Fugas - restaurantes e bares

  • No restaurante Mr. Lu pode provar-se a comida do Norte da China
    No restaurante Mr. Lu pode provar-se a comida do Norte da China Bruno Lisita
  • Mr. Lu em breve terá um segundo restaurante também na zona de Arroios
    Mr. Lu em breve terá um segundo restaurante também na zona de Arroios Bruno Lisita
  •  O Dinastia Tang quer mostrar não apenas a comida mas a cultura chinesa
    O Dinastia Tang quer mostrar não apenas a comida mas a cultura chinesa Enric Vives-Rubio
  •  Dinastia Tang: para a decoração do restaurante vieram da China dois contentores cheios de objectos
    Dinastia Tang: para a decoração do restaurante vieram da China dois contentores cheios de objectos Enric Vives-Rubio
  • O The Old House faz parte de uma cadeia que na China tem já 33 restaurantes
    O The Old House faz parte de uma cadeia que na China tem já 33 restaurantes Enric Vives-Rubio
  • No The Old House a comida é da região de Sichuan, conhecida pelo uso de picante
    No The Old House a comida é da região de Sichuan, conhecida pelo uso de picante Enric Vives-Rubio
  • O The Old House abriu este ano no Parque das Nações
    O The Old House abriu este ano no Parque das Nações Enric Vives-Rubio
  • O Yum Cha Garden é especializado em dim sum
    O Yum Cha Garden é especializado em dim sum Bruno Lisita
  • Depois de Oeiras, o Yum Cha Garden abriu em Lisboa na zona das Amoreiras
    Depois de Oeiras, o Yum Cha Garden abriu em Lisboa na zona das Amoreiras Bruno Lisita

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O novo mapa gastronómico chinês em Lisboa

Outra coisa que separa as gastronomias do Norte das do Sul é o facto de as primeiras usarem mais cereais (e daí os pequenos pães chineses que também se podem comer no Mr. Lu), enquanto no Sul é o arroz que domina. Além disso, Shangdon é conhecida pela qualidade do vinagre que produz. Entre as mais de 30 técnicas associadas a este tipo de cozinha, está uma conhecida como “bao”, que significa fritura rápida a temperaturas muito altas, com grandes chamas.

Perguntamos se há uma lista diferente para os chineses e a mulher do senhor Lu vai buscá-la. Apontando para os caracteres chineses, indica os pratos que são pedidos geralmente pela comunidade chinesa e que a maioria dos clientes portugueses nem sabe que existem: rins, coração ou intestinos de porco (a cozinha de Shandong também se caracteriza pelo uso de grande variedade de miudezas), línguas de pato, tofu com “ovo preto” (ovos de pato) ou patas de galinha, sem os ossos e com um molho picante. 

A empregada continua a traduzir, com um grande sorriso, explicando que Lu é filho e neto de cozinheiros, dedica-se à cozinha há 30 anos (chegou a Portugal há 12 anos e abriu este restaurante há um ano e meio) e “ganhou um prémio de cozinha na China”. 

Depois do sucesso deste espaço aberto em 2014 (aos fins-de-semana é difícil conseguir lugar), Lu e a mulher vão abrir um novo restaurante, não muito longe deste, na zona de Arroios. A lista “vai ter muitos pratos novos criados pelo Mr. Lu”. E aí, entre clássicos e novas criações, os portugueses vão poder aprofundar o seu conhecimento de uma cozinha chinesa mais genuína. 

Mr. Lu
R. António Pedro, 95 (Arroios), Lisboa
Tel.: 21 352 0613
Todos os dias das 11h às 15h ?e das 19h às 24h
Preço médio: 15€

 

Um mundo chinês em Marvila

Em Marvila, um grande armazém pintado de cor-de-rosa no exterior esconde um inesperado universo chinês. Dinastia Tang é o restaurante da portuguesa Marisa Cerqueira e do marido, chinês, Binlu Zhu, de portas abertas desde Maio do ano passado. 

“Queríamos oferecer a cozinha chinesa autêntica. É uma cozinha tão boa, para quê estar a alterá-la?”, pergunta Marisa, enquanto nos convida a entrar pelo andar térreo do armazém, que foi até há pouco tempo usado para eventos (a ideia era que servisse para casamentos chineses) mas que será agora adaptado a bar. 

Para chegar à parte nobre do Dinastia Tang é preciso subir as escadas. Aí, num espaço muito grande, com janelas altas, encontramos desde molduras com trabalhos em prata da minoria chinesa dos Miao (o marido de Marisa tinha na China uma loja dedicada a esta arte) até painéis de barro incrustados na parede representando artes tradicionais chinesas, passando por mesas e cadeiras ao estilo da dinastia Ming, elaboradas cabeceiras de cama chinesas que são usadas como divisórias criando recantos, uma curiosa liteira, delicados arranjos de flores, até ao enorme arco em madeira trabalhada mandado fazer na China mas montado em Portugal.

“Trouxemos dois contentores e meio cheios de peças para a decoração do espaço”, conta a proprietária. Porque o Dinastia Tang não é apenas um restaurante/salão de chá – é uma forma de trazer um pouco da cultura chinesa para Lisboa. Por isso, em breve vão começar a vender peças de artesanato e também passar a ter música tocada ao vivo por uma artista chinesa num guzhen, o lindíssimo instrumento tradicional que agora descansa silencioso em cima de uma mesa. 

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