Fugas - viagens

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    Boi Taull Nelson Garrido
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    A aprender. Em Boi Taull Nelson Garrido
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    A preparar para a aventura pista abaixo Nelson Garrido
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    Quem sabe, sabe. E depressa. Em Boi Taull Nelson Garrido
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    Vistas aéreas. Teleférico em Boi Taull Nelson Garrido
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    Opção para amantes da neve mais calmos: o relax de passear em raquetas de neve Nelson Garrido
  • Vielha, com a igreja a elevar-se
    Vielha, com a igreja a elevar-se Nelson Garrido

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A Catalunha vestida de branco

É pequena, esta estação (uma área esquiável de 48 hectares e 32 quilómetros de pistas), e o hotel que faz as vezes de recepção principal, com a sua arquitectura tipicamente alpina de pedra, madeira e mansardas ali no meio da encosta, empresta-lhe uma atmosfera muito familiar - nada prejudicada pelo facto de o hotel estar com os pés nas pistas. Elas estão logo aí, descem até 1650 metros e vão subindo até ao Pic de l' Orri, o ponto mais alto da estação, com 2440 metros, e um miradouro de 360 graus -  quando está claro, o horizonte estende-se de Aragão a Montserrat.

Não chegamos lá acima, onde até há uma pista de iniciantes, porque o frio o desaconselha, nem damos a volta à estação em "forma de coração". Na verdade, nem os esquis calçamos: enterramos as botas e enfiamos as mãos na neve para construir Porti, testemunho, certamente efémero, da passagem dos portugueses por Port Ainé (o nome foi sugerido pela guia catalã).

Mesmo em frente ao terraço do hotel, algum equipamento lembra as actividades de Verão que Port Ainé também oferece. Porque aqui, como noutras estações, há a temporada de Inverno - normalmente de Dezembro até à Páscoa, mesmo que tenham de socorrer-se de neve artificial (todas as estações estão equipadas com dezenas de canhões) - e a de Verão, Julho e Agosto. Estão fechadas o resto do ano, mas não os Pirenéus. Voltamos ao início: aqui, tudo corre ao sabor das estações.

Mesmo agora, que os serviços constituem grande parte da actividade - serviços turísticos, bem entendido. Bernat, o instrutor de Port Ainé, é exemplo disso. Nasceu nas redondezas, com os esquis nos pés, praticamente. Chegou a competir profissionalmente, em esqui e também caiaque. Até aos 22 anos. Os pais advertiram-no da segurança de ter um curso e ele ouviu-os. "Pensei: ‘Chego aos 30 anos e que vou fazer?'" Estudou turismo. Fez cursos de esqui e caiaque. "Faço tudo o que gosto." Aqui, nos Pirenéus.


Boi Taüll, ninho de águias

Havia falta de neve nos Pirenéus quando por lá andámos, mas a Estação de Boi Taüll já estava a funcionar há algumas semanas - ainda que muitas vezes a meio-gás, em sobressalto quase diário para avaliar a abertura de pistas. É a estação mais alta dos Pirenéus espraiada em 46 quilómetros distribuídos por 48 pistas desenhadas para servirem vários níveis de esqui (seis verdes, oito azuis, 25 vermelhas e nove negras) - e é necessário contar com o domínio "fora de pistas", que não é menosprezável. Recentemente recebeu a companhia de um snowpark, para a prática de freestyle, que já é considerado um dos melhores da península e tem duas escolas; para as crianças, há jardim de neve e infantário, com monitores. Além dos desportos em pistas, com quatro restaurantes, oferece outras actividades, como passeios em motas de neve e com raquetas.

Aberto no início dos anos 1990, o Boi Taüll Resort tem um complexo hoteleiro que fica a sete quilómetros das pistas. Aqui, tivemos um relance da vida no resort, um aldeamento turístico que inclui seis unidades hoteleiras - de residenciais a hotéis de duas, três e quatro estrelas, assegurando oferta para bolsas variadas. A animação está incluída, com bares, restaurantes e até discoteca, lado a lado com comércio, incluindo supermercados, e para as crianças há clube infantil com monitores (grátis até seis a anos).

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