Fugas - Viagens

  • Ponta do Ouro, em Moçambique
    Ponta do Ouro, em Moçambique Gonçalo Cadilhe
  • No Equador
    No Equador Gonçalo Cadilhe
  • J-Bay, África do Sul
    J-Bay, África do Sul Gonçalo Cadilhe
  • Cabo Byron, Austrália
    Cabo Byron, Austrália Gonçalo Cadilhe
  • Kaikoura, Nova Zelândia
    Kaikoura, Nova Zelândia Gonçalo Cadilhe
  • Zunzal
    Zunzal Gonçalo Cadilhe
  • Trindade e Tobago
    Trindade e Tobago Gonçalo Cadilhe
  • Trindade e Tobago
    Trindade e Tobago Gonçalo Cadilhe
  • A capa de Passagem para o Horizonte
    A capa de Passagem para o Horizonte

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Aos 40 anos, Gonçalo Cadilhe decidiu que lhe faltavam viagens. Foi dar uma volta ao mundo

Apesar de ser viajante profissional há mais de 20 anos, conhecia apenas quatro dos 12 mares por onde deslizou. Da Austrália ao Sri Lanka, “recebeu sempre o mesmo frémito e excitação de chegar a um lugar que não se conhece”. “É o que nos faz sentir extremamente vivos”, garante, admitindo “guardar alguma saudade – no sentido em que as viagens que fez a seguir não foram tão épicas –, essa expectativa do próximo destino, não só do lugar, mas das condições de mar, de saber se o astral estaria em alta e iria conseguir encontrar condições épicas no mar ou não”.

“Os primeiros cinco meses correram como se controlasse o universo, depois tive ali uma falha de alguns meses e nas últimas duas etapas voltou outra vez tudo a explodir num festival de sorte e alegria”, avalia. “Terminei com esta plenitude do sonho realizado, da volta ao mundo completa e da liberdade cumprida”. Talvez por isso não acredita que parta novamente com semelhantes desígnios (“não deixou esse sentimento do inacabado, não preciso de outra”) e se pudesse voltar atrás faria exactamente o mesmo itinerário (“para ver se desta vez tinha mais sorte”, nomeadamente nas Galápagos – “aquilo ficou-me atravessado e queria ver se ajustava contas com essa onda”).

“Ao longo de todo o ano senti que estava no cruzamento ideal da vida para equilibrar o que fui aos 20 e o que serei aos 60, nunca me senti tão em sintonia com o momento presente”, conta, recordando que “chegava à noite e não lhe apetecia dormir por achar que o melhor da vida estava a acontecer naquele momento e dormir era quase um sacrilégio”.

Aos 46 anos elege aquele como o seu “melhor ano” até agora. “Foi das poucas vezes na minha vida em que não estive dividido, não houve nenhuma parte de mim a puxar nem para nenhum outro lugar nem para nenhum outro tempo e acho que isso é uma boa medida da felicidade”.

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Passagem para o Horizonte
por Gonçalo Cadilhe
268 páginas, edição Clube de Autor
Preço de capa: 16€

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