Viajar de forma independente e sozinho (e, cada vez mais, sozinhas)
Um estudo feito recentemente pela BookYogaRetreats.com concluiu que 51% dos mais de 300 inquiridos estão a planear viajar sozinhos nas próximas férias. A percentagem aumenta substancialmente entre os alemães (80%), britânicos (69%) e canadianos (67%) – mas a tendência parece estar a ganhar adeptos em todo o mundo.
Sem surpresas, a grande maioria dos inquiridos revelou ainda que vai programar a viagem e fazer as reservas necessárias de forma independente. Apenas 6,25% prevê recorrer a uma agência de viagens em 2017.
Entre as previsões divulgadas por vários media no sector das viagens está ainda o aumento do número de mulheres a viajar sozinhas. De acordo com a Lonely Planet, um estudo recente revelou que o número de empresas de viagens destinadas exclusivamente ao mercado feminino aumentou 230% nos últimos anos. Segundo o relatório de tendências de viagem deste ano do Euromonitor International, a Índia é um dos países onde o fenómeno tem ganho mais expressão, “suportado por iniciativas governamentais e start-ups focadas nas mulheres”.
Viajar sem bagagem
Deixar a mala em casa e alugar roupa e outros pequenos produtos no destino é outra das tendências detectadas pelo Euromonitor International, com popularidade crescente entre os jovens. De acordo com o estudo, há cada vez mais hotéis e marcas de moda a criar parcerias para corresponder à procura e start-ups a surgir neste mercado. Uma delas é a UnPack, que promete entregar uma mala com roupas, acessórios e artigos de higiene directamente no hotel. Depois da entrada nos sectores do alojamento e dos transportes, a economia partilhada parece continuar a expandir-se a outras áreas do turismo e das viagens.
Microaventuras
À medida que as viagens se vão tornando uma parte imprescindível do estilo de vida de uma fatia cada vez maior da população, também as microaventuras vão ganhando mais adeptos entre os europeus. Pelo menos é essa outra das conclusões do Euromonitor International: sem tempo para tirar muitos dias seguidos de férias, os europeus estão a procurar “escapadelas curtas mas aventureiras”.
E há cada vez mais empresas a ter isso em conta. A easyJet, por exemplo, lançou várias campanhas com aventura no ADN para destinos europeus, tanto em cidades como nos arredores, numa alternativa às clássicas escapadelas citadinas.
Também este ano surgiram em Portugal duas empresas que comercializam pacotes de viagens cujo destino é surpresa para o cliente até à véspera da partida e que têm, precisamente, como premissa devolver emoção e aventura às viagens.
Mais voos low cost na Europa
À medida que as companhias aéreas fecham os planos para 2017, sucedem-se anúncios de novas rotas em Portugal no próximo Verão. Só o Porto conta com pelo menos mais três ligações oferecidas por companhias diferentes: Amesterdão (KLM), Paris (Air France) e Dublin (Aer Lingus). Mas há mais e mais, sem contar com aquelas que sempre nos vão escapando.
A somar às novas rotas, há ainda uma companhia área low cost prestes a surgir na Europa. Ainda não tem nome nem data de nascimento (as previsões apontam apenas para “Abril de 2017”), mas sabe-se que tem pais com experiência no sector (Etihad e TUI), que a maternidade ficará em Viena, que terá casa em vários aeroportos austríacos, alemães e suíços, e que dará os primeiros passos em destinos como a Grécia, ilhas Baleares e Canárias e Espanha continental. Quanto a Portugal, saberemos em breve.