As cadeiras dançaram no pódio da lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, com os três líderes no ano passado a trocarem posições. O Eleven Madison Park, do chef Daniel Humm, subiu do terceiro para o primeiro lugar, consagrando-se como o melhor restaurante do mundo nos prémios atribuídos anualmente pela revista britânica Restaurant.
O espaço liderado pelo chef Daniel Humm procura "melhorar a experiência do fine-dining com um lado lúdico, desvanecendo as fronteiras entre a cozinha e a sala de refeições", descreve a organização em comunicado. "O menu de degustação sazonal [do Eleven Madison Park] celebra a história rica e as tradições culinárias da cidade", acrescenta.
A Osteria Francescana, de Massimo Bottura (Itália), desceu para a segunda posição do pódio e o El Celler de Can Roca (Espanha), dos três irmãos Rocca, é agora o terceiro melhor restaurante do mundo. A cerimónia de entrega dos prémios decorreu esta quarta-feira em Melbourne, na Austrália, durante a qual foi revelada a primeira metade da lista dos 100 melhores restaurantes do mundo. A segunda parte - contemplando os restaurantes que ficaram entre 51.º e o 100.º lugar - tinha sido divulgada na semana passada, deixando o Belcanto, único restaurante português a integrar a lista, em 85.º lugar.
Com a vitória do nova-iorquino Eleven Madison Park, o selo de melhor do mundo sai da Europa, depois de treze anos consecutivos de vitórias partilhadas entre Itália (Osteria Francescana, 2016), Espanha (El Celler de Can Roca, 2015 e 2013; e elBulli, de 2006 a 2009 e 2002), Dinamarca (Noma, 2014 e de 2010 a 2012) e Reino Unido (The Fat Duck – 2005).
É preciso recuar a 2004 para encontrar o mais recente – e até agora único – restaurante localizado fora da Europa a chegar ao topo da lista: The French Laundry, situado precisamente nos Estados Unidos (em Yountville). O restaurante liderado pelo chef Thomas Keller foi eleito o melhor do mundo em 2003 e 2004, depois do espanhol elBulli ter vencido a primeira edição dos World’s 50 Best Restaurants.
O top 5 deste ano fica completo com o francês Mirazur, de Mauro Colagneco, que sobe duas posições em relação ao ano passado, e o peruano Central, do casal Pia Léon e Virgilio Martinez (que momentos antes tinha subido ao palco para receber o galardão A Escolha dos Chefs). De fora fica o Noma, de René Redzepi, encerrado desde o final de 2016. Eleito por quatro vezes o melhor do mundo, o restaurante localizado em Copenhaga tinha ficado em quinto lugar no ano passado.
Entre os dez melhores restaurantes do mundo ficaram ainda o Asador Etxebarri, de Victor Arguinzoniz (Espanha), o Gaggan, do chef Gaggan Anand (Tailândia), o Maido, de Mitsuharu 'Micha' Tsumura (Peru), o Mugaritz, de Andoni Luis Aduriz (Espanha) e o Steirereck, de Heinz Reitbauer (Áustria). De destacar a subida fulgurante do restaurante Gaggan, em Banguecoque, que sobe 16 lugares, ocupando este ano a 7.ª posição da lista.
O norte-americano Blue Hill at Stone Barns, dos irmãos Barber, é, no entanto, o restaurante que regista a maior subida do ano: ascende da 48.ª para 11.ª posição, galgando 37 lugares.