O mar e as serras
São territórios de agricultores e de aristocratas, de religiosos e poetas. Balançando entre o oceano e montes, quintas nobres e barcos de pescadores, praias e campos de cultivo, retiros religiosos e centros profanos, fomos pela Estremadura, de Setúbal a Sintra para acabarmos surpreendidos pela natureza - que é, afinal, quem mais ordena nestas paragens.
Entre Constância e Berlenga, viajamos pela lezíria embalados pelo Tejo e palavras de poetas. Passamos castelos em ilhas, cavalos em mouchões, praias e um mar de aves entre esteiros. Por Ribatejo e Oeste, das aldeias avieiras vimos os sinais de uma vida dura e acabamos a descobrir o que custou a liberdade.
Alentejo, um passeio em quatro sabores
Numa região de gastronomia de personalidade vincada, percorremos o Alentejo interior guiados por quatro produtos emblemáticos: o pão, o presunto de Barrancos, as ameixas de Elvas e os rebuçados de Portalegre. Um passeio apetitoso.
O Algarve que vai formoso
Não se pode dizer que seja a antítese do resto do litoral do Algarve, mas é verdade que a ria Formosa é um espaço (e tempo) especial. À zona protegida, servida de sapais e oceano, rodeada de ilhas-dunas que são mutantes, o turismo chega sem excessos. Por isso, uma praia deserta está sempre à espreita de algumas caminhadas.
Mergulhámos nas origens para voarmos pelo Verão
Seja num recolhido recanto no centro do país ou pela atlântica orla costeira, na Beira Litoral as férias de Verão são sempre um regresso às origens. Caminho fora, vamos ao sabor da água e do vento, entre lendas de moiras encantadas e passeios de contemplação, sem esquecer actividades mais radicais. E um sorriso de criança.
Danças com bois
Nas aldeias raianas de Ribacôa, no distrito da Guarda, não há Verão sem festa rija. E estas festas da Beira Interior arrancam logo de madrugada. Tudo por causa dos bois. São as capeias arraianas, declaradas Património Cultural Imaterial de Portugal.
Por Trás-os-Montes, com o mirandês como ingrediente-base, seguimos viagem juntando mais condimentos: burros, gaiteiros, caretos, uma pitada de misticismo, boas doses de hospitalidade e uma natureza que consegue ser "tão bela quanto medonha"