Fugas - viagens

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    Boi Taull Nelson Garrido
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    A aprender. Em Boi Taull Nelson Garrido
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    O segredo é proteger muito bem todo o corpo Nelson Garrido
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    Outro bom segredo: alimentar-se bem que as energias gastam-se depressa
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    Em Boi Taull
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    A preparar para a aventura pista abaixo Nelson Garrido
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    Quem sabe, sabe. E depressa. Em Boi Taull Nelson Garrido
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    Vistas aéreas. Teleférico em Boi Taull Nelson Garrido
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  • Opção para amantes da neve mais calmos: o relax de passear em raquetas de neve
    Opção para amantes da neve mais calmos: o relax de passear em raquetas de neve Nelson Garrido
  • Vielha, com a igreja a elevar-se
    Vielha, com a igreja a elevar-se Nelson Garrido

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A Catalunha vestida de branco

Às portas da povoação, esta não é a única igreja românica de Taüll. Bem dentro do emaranhado de ruas empedradas, entre casas típicas de montanha, dois andares de pedra e varandas alpendradas de madeira (muitas segundas residências e casas para alugar), encontramos Santa Maria de Taüll. A sua localização distingue-a: é a única do Vall de Boí que está dentro de um pueblo.

Começamos pelo aprés-ski a nossa investida pirenaica - mas com um bom motivo, está visto. Neste Vall de Boí, uma das entradas para o único parque nacional da Catalunha, o de Aigüestortes i Estany de Sant Maurici que aqui se desdobra em florestas, lagos, nascentes de água quente, a neve começa a fazer-se notar mais forte durante a tarde e à noite percebe-se que veio para ficar. Nessa altura já estamos no resort de Boi-Taüll.

Quando chegamos, vai a tarde a meio, o complexo de seis hotéis (de duas, três e quatro estrelas) e uma série de edifícios residenciais a 1600 metros de altitude parece uma aldeia fantasma: ninguém nas ruas, a grande piscina e campos de jogos centrais abandonados ao Inverno. É no crepúsculo que tudo começa a mexer por aqui, quando as pistas dão o dia por terminado - as lojas despertam (de material de esqui e de souvenirs, sobretudo, mas também supermercados, por exemplo), os bares compõem-se, os restaurantes também e nas ruas os passos já não são solitárias.

Mas a meio da tarde, dizemos, não há muita gente ("Isto deveria estar a tope", desabafará mais tarde o director, "mas não há neve, por isso está parado") - nem no spa Augusta, 1200 metros quadrados no hotel homónimo, o único quatro estrelas do resort, onde temos mais um aprés-ski antes do esqui, entre piscina dinâmica, sauna, banho turco. E para a experiência de resort de neve ficar completa, a noite termina na discoteca, onde todos os caminhos vão dar - La Fiesta Flash leva grupos de estudantes arriba e abajo - , mas termina cedo, porque a neve também começa cedo e quem aqui está não a troca por uma pista de dança.

O termómetro na base da estação de Boi Taüll indica oito graus negativos. São nove horas da manhã e de maneira alguma sentimos essa temperatura - e, em abono da nossa objectividade, ainda nem sequer começamos a esquiar, altura em que, aí sim, o frio parece desaparecer milagrosamente. Não vamos sair das redondezas da cota mínima (2020 metros) desta estação, o que significa que não vamos subir até ao ponto esquiável mais alto dos Pirenéus (2751 metros), um dos seus principais atractivos.

A estação desdobra-se em cone invertido, o que a torna user friendly (dificilmente alguém se perderá aqui), com todas as pistas desenhadas na mesma face da montanha e a desembocar aqui, aos pés deste terraço que enche e esvazia ao ritmo do esqui. Local de descanso, miradouro para as diversas faixas brancas onde deslizam personagens coloridas com maior ou menor proficiência: mesmo à frente, por exemplo, termina uma pista vermelha, mas este final é uma pista azul, onde iniciantes-avançados evoluem - por cada chegada "em estilo", com neve a voar, há outra tímida, com esquis em cunha desde meio da encosta.

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