Fugas - restaurantes e bares

The Yeatman

The Yeatman Fernando Veludo/nFactos

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Os melhores brunches do Porto

Passa das 15h30 e há um casal que desce; o casal com bebé no rés-do-chão também sai precipitado. "O bebé acordou", dizem, à laia de justificação, "está aborrecido". Há um grupo que entra. A esta hora de sábado são apenas servidos brunches na Taberna do Bonjardim, tem sido assim desde que abriu, um ano cumprido em Maio. A aposta custou e continua a custar. "Hoje quase até às 15h00 estivemos sem ninguém." Entretanto, entraram e saíram os dois casais, chegou o grupo - que até é família: os filhos rodeiam a mãe com um pedido. Panquecas. Uma panqueca e uma salada foram a escolha de uma das clientes de hoje. Mesmo tendo à sua disposição, e sem restrições, um pequeno-almoço e um almoço.

"Gostava de ter brunch com menu", conta Marta. Mas a cozinha é exígua e não permite responder a muitos pedidos diferentes. Por isso, a ideia que se segue é "segmentar" o brunch. "Estou a ponderar." Porque se 15 euros para pequeno-almoço, almoço, bebidas e café (de saco) "não é caro" (e "há clientes que ficam a comer a tarde toda"), para um pequeno-almoço apenas, por exemplo, "não é barato".

Taberna do Bonjardim. Rua do Bonjardim, 450 Porto Tel.: 222 013 560 Horário: sábado, das 12h00 às 16h00. Preço: €15

VIP Lounge

Há coisas assim: a Fugas a experimentar brunches e o VIP Lounge do Porto Palácio Hotel a relançar o seu. Agora, acontece todos os domingos, "há 12, 14 anos", havia "ao sábado", "lá em baixo", conta o chefe Hélio Loureiro. "Lá em baixo" no restaurante, porque agora é cá em cima, 19º andar, no VIP Lounge, miradouro privilegiado para a cidade do Porto (e inclui o rio, o mar, a foz, o outro lado), onde nos sentamos para, com outros convidados, experimentar o "novo" brunch.

Um domingo, porque não pode ser à semana, nota o chefe Hélio Loureiro: o brunch não é fast food, "só faz sentido com tempo" - para usufruir das dezenas de ofertas que se concentram em algumas mesas neste espaço discretamente moderno, todo ele feito de luz que se intromete pelas paredes de vidro. Afinal, "há que agradar a todos", recorrendo para tal a clássicos (e não só) da cozinha nacional e internacional. "Nesta variedade, todos devem encontrar-se".

Há quentes (mais) e há frios. "A base é o pequeno-almoço". E por aí se pode começar com cereais, iogurtes e sumos naturais, croissants, brioches e panquecas, danish pastry ("indispensável"), muffins, bacon e ovos mexidos. Depois, com intervalo ou não, há tábua de queijos, presunto, patês, salmão fumado ("sempre"), caranguejo, sushi e ostras frescas, crudités e saladas (ou os ingredientes, alinhados em taças e travessas) - e que tal um flûte de champanhe ou um cocktail a acompanhar? Os quentes vãose desvendando e combinando ou vão sendo preparados diante dos nossos olhos, como as massas, salteadas no momento.

As sobremesas vão desde a fruta laminada aos crepes (e respectivos molhos), as mousses (de chocolate ou maracujá, vimos), os suspiros, o creme brûlée... Assim se reúnem "duas refeições importantes para o dia-a-dia", numa espécie de novo cerimonial.

A ideia é tornar-se o "almoço de família de domingo" do século XXI - isto é, de famílias de matriarcas trabalhadoras, de famílias monoparentais, que querem desfrutar do fim-de-semana sem penar horas na cozinha. Aqui é chegar, comer, comer um pouco mais e descansar no terraço-esplanada enquanto o dia declina no horizonte ali à mão.

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