Fugas - Viagens

  • Pena
    Pena Miguel Manso
  • Pena
    Pena Miguel Manso
  • Pena
    Pena Miguel Manso
  • Pena
    Pena Miguel Manso
  • Castelo dos Mouros
    Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Castelo dos Mouros
    Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Castelo dos Mouros
    Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Castelo dos Mouros
    Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Castelo dos Mouros
    Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Castelo dos Mouros
    Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Sintra, vista do Castelo dos Mouros
    Sintra, vista do Castelo dos Mouros Miguel Manso
  • Palácio da Vila
    Palácio da Vila Miguel Manso
  • Palácio da Vila
    Palácio da Vila Miguel Manso
  • Palácio da Vila
    Palácio da Vila Miguel Manso
  • Palácio da Vila
    Palácio da Vila Miguel Manso
  • Vista do Chalet Saudade
    Vista do Chalet Saudade Miguel Manso
  • Monserrate
    Monserrate Miguel Manso
  • Monserrate
    Monserrate Miguel Manso
  • Monserrate
    Monserrate Miguel Manso
  • Monserrate
    Monserrate Miguel Manso

Continuação: página 3 de 6

Os românticos criaram Sintra e deixaram-nos um 'paraíso glorioso'

Hoje o cultivo das camélias está a ser recuperado. “Existem mais de duas mil árvores cameleiras, já temos cerca de 300 cultivares identificadas e estamos a reproduzir as históricas, dedicadas a membros da família real, para vir, no futuro, a vendê-las ao público”, revela Nuno Oliveira.

Nos 85 hectares da Pena há muito a visitar. Um dos mais recentes pontos de interesse é o recuperado Chalet da Condessa D’Edla, a segunda mulher de D. Fernando II (D. Maria II morreu aos 34 anos ao dar à luz o 11.º filho). “A Pena não pode ser compreendida na sua totalidade sem o chalet”, defende António Nunes Pereira. “Pertence a uma fase em que D. Fernando é já viúvo, conhece uma cantora de ópera e decide casar com ela. O chalet é também uma expressão do romantismo, mas aqui de um homem para a sua mulher, que era suíça. É o privado e a memória individual oposto à memória colectiva representada na Pena.”

Praticamente destruído por um incêndio em 1999, o chalet tinha ficado quase inacessível. “O parque estava num estado de degradação imenso”, recorda Nuno Oliveira. “O palácio dava receitas mas o parque não, por isso estava abandonado, com os seus elementos, o ochalet, a abegoaria, as estufas, literalmente perdidos. Era difícil chegar até eles e depois descobrir o caminho de volta.”

A recuperação do chalet “foi o ponto de partida para a do parque, que se fez como uma mancha de óleo”. Neste momento, as estufas acabam de ser inauguradas e falta apenas recuperar o Alto do Chá e o Jardim Inglês.

Palácio e Parque de Monserrate

Enquanto D. Fernando II comprava mais terrenos e aumentava a sua propriedade da Pena, não muito longe dali, um milionário inglês, Francis Cook, fazia mais ou menos a mesma coisa na zona de Monserrate. O primeiro palácio desta propriedade, uma mansão neogótica, tinha já sido construído por um outro comerciante inglês, Gerard de Visme, no século XVIII.

Mais tarde, o escritor britânico William Beckford subarrendou o palácio mas na época da visita de Lord Byron a Portugal, em 1809, este estava já em ruínas, o que não impediu que, elogiado pelo poeta, se tornasse local de peregrinação para muitos visitantes estrangeiros. Cook foi um deles e encantou-se de tal forma que acabou por, em 1863, comprar a propriedade onde, com o arquitecto James Knowles, construiu um excêntrico palácio de influências medievais e orientais e um parque igualmente exótico.

Haveria uma saudável competição entre o rei e Cook para comprar terras e exibir os respectivos parques com espécies mais raras e extraordinárias (que entretanto se foram espalhando de forma espontânea pelo resto da serra, modificando a paisagem). Mas neste campeonato Cook tinha uma vantagem, explica Nuno Oliveira: “O clima e as características dos solos são distintas das da Pena, que tem um clima mais agreste, húmido e frio. Se esta consegue albergar conjuntos diversificados de colecções, Monserrate fá-lo de uma forma ainda mais exuberante, sobretudo com as plantas dos trópicos. E aí é mais marcada a diferença entre os vários ambientes: o Jardim do México, o roseiral, o Vale dos Fetos, o relvado em frente ao palácio.”

--%>