Onde ficar
Argel
Haussmann. O nome não figura nos roteiros turísticos, mas é impossível visitar Argel sem sermos confrontados com o estilo arquitectónico a que Georges-Eugène Haussmann ficou associado no final do século XIX. Se Paris sofreu a sua “haussmannização”, a capital argelina copiou-lhe os traços, as avenidas e os edifícios que as compõem. A melhor forma de viver a arquitectura argelina por dentro é circular pelo Airbnb, apertar a malha dos filtros de procura e estar atento aos comentários e pontuações dos últimos hóspedes. O apartamento da Nadia (36 euros por um quarto para dois) fica no centro, a dois passos do metro e a 200 metros do monumental edifício dos Correios. Tem todas as comodidades e um extra: a proprietária, uma nativa que nasceu no Dia da Independência.
Constantine
Vamos visitar Constantine dentro de dias. Onde podemos ficar? A resposta repetiu-se várias vezes: “Hotel des Princes”. A cidade das pontes tem ofertas mais modernas de cadeias internacionais, mas é memorável a experiência de pisar aquele elevador de ferro, de tomar pequeno-almoço junto ao jardim de Inverno, de ver empregadas de limpeza atarefadas nos corredores de mosaico hidráulico e imaginar que não saímos dos anos 1950. O Hotel des Princes (entre os 29 e os 59 euros) fica numa antiga rua de arcadas (Rua Abane Ramdane, 29), a alguns metros do movimentado mercado e a poucos minutos a pé do desfiladeiro e suas pontes.
Onde comer
Argel
A palavra chorba significa “beber”, sendo que a sua origem persa combina o sentido de “sopa” e “guisado”. Significa também o início de uma bela amizade — ou, pelo menos, de uma bela refeição no Lalla Mina (Rua Didouche Mourad, 54), antigo Koutoubia, um clássico argelino reconhecido pela cozinha tradicional. É essencial desvendar as finas camadas do chekhchoukha com guisado de carneiro, assim como o couscous Royal com três tipos de carne. No fundo da lista encontrámos o crumble Lalla Mina (de maçãs caramelizadas) e m’halbi (uma espécie de arroz doce com geleia caseira de laranja). Não há vinho na lista, mas há excelentes cocktails de fruta e legumes. Como alternativa, sugerimos o El Djenina, fundado em 1968 (Rua Franklin Roosevelt, 10). Atenção: as ruas de Argel, repletas de baguetes, croissants e outras gulodices, podem ser tentadoras. Guarde barriga.