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  • Constância
    Constância Bruno Simões Castanheira
  • Constância, Estátua de Camões
    Constância, Estátua de Camões Bruno Simões Castanheira
  • Constância, Casa Memória de Camões
    Constância, Casa Memória de Camões Bruno Simões Castanheira
  • Constância, Jardim-Horto de Camões
    Constância, Jardim-Horto de Camões Bruno Simões Castanheira
  • Constância, Jardim-Horto de Camões
    Constância, Jardim-Horto de Camões Bruno Simões Castanheira
  • Constância, Jardim-Horto de Camões
    Constância, Jardim-Horto de Camões Bruno Simões Castanheira
  • Constância, um batismo (de uma igreja envagélica) na praia fluvial
    Constância, um batismo (de uma igreja envagélica) na praia fluvial Bruno Simões Castanheira
  • Vila Nova da Barquinha, Castelo de Almourol
    Vila Nova da Barquinha, Castelo de Almourol Bruno Simões Castanheira
  • Vila Nova da Barquinha, Castelo de Almourol
    Vila Nova da Barquinha, Castelo de Almourol Bruno Simões Castanheira
  • Vista de Tancos para a aldeia do Arripiado, concelho de VN Barquinha
    Vista de Tancos para a aldeia do Arripiado, concelho de VN Barquinha Bruno Simões Castanheira
  • No Parque de Escultura Contemporânea de Almourol, Vila Nova da Barquinha
    No Parque de Escultura Contemporânea de Almourol, Vila Nova da Barquinha Bruno Simões Castanheira
  • A
    A "escultura habitável" Shelter, no Parque de Escultura Contemporânea de Almourol, Vila Nova da Barquinha Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo Bruno Simões Castanheira
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    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim, Casa Típica Avieira
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim, Casa Típica Avieira Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim, Casa Típica Avieira. Na imagem, a dona Cacilda
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim, Casa Típica Avieira. Na imagem, a dona Cacilda Bruno Simões Castanheira
  • Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim, Casa Típica Avieira.
    Na Rota dos Avieiros, pelo Tejo. Escaroupim, Casa Típica Avieira. Bruno Simões Castanheira
  • Valada, aldeia avieira
    Valada, aldeia avieira Bruno Simões Castanheira
  • Valada, aldeia avieira
    Valada, aldeia avieira Bruno Simões Castanheira
  • Berlenga Grande
    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
  • Berlenga Grande
    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
  • Berlenga Grande
    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
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    Berlenga Grande Bruno Simões Castanheira
  • Fortaleza de Peniche - Museu Municipal
    Fortaleza de Peniche - Museu Municipal Bruno Simões Castanheira
  • Fortaleza de Peniche - Museu Municipal, Núcleo da Resistência Antifascista
    Fortaleza de Peniche - Museu Municipal, Núcleo da Resistência Antifascista Bruno Simões Castanheira
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    Fortaleza de Peniche - Museu Municipal, Núcleo da Resistência Antifascista Bruno Simões Castanheira
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    Fortaleza de Peniche - Museu Municipal, Núcleo da Resistência Antifascista Bruno Simões Castanheira
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    Fortaleza de Peniche - Museu Municipal, Núcleo da Resistência Antifascista Bruno Simões Castanheira

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Pelo Tejo abaixo com as Berlengas à vista

Entramos pela flora de Os Lusíadas, que inclui o “cemitério” — plantas que não se adaptaram, como o cravo-da-Índia ou o algodão —, seguimos pela lírica, onde apanhamos um trevo de quatro folhas, até à maior esfera armilar do país, colocada no muro a assinalar a confluência dos dois rios. Ainda passamos por um antigo poço árabe, tergiversamos a casa quinhentista que já foi paços do concelho até ao Planetário de Ptolomeu e terminamos no jardim de Macau, pavilhão rodeado de lagos com nenúfares.

Pelo caminho, uma âncora do século XVII serve como testemunho da grandeza dos barcos que por aqui navegavam, num intenso comércio com Lisboa — daqui ia cortiça, fruta, cereais, por exemplo, de lá vinha o sal, adubos… Essa é a história que se revela no pequeno Museu dos Rios e das Artes Marítimas, uma janela para um mundo que acabou com a chegada do transporte ferroviário. Trepam-se ruas que se cruzam, estreitas e empedradas, entre casario alvo com risca amarela, num dédalo para chegar à parte alta da cidade: no museu está a história do transporte fluvial, da pesca e da construção naval nestas paragens — cá fora vemos, do lado de lá do Tejo, a celulose do Caima que representa a nova vida; o rio e as antigas quintas agrícolas, o velho mundo. A dois passos, a Biblioteca Alexandre O’Neill ajuda a compor o retrato da “vila poema”, que inspirou diversos poetas.


À conquista do castelo

É uma poesia diferente, a que vamos descobrir navegando as águas do rio Tejo —  uma poesia também feita à custa do suor e lágrimas de muitos que para aqui se trasladaram para ganhar o pão nosso de cada dia. Por enquanto, a navegação é curta, poucos minutos apenas para desembarcarmos aos pés do castelo de Almourol (39°27’43”N 8°23’1”W) que, atrevemo-nos a dizer, será o castelo mais cénico do país. Mais não seja por estar numa ilhota — ainda que rente à margem esquerda, rochosa, do rio; na direita há um areal e na ilha apanha-se sol em pequena encosta aos pés da fortaleza.

Longe vão os tempos em que este, construído pelos templários, era um ponto-chave na defesa (e expansão) do reino. O único clamor que agora aqui se ouve é a algazarra de crianças que nos chega lá do alto, filtrada pelo arvoredo onde surpreendem gigantescos cactos. A ascensão até à muralha é rápida e a fortaleza é pequena — a torre de menagem domina e é para lá que os passos caminham. A vista é o que se espera, com o rio Tejo a serpentear calmamente sob o sol. “Tem mais piada da água, tem-se a sensação de ilha”, comenta um jovem casal; “Está visto”, diz uma família de quatro, depois de espreitar em todas as direcções. Não faltam fotografias, mas as máquinas nunca estão tão erguidas como durante a “viagem”, apontadas à fachada nascente do castelo, agigantado sobre as rochas e já na sombra.

Estamos na Praia do Ribatejo, mas o acesso também se pode fazer do Cais D’El Rei, em Tancos, a “vila florida” que vemos assim apenas junto ao rio. As festas da terra começaram ontem: fazem-se testes de som no palco e as barracas estão quase todas fechadas. O rio corre para lá de salgueiros e relvados — na margem oposta, cenário gémeo: um palco também montado no cais de Arripiado, que trepa até à igreja. “As festas são ao mesmo tempo”, confirma Filipe Bento, no balcão do Welcome to Bar, esplanada no final do passeio ribeirinho, vista directa para o castelo de Almourol. “Durante a noite, as barcas andam de um lado para o outro”, conta.

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