Fugas - Viagens

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Eslováquia: a dama branca num tabuleiro de tantas cores

Por instantes faz-se silêncio dentro do carro e eu recuo um pouco na minha errância, até à quietude observada em  Spišská Kapitula, a curta distância de Spišské Podhradie, no sopé do castelo. Rodeada por muralhas do século XVI,  Spišská Kapitula é um complexo católico que remonta ao século XIII, com bonitas casas góticas de um lado e do outro da única rua – e que liga as duas portas medievais. No alto, projecta-se a catedral de St. Martin, construída em 1273, com as suas torres gémeas românicas e um santuário gótico, com altares impressionantes do século XV. Não muito longe da catedral, um seminário e o palácio renascentista do bispo, contribuindo, todos juntos, para conferir legitimidade a quem designa  Spišská Kapitula como o Vaticano da Eslováquia.

- Não tens nada que agradecer. Fico feliz por ter ajudado. Espero que leves uma boa impressão do país, diz-me Dávid Bor quando nos despedimos em Prešov.

Levo. E uma pequena parte de Biela Pani e de Hedviga.

GUIA PRÁTICO

Quando ir

O clima da Eslováquia sofre fortes influências da Europa Continental, com verões quentes e secos e invernos rigorosos. Janeiro é, por norma, o mês mais frio, com temperaturas negativas, especialmente nas regiões montanhosas, onde a queda de neve é frequente. O Verão é a melhor altura para visitar o país (os termómetros, durante o dia, andam pelos 22/25 graus mas podem chegar aos 30), sendo Julho o mês com melhor média (22 graus).

Como ir

Levoca, com cerca de 15 mil habitantes, não tem aeroporto e o mais próximo, servido por companhias aéreas internacionais, é o de Košice, a 90 quilómetros de distância. De Portugal, não há qualquer ligação aérea directa à segunda maior cidade eslovaca, pelo que a opção mais prática passa pela Austrian Airlines, com uma escala em Viena. A tarifa para um bilhete de ida e volta não fica muito em conta (um pouco mais de 600 euros), mas pode sempre estudar outras alternativas: um voo barato até Barcelona e, desde Girona, com a Ryanair até Bratislava (apenas às segundas e sextas e por cerca de 150 euros, ida e volta); ou voar até Praga e, desde a capital checa, com a Czech Airlines, até ao aeroporto de Barca, a escassos seis quilómetros do centro de  Košice. Do terminal, a não mais do que dez minutos a pé da zona histórica da cidade, saem oito autocarros por dia para Levoca, um trajecto que se cumpre em cerca de uma hora e meia e com preço (ida) de 4.90 euros. Os horários podem ser consultados em www.eurobus.sk e se, por qualquer motivo, perder uma dessas ligações, tem a possibilidade de recorrer a Prešov como escala para chegar a Levoca (peça ao motorista para o deixar na paragem próxima da parte antiga). De regresso a Košice – se for o caso – poderá aproveitar para visitar Spišské Podhradie (na mesma direcção), a 20 minutos de autocarro.

Onde dormir

Situado no coração do centro histórico, na Majstra Pavla, 55, o hotel Stela proporciona conforto e uma atmosfera familiar. Com uma longa história (já no século XVI recebia mercadores de passagem pela cidade), o Stela cobra, na época alta, 51 euros por um single, 71 por um duplo e 81 para quem preferir uma das suites. Na mesma praça, no número 26, num edifício totalmente renovado e que em tempos acolheu uma tipografia, encontra o Arkada, com preços mais em conta (37 para um single, 54 por um duplo e 65 por uma suite). Finalmente, na Nóva, 65, pode desfrutar de um espaço acolhedor e calmo, o Oáza, uma casa que dispõe de seis quartos e com preços (a partir de 10 euros) à medida de quem viaja com orçamentos reduzidos.      

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