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    Península do Ancão, praia de Faro Bruno Simões Castanheira
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    Península do Ancão, praia de Faro Bruno Simões Castanheira

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O Algarve que vai formoso

Estamos no bairro dos pescadores: quando o alcatrão acaba, há um caminho de cimento que entra nas dunas. Até ao casario, bancos de madeira com vista para o mar, vestígios de casas. "Três foram abaixo, há alguns anos. O mar passou por um lado e outro", confirma Vasco Silva, a acabar de pintar a sua casa, amarelo-torrado, depois de um dia que começou às cinco da manhã, com o lançar das redes. É uma vida difícil, queixa-se. "A barra está longe, quase a dez quilómetros, e para passar a ponte às vezes precisamos de três horas até apanhar a água." Estes tempos não têm sido muito pródigos, "linguado, chocos, polvo". "Antes havia cavala. Já não. Não sabemos porquê."

Também não sabe por que razão vive na "ilha" de Faro, já que na realidade esta não é uma ilha, é o extremo oriental da Península do Ancão e também é simplesmente conhecida por praia de Faro. É o hábito. Na verdade, depois do bairro piscatório, só areia e dunas seguem até "terra firme"; a entrada faz-se por ligação terrestre - uma ponte de uma faixa, regulada por semáforos, que já viu melhores dias (está projectada a construção de uma nova). Mas aqui poucos se parecem dar conta da existência de um istmo: falam-nos da ilha de baixo e da ilha de cima; em baixo, residencial e comercial, em cima a aldeia piscatória, "quando acaba a estrada". Nós atrevemo-nos a falar da "ilha central", aquela onde desemboca a ponte, onde está a sua única estalagem, onde se concentram bares e restaurantes, onde o areal está mais congestionado. E onde os carros ocupam todos os espaços livres - ainda que, sejamos honestos, o estacionamento seja um bem escasso em toda a ilha, por estes dias.

Não é sempre assim. "Entre Outubro e Maio não se vê ninguém", contam Maria José e Valdemar Brás, há 31 anos por detrás do balcão do seu café, na "ilha de baixo", entre vivendas com nome (como a Vivenda Pelicano com o seu golfinho), casas "tradicionais" com terraços e chaminés rebuscadas. Eles próprios não vivem aqui, vêm diariamente de Montenegro, do outro lado da faixa estreita da ria. "Esta é a praia mais pobre do Algarve", opina Maria José, "só há portugueses tesos. E os que têm casa". No Inverno, dizem, há sobretudo estrangeiros e ao fim-de-semana enche-se de portugueses domingueiros. "Como há estrada, o pessoal vem dar a volta e muitas vezes nem pára. Vai tudo embora às cinco da tarde." Um pouco mais de conversa e o casal concede a presença assídua de pescadores, surfistas, kitesurfers...

Algumas pranchas de windsurf deslizam na ria, onde há casas que desembocam em cima da água e meia dúzia de pessoas apanha sol mesmo à beira do pontão onde chegam os barcos de Faro. Na praia, não conseguimos descortinar um paraíso de surfistas, mas acreditamos que é pela maré baixa - o mar é uma piscina infinita, com ondulação mínima. Há quem se entretenha aí ou com brincadeiras mais ou menos ortodoxas: um grupo de rapazes salta na pequena arriba em cambalhotas no ar; outro grupo, de franceses, aproveita o último dia para enterrar um deles na areia, debaixo das formas de uma "sereia-macho"; cinco amigos que vêm de Faro jogam o "bambi", uma espécie de "futvolei para totós", explica Andrés Conceição. É um ritual nestes dias de Verão: todos trabalham por turnos - entre estes, umas horas na praia. Já Ivo Sermião passa o dia na praia, com umas horas de intervalo, quando o sol aperta. É o primeiro ano em que vende as famosas bolas de Berlim e garante que a sua "receita é diferente".

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