Escolha do editor
Um Verão de Fugas em Portugal
Ao longo deste Verão, na revista (ao sábado com o jornal PÚBLICO) e online, acompanhe-nos numa série dedicada a passeios pelos caminhos de Portugal.
Notícias
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Uma sentinela a vigiar o mar
O rio Mondego desagua na Figueira da Foz e a norte desta cidade uma elevação calcária, ponto noroeste da serra da Boa Viagem, forma um penhasco com 250m de altura, quase vertical, sobre o mar e a costa. Neste ponto alto com a costa a espalhar-se para sul e para norte, a função de vigia foi naturalmente adoptada e mal se viam embarcações suspeitas de pirataria na parte sul era hasteada uma bandeira para avisar a população da parte norte deste penhasco e vice-versa. Naturalmente o sítio passou a chamar-se Miradouro da Bandeira e dali se avista toda a planície costeira que parece desenhada em arco de areia e espuma do mar em linha branca, seguida de uma densa floresta para o interior, formando a região da Gândara.
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Castelo de Montemor-o-Velho, O monte maior
Ao longo de 20 semanas, a Fugas destaca outros tantos miradouros, o nosso património das vistas. Hoje paramos em Montemor-o-Velho.
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O miradouro invertido
Quando chego ao Covão da Ametade, e onde o Zêzere nasce, em pleno coração do Parque Natural da Serra da Estrela, agradeço sempre ao arquitecto paisagista que inventou os parques naturais e a ideia de conservar a natureza. Que bela invenção! Não tocar nos processos naturais, só manter o que há e adaptar um mínimo a paisagem, lembrando aos homens que a beleza natural de alguns lugares deve ser preservada como uma catedral, porque desencadeia em nós emoções muito fortes, muito fundas. Assim é no Covão da Ametade, onde olhamos para cima e temos paredes de granito esculpidas por milénios de neve, de chuva e de vento, onde graças à beleza do lugar sentimos a nossa pequenez, a imensidão do nosso pensamento e a continuidade repetida da natureza.
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É preciso tempo e silêncio para beber esta paisagem
O Fragão do Corvo, visto de longe, parece uma pintura chinesa. Pedregulhos arredondados misturam-se com urzes e giesta de flor branca em tufos também arredondados pelo vento. No cimo, a mão humana deixou um marco de ponta redonda. Bem assinalado na chegada às Penhas Douradas, o Fragão é um lugar sagrado para quem conhece aquelas altitudes bravias, e para quem chega é uma surpresa inesquecível.
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Vistas suaves sobre a paisagem
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No mundo dos Symington e de vinhos inesquecíveis
Nesta, que é uma das 27 quintas que a família Symington tem no Douro, produziu-se o Porto Vintage Dow’s 2011, que conquistou o 1º lugar no Top 10 da prestigiada revista Wine Spectator.
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Um banho de lama e sal em Castro Marim
Os fenícios e os romanos andaram por aqui a explorar o sal para as conservas de alimentos. Mas na segunda metade do século XX as salinas de Castro Marim pareciam condenadas a morrer. Agora renasceram e uma delas até se transformou num “spa natural” com aplicações de argila e banhos flutuantes.
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Escorregar e mergulhar, até à última gota de adrenalina
“Um dia diferente” na rotina das férias, “mais divertido” do que a praia, descrevem miúdos e graúdos. A maioria já perdeu a conta às diversões experimentadas, às escorregadelas e aos mergulhos. Num parque aquático, somos todos crianças.
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Um centro para abrir os Açores à arte
A directora do Centro de Artes Contemporâneas, Fátima Marques Pereira, avisou-o no dia da inauguração, no final de Março: o Arquipélago “não é uma ilha” — é um museu aberto ao mundo, sem mares que separam, um espaço que abre as portas dos Açores ao mundo da arte e cultura.