez anos o trabalho de Appel esteve escondido. Hoje é uma das estrelas do Bridges, onde aparece reproduzido até nos menus.

Outra particularidade do The Grand para se distinguir de outros hotéis de cinco estrelas é oferecer aos clientes das suítes mais caras um serviço de mordomo privado. Dos quatro mordomos que actualmente ali trabalham, três são brasileiros, o que significa que se pode pedir em português para, por exemplo, nos fazerem a mala ou arranjarem o banho, marcarem um restaurante ou ajudarem a organizar um passeio pela cidade.

Sofitel Legend The Grand Amsterdam
Oudezijds Voorburgwal, 197
Tel.: +20 555 3111
www.sofitel-legend-thegrand.com
Preços a partir de 300€ por quarto/noite.

Informações

Como ir: A Transavia voa para Amesterdão a partir de Lisboa (44€ ida, 55€ regresso) todos os dias. Do Porto (49€, 55€) todos os dias menos sábado. De Faro (60€, 75€) todos os dias. E do Funchal (69€, 65€) às segundas e quintas. Para deslocações dentro de Amesterdão é aconselhável ter o I amsterdam city card: 49€ para 24 horas; 59€ para 48 horas; 69€ para 72 horas. Para além de permitir andar nos transportes públicos, permite a entrada gratuita em muitos museus e outras atracções da cidade (incluindo o Hortus), além dos cruzeiros nos canais.

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