Fugas - Motores

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O Astra tem um novo coração e é mais económico

Por João Palma

O Opel Astra, renovado em 2012, recebe agora o motor diesel 1.6 CDTI, estreado no monovolume Zafira Tourer, que já cumpre a norma de emissões Euro 6 e substitui com vantagem em termos de economia e performances o anterior 1.7 CDTI.

A quarta geração do Astra, o pequeno familiar da Opel, datada de 2009, foi objecto de uma renovação no início de 2013, mas só agora teve a sua talvez mais importante actualização: a inclusão do motor 1.6 CDTI turbodiesel da nova geração de propulsores da Opel, que toma o lugar do 1.7 CDTI, tendo melhores consumos, emissões e desempenhos, além de já cumprir a norma de emissões Euro 6. A Fugas teve oportunidade de conduzir a carrinha Astra Sports Tourer, com o nível de equipamento superior, Cosmo.

Conforto. Esta é a primeira sensação que temos quando nos deslocamos na carrinha Astra. E não só conforto de condução, mas também o de todos os outros ocupantes. Isso é ainda mais marcante nos bancos dianteiros ergonómicos, certificados pela AGR (Aktion Gesunder Rücken e. V), uma associação alemã especializada em ergonomia. A suspensão electrónica FlexRide, uma opção que trazia a carrinha que conduzimos, também contribui com uma larga fatia para esse conforto, além de aumentar o dinamismo e a estabilidade.

Esse conforto é mais marcante no modo Tour, um dos três disponibilizados pelo sistema FlexRide (os outros sendo o Standard e o Sport), mas mesmo no Sport, apesar de uma condução mais viva, é notória a suavidade com que o veículo desliza sobre o asfalto. Outra importante contribuição não só para o conforto, mas também para a segurança, é o sistema opcional de iluminação adaptativa AFL+, cuja aquisição se recomenda, isolado (1000€) ou, mais vantajosamente, incluído no pack Cosmo Plus.

A carrinha que conduzimos tinha o nível de equipamento superior, Cosmo, a que se somavam alguns opcionais que a encareciam em 2950€. E se um deles – as jantes de 18'' (600€) – é, na nossa opinião, perfeitamente dispensável, os outros são muito úteis: a já referida suspensão FlexRide e o pack Cosmo Plus, que, por 1500€, oferece sistema de navegação, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, retrovisores rebatíveis electronicamente e o sistema de iluminação AFL+.

Mas é o propulsor 1.6 CDTI agora introduzido no Astra que merece destaque. Estreado no monovolume Zafira Tourer, no Astra vai ter duas variantes: de 110cv e de 136cv. A mais potente já está disponível. A de 110cv, que visa em particular as frotas, só virá em Junho. Até lá, numa campanha de lançamento, o Astra 1.6 com 136cv terá o mesmo preço que a variante de 110cv. Depois, haverá um aumento de 1000€ nos Astra com maior potência. Assim, de momento, é possível ter um Astra 1.6 de 136cv a partir de 24.600€ (nível de entrada, Selection, carroçaria de 5 portas) ou 25.400€ (carrinha, Selection).

Este motor turbodiesel de 136cv e a carrinha Astra são um feliz casamento. É verdade que só a partir das 1500rpm se sente a entrada em funcionamento do turbo, mas nota-se uma melhoria em todos os aspectos face ao "velho" 1.7 CDTI e essa vantagem verifica-se em todos os níveis de performance e nos consumos. É verdade que os 5,8 l/100km de média que obtivemos estão longe dos 3,9 l/100km anunciados, mas sendo o veículo que nos disponibilizaram novinho em folha, decerto que os consumos se reduzirão após a carrinha ter feito umas dezenas de milhares de quilómetros. A caixa manual de seis velocidades (também nova) está bem escalonada e funciona com suavidade. Há também uma nítida melhoria no sistema Start/Stop, que agora tem um comportamento irrepreensível.

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