Fugas - Viagens

  • Em Coimbra, um cortejo comemorativo dos 650 anos de Inês de Castro, em 2005
    Em Coimbra, um cortejo comemorativo dos 650 anos de Inês de Castro, em 2005 Carla Carvalho Tomás
  • Em Coimbra, a Ponte Pedonal Pedro e Inês
    Em Coimbra, a Ponte Pedonal Pedro e Inês Adriano Miranda
  • Coimbra, o apogeu romântico da Quinta das Lágrimas
    Coimbra, o apogeu romântico da Quinta das Lágrimas Adriano Miranda
  • Luca Ceccarelli a mulher, Irene Lanforti, depois de casarem na Casa di Giulietta, em Verona, museu dedicado à peça de Shakespeare.
    Luca Ceccarelli a mulher, Irene Lanforti, depois de casarem na Casa di Giulietta, em Verona, museu dedicado à peça de Shakespeare. Alessandro Garofalo/Reuters
  • Mensagens de amor na parede sob a varanda dita de Julieta em Verona
    Mensagens de amor na parede sob a varanda dita de Julieta em Verona Daniele La Monaca/Reuters
  • Frida Kahlo e Diego Rivera, a história de amor
    Frida Kahlo e Diego Rivera, a história de amor DR/Museo Frida Kahlo
  • A Casa Azul, hoje Museu Frida Kahlo, em Coyoacán, México
    A Casa Azul, hoje Museu Frida Kahlo, em Coyoacán, México DR/Museo Frida Kahlo
  • Bonnie & Clyde, amor aos tiros
    Bonnie & Clyde, amor aos tiros Reuters
  • Um quadro de Edwin Henry Landseer retrata a Rainha Vitória e o príncipe Alberto no Castelo de Windsor
    Um quadro de Edwin Henry Landseer retrata a Rainha Vitória e o príncipe Alberto no Castelo de Windsor DR
  • O Taj Mahal, nascido do
    O Taj Mahal, nascido do "amor eterno" entre o Prince Khurram e Mumtaz Mahal Brijesh Singh/Reuters
  • Uma história naturalmente exacerbada, a vivida por Heathcliff e Cathy no
    Uma história naturalmente exacerbada, a vivida por Heathcliff e Cathy no "Monte dos Vendavais", aqui representados por Laurence Olivier e Merle Oberon na obra-prima de William Wyler que adaptou o livro ao cinema em 1939 DR/BFI
  • E Tudo o Vento Levou... (até o amor entre Rhett e Scarlett)
    E Tudo o Vento Levou... (até o amor entre Rhett e Scarlett) DR
  • Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre no Rio de Janeiro em 1960
    Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre no Rio de Janeiro em 1960 AFP

Continuação: página 4 de 8

Volta ao mundo em dez histórias de amor


EUA. Texas e Louisiana
Bonnie & Clyde


Há algo de épico na canção que Brigitte Bardot popularizou quando ela conjura a nossa atenção: “Et bien/ Ecoutez l’histoire/ De Bonnie and Clyde”. Bonnie Parker e Clyde Barrow constituíram o casal fora-da-lei mais famoso dos anos 1930 norte-americanos. O país vivia mergulhado na Grande Depressão, a Lei Seca estava no seu estertor e o par assustava na mesma proporção que fascinava a população — durou pouco o seu reino de terror, mas a sua lenda instalou-se no imaginário colectivo. Claro que não prejudicou a atenção que a cultura popular dedicou aos seus feitos, produzindo filmes, canções, livros sobre o casal que entre 1932 e 1934 assaltou bancos e postos de gasolina, assassinou polícias e civis. Contudo, inconscientemente ou não, foram eles próprios que começaram a construir a sua iconografia, deixando para trás inúmeras fotos em poses apaixonadas, ela de boina, ele de chapéu, e com armas empunhadas.

A história é a típica boy-meets-girl: Bonnie era empregada num café em Dallas e conheceu Clyde, delinquente já condenado, em 1930. Foi amor à primeira vista, diz-se. Em poucos anos tornaram-se em inimigos públicos, deixando um rasto de crimes e cadáveres e protagonizando fugas improváveis às autoridades.

Foi na área do sudoeste dos EUA que o bando Barrow distribuiu a sua actividade criminosa e é um bom pretexto para conhecer a América mais profunda. O Texas é o seu epicentro, sobretudo em redor de Dallas, a cidade natal de ambos. Pequenas cidades como Grapevine ou Grand Prairie, Kemp ou Decatur, têm as suas memórias da dupla, mas algumas das mais tangíveis estão em Huntsville: no Texas Prison Museum exibem-se vários objectos que lhes pertenceram, como uma pistola encontrada no carro onde morreram. Esse também é objecto museológico e está nos arredores de Las Vegas.

No Louisiana, na auto-estrada 154, a sul de Gibsland, um marco assinala o local da emboscada final ao casal. Um verdadeiro blaze of glory inglório: mais de cem balas cravejaram o carro onde Bonnie e Clyde morreram, em Maio de 1934. Ambos foram sepultados em Dallas, mas em cemitérios diferentes. Bonnie deixou alguns poemas, como The Story of Bonnie and Clyde, do qual deixou uma cópia à mãe poucas semanas antes de morrer: “Some day they’ll go down together/ they’ll bury them side by side./ To few it’ll be grief,/ to the law a relief/ but it’s death for Bonnie and Clyde”.


Inglaterra
Rainha Vitória e príncipe Alberto


Adormeceu Alexandrina Vitória e acordou rainha Vitória, às seis da manhã, quando a informaram de que o tio tinha morrido. Aos 18 anos, aquela que nasceu em quinto lugar na linha de sucessão ao trono inglês tornava-se rainha de um império que ela haveria de tornar no mais poderoso e mais vasto do mundo, “onde o sol nunca se punha”. Não o fez sozinha, pelo menos não nas primeiras décadas. Aos 21 anos casou-se com o primo, Alberto de Saxe-Coburgo Gotha e, como raramente acontecia nas monarquias, o casamento orquestrado nas altas instâncias do poder foi de amor verdadeiro. Tão verdadeiro que se tornou mito.

--%>