Guia prático
Como ir
Chega-se a Esposende pela EN13 Porto-Viana do Castelo, mas também pelas auto-estradas A28 (Porto-Viana do Castelo) ou A11 (Apúlia-Braga). O aeroporto mais próximo — Francisco Sá Carneiro — fica a 44 km.
Onde ficar
Num roteiro que tem como pretexto a arquitectura, o Hotel Suave Mar é ainda a referência histórica da terra neste domínio. Não apenas por o seu desenho original (1946) ser atribuído ao eng.º Jorge Viana, com uma ampliação de Viana de Lima e Sérgio Fernandez (1958), mas também pela sua localização, na avenida marginal, mesmo ao lado de metade das casas citadas no roteiro Modernismo em Esposende.
O edifício actual tem já muitos outros acrescentos, com as adulterações que normalmente isso acarreta em relação ao original. Apesar de tudo, o hotel cresceu só um piso em altura, e para o interior, dispondo hoje de mais de 80 quartos, piscina, ginásio e, acima de tudo, essa localização privilegiada entre a cidade, a foz do Cávado e a praia.
Outra possibilidade é o agora Axis Ofir Beach Resort Hotel, que já foi apenas o histórico Hotel Ofir, projectado pelo arquitecto Alfredo de Magalhães (1945-48), num lugar também junto à praia. Tem 191 quartos e todos os equipamentos modernos desta rede.
Hotel Suave Mar***
Av. Eng.º Eduardo Arantes e Oliveira
Tel.: 253 969 400
www.suavemar.com
Axis Ofir Beach Resort Hotel****
Av. Sousa Martins – Ofir
Tel.: 253 989 800
www.Axis-Ofir/O-Hotel.aspx
Onde comer
Terra com localização privilegiada na confluência da foz de um rio com o mar, Esposende oferece, como seria de esperar, uma gastronomia marcada pela variedade de peixes e mariscos, com destaque também para a lampreia. Aqui fica a referência a alguns restaurantes, de sul para norte. A começar pelo Camelo, na Apúlia, que mais do que o “sarrabulho” tornado famoso pelo restaurante homónimo junto a Viana do Castelo, é aqui procurado pela variedade de peixes e mariscos.
Em Fão, os históricos Tipo Pepe e A Lareira continuam a disputar a “paternidade” das costelinhas de porco grelhadas com arroz de feijão, mas o mesmo prato pode ser degustado também n’O Buraco, na marginal de Esposende, um lugar simpático, como se pode ver pelas elogiosas mensagens deixadas nas paredes da sala de jantar alternando com fotografias do quotidiano da pesca de outros tempos. Além dos pratos do dia com preços módicos, este restaurante tem uma assinalável oferta de peixes e mariscos… e lampreia, quando regressar o tempo dela.
Já no capítulo da pastelaria, Esposende (e Fão) é a terra das “clarinhas”, uma receita de doce de xila com ovos trazida de um convento por uma Dona Clara, cujo nome ficou assim eternizado. A Rita Fangueira e a Casa dos Travesseiros (ambas em Fão) são lugares incontornáveis neste roteiro doceiro, mas há também a pastelaria Pã-Pã, que disputou (com passagem inclusivamente pelo tribunal) com as anteriores o direito a utilizar a designação “folhadinhos” para outro doce regional — que assim passou a ter de se chamar “travesseiros”. Quem fica sempre a ganhar é o cliente, que pode encontrar pastelaria de grande qualidade em qualquer dos lugares.