Fugas - Viagens

  • Marina
    Marina Nuno Alexandre Mendes
  • Ao Tejo
    Ao Tejo Nuno Alexandre Mendes
  • Ao Tejo
    Ao Tejo Nuno Alexandre Mendes
  • Uma área ideal para observação de aves
    Uma área ideal para observação de aves Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Centro de Interpretação de arte rupestre do Vale do Tejo
    Centro de Interpretação de arte rupestre do Vale do Tejo Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Museu de Azeite
    Museu de Azeite Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Aldeia de Foz do Cobrão
    Aldeia de Foz do Cobrão Nuno Alexandre Mendes
  • Aldeia de Foz do Cobrão
    Aldeia de Foz do Cobrão Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes
  • Nuno Alexandre Mendes

Continuação: página 6 de 7

Vila Velha de Ródão: portas e varandas do Tejo

“Há pouca gente da terra”, ouvimo-lo de várias bocas. Houve entrada de sangue novo, mas isso foi já há muitas décadas: para a construção da barragem, para trabalhar na Celtejo, a empresa referência do concelho ou não fosse a sua maior empregadora e, portanto, responsável por uma taxa de emprego invejável. Porém, isso não parece ser o suficiente para fixar população jovem, que prefere ir viver para Castelo Branco. Ganham o dinheiro em Vila Velha de Ródão e gastam-no lá, resumindo.

A transformação da pasta de papel não se resume a esta empresa e esta actividade é incontornável para quem aqui chega: as altas chaminés vêem-se de quase todos os pontos e o seu fumo, ingenuamente, pode ser confundido com névoa – excepto quando sai negro (normalmente significa o arranque da maquinaria depois de períodos de manutenção): nesse dia, não há papa em Vila Velha de Ródão; nos outros dias é uma cidade muito “abençoada” – esta é uma piada recorrente. 

Voltada para o rio e a mirar o passado, é com o turismo nos olhos que vila Velha de Ródão olha o futuro. É o que nos explica o vereador do Turismo, José Manuel Alves: “Um turismo de natureza, de cultura e de qualidade”.

O Tejo para o museu

Foi em Outubro de 1971 que foram descobertas as primeiras gravuras, picotadas, nas margens do rio – em menos de três anos, a contra-relógio, porque a barragem de Fratel já estava em construção e entrou em funcionamento em Abril de 1974, a chamada “geração do Tejo”, identificou cerca de 40 mil gravuras ao longo de 40 quilómetros (entre a barragem de Cedilho, “fronteira” com Espanha, e a foz do rio Ocreza, imiscuindo-se um pouco neste). Foram inventariadas, fotografadas, topografadas e moldadas – hoje os moldes (1500) em latex, estão no Museu de Foz Côa, onde são guardadas em condições de temperatura ideais – e grande parte submergida pelas águas do Tejo. As maiores concentrações estão nos sítios de Fratel, Cachão do Algarve e S. Simão, este o único onde se podem ver algumas que escaparam à invasão das águas, para além dos núcleos do Gardete e do Ocreza.

No CIART, na praça do pelourinho, numa sala dividida por painéis vemos os ecos da descoberta nos jornais, entramos nos núcleos do Fratel, de Cachão do Algarve, Gardete; vemos uma recriação da rocha F-155, uma das mais originais do Tejo, onde se plasmam gravuras de várias épocas e por tal é também uma montra para os motivos mais recorrentes: antropomorfos, zoomorfos e sobretudo abstractos; vemos imagens de uma das figuras com mais pormenor (um veado), da mais antiga (o cavalo de Ocreza).

Num painel cronológico assistimos à evolução da ocupação humana da zona e, no final, vários painéis fazem um resumo das gravuras encontradas, que incluem a única representação de ursídeo da arte rupestre portuguesa e permitem melhor distinguir as figuras.


Guia prático

Como ir
De Lisboa: Seguir pela A1 até à A23 em direcção a Abrantes, Castelo Braço e Torres Novas. Sair na saída 19 para a N241. Ir em direção a Vila Velha de Ródão.
Do Porto: Seguir pela A1 até à saída da N342 Lousã, Soure, Condeixa. Convergir com a A13 - 1 e depois seguir pelo IC8 até à A23, direcção Castelo Branco. Sair na saída 19 para a N241. Ir em direção a Vila Velha de Ródão.

--%>