Há quem já classifique o evento como os Óscares do vinho, mas o certo é que nenhum outro consegue reunir com tanto êxito actores e protagonistas do sector. A cerimónia anual de entrega dos prémios da Revista de Vinhos juntou à volta de mil pessoas na Alfândega do Porto, onde Osvaldo Amado foi consagrado como enólogo do ano e Peter Bright como senhor do vinho.
Destaque ainda para a região da Bairrada, que vê começar a ser reconhecido o esforço de renovação e reorganização dos seus produtores: o enólogo do ano trabalha essencialmente na região, que viu também reconhecido o trabalho da Comissão Vitivinícola da Bairrada, galardoada com o prémio para a organização vitivinícola do ano. Particularmente sentido foi o momento em que a Quinta das Bageiras foi chamada para receber um dos 30 prémios de excelência para os melhores vinhos do ano e subiu ao palco o próprio pai Abel em representação do branco de 2012 que leva o seu nome no rótulo. Foi dos momentos mais aplaudidos da noite.
Na vertente gastronómica, destaque para a consagração do cozinheiro José Avillez (numa temporada em que não pára de somar distinções) com o Prémio Gastronomia David Lopes Ramos, que assim homenageia o saudoso crítico do PÚBLICO. O título de restaurante do ano foi para o algarvio São Gabriel, o de cozinha tradicional portuguesa do ano para o restaurante D. Elvira (Braga) e o de Wine Bar do ano para o Dux, Petiscos & Vinhos (Coimbra).
Voltando aos vinhos, José Manuel Sousa Soares (Porto Cruz) foi eleito enólogo do ano na categoria de vinhos generosos, o prémio de produtor revelação foi para João Nicolau de Almeida & Filhos, tendo havido um empate na votação para o produtor do ano, assim atribuído a duas organizações: Abrigo da Passarela e Wine & Soul. A minhota Quinta do Ameal foi reconhecida com o prémio identidade e carácter e a Adega do Cartaxo como cooperativa do ano.
