Fugas - Viagens

  • Adriano Miranda
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  • “O meu pai”, recorda Isaura, “nunca nos deixou o sapato [de Natal] vazio”.
    “O meu pai”, recorda Isaura, “nunca nos deixou o sapato [de Natal] vazio”. Adriano Miranda
  • Aníbal, que é uns anos mais velho, também se lembra da laranja ou da maçã que ganhava no dia de Natal.
    Aníbal, que é uns anos mais velho, também se lembra da laranja ou da maçã que ganhava no dia de Natal. Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
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  • Mario Santos amassa o pão que vai a cozer no forno a lenha na Loja das Aldeias de Xisto
    Mario Santos amassa o pão que vai a cozer no forno a lenha na Loja das Aldeias de Xisto Adriano Miranda
  • Kerstin Thomas, umas das proprietarias e dinamizadora do centro criativo Cerdeira Village
    Kerstin Thomas, umas das proprietarias e dinamizadora do centro criativo Cerdeira Village Adriano Miranda

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Natal é quando o madeiro arde e a couvada está na mesa

De lareira acesa na acolhedora sala do Sabores da Aldeia, comemos um entrecosto assado com batatas e castanhas e a chanfana, de carne a desfazer-se, que Mário aprendeu a fazer com a Ti Lena, que foi, com o marido, a última habitante do Talasnal antes de a aldeia ser abandonada (e depois recuperada, com vários alojamentos locais e um restaurante). Foi ela quem lhe ensinou muitos segredos da gastronomia serrana que ele hoje aplica no restaurante que abriu em Março deste ano, com Ana Pinto, na parte de baixo da loja.

Quando partimos, deixamos Mário a pôr no forno de lenha o pão que tinha estado a amassar. Cheira a Natal. Fica a promessa de voltarmos. Era bom se fosse já este ano, ainda a tempo de ver o madeiro a arder e de nos juntarmos aos antigos e novos habitantes das Aldeias do Xisto, para, junto às chamas, pela noite dentro, comer uma chouriça e beber uma aguardente de medronho enquanto ouvimos as histórias dos natais serranos e as memórias de uma mão mal cheia de figos secos deixados no sapatinho.

O que são as Aldeias do Xisto?

É uma rede de 27 aldeias situadas no Centro de Portugal, na zona do Pinhal Interior, entre Castelo Branco e Coimbra, integradas no projecto de desenvolvimento sustentável liderado pela ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, em parceria com 21 municípios e mais de 100 operadores privados no território. Há uma série de actividades em cada uma das aldeias, e na rede no seu conjunto, que podem ser conhecidas no site www.aldeiasdoxisto.pt, onde está disponível toda a informação sobre alojamentos, restaurantes, lojas, rotas, passeios pedestres, centros de apoio à prática de BTT e praias fluviais. Existe também um livro Aldeias do Xisto - A descoberta começa aqui, e muito material impresso disponível em toda a rede.  As informações que se seguem são relativas apenas ao percurso que a Fugas fez pela região e por algumas das 27 aldeias.

Guia prático

Fajão

Onde comer

O Pascoal
Rua das Flores, Fajão
Tel: 235 751 219 ou 963 012 659
Horário: das 13h às 15h e das 19h às 22h. Encerra à segunda-feira.
Preço médio: 13 euros

Especialidades: bacalhau à Juiz; trutas do rio Ceira; cabrito assado à Juiz; ensopado de borrego à fajaense; chanfana; tigeladas.

Janeiro de Cima

Onde ficar

Manuela Margalha nasceu em Janeiro de Cima e vive actualmente em Aveiro, mas recuperou algumas casas na aldeia (tem também a Casa da Pedra Rolada e a Casa Maria Dias). A Fugas ficou alojada no segundo andar da Casa de Janeiro, que tem quatro quartos e uma área comum de sala e cozinha. Situada mesmo no centro, junto à igreja e à Casa das Tecedeiras, é uma óptima base para se conhecer melhor esta aldeia, com as suas tradições ligadas ao linho, praia fluvial e passeios de barca pelo rio Zêzere.

Casa de Janeiro
Tel.: 969 339 830
Email: reservas@casadejaneiro.com
Preço dos quartos: entre os 40 e os 60 euros por noite.

O que visitar

Casa das Tecedeiras

Loja-museu onde se podem conhecer as tradições da produção do linho, que teve uma enorme importância na economia desta região. Somos recebidos pela Rosa Pereira, que, estando desempregada, fez um curso de formação e desde então trabalha aqui, fazendo tapetes, que se podem comprar na loja. É ela quem nos ensina a trabalhar num tear tradicional, num pequeno workshop da arte da tecelagem.

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