Fugas - vinhos

  • Nelson Garrido
  • Blandy Madeira Bual 1920
    Blandy Madeira Bual 1920
  • Dow’s 80
    Dow’s 80
  • Pêra Manca 2009 Branco
    Pêra Manca 2009 Branco
  • Periquita Superyor 2008
    Periquita Superyor 2008
  • Quinta das Bágeiras Pai Abel Branco 2009
    Quinta das Bágeiras Pai Abel Branco 2009
  • Quinta do Noval Tinto 2008
    Quinta do Noval Tinto 2008
  • Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003
    Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003

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Os 40 vinhos que melhores memórias nos deixaram em 2011

A.A. Ferreira Porto Vintage 1851
Ao fim de tanto tempo, este 1851 continua vivíssimo, com um aroma distinto e algo picante, onde sobressai algum vinagrinho e gengibre, a par de frutos secos e iodo. É um vinho muito original e exótico também na boca, com notas de rebuçado de café e mais ainda de gengibre, que proporcionam um final intenso e vivo. Extraordinário. P.G

Niepoort Colheita 1863
Um vinho produzido antes da chegada da filoxera ao Douro. É um Porto que até pela idade mostra algumas semelhanças com os Madeira velhos, apesar de ser menos salgado. Já tem quase um século e meio de vida e ainda parece ter outro tanto pela frente. Menos doce do que os Tawny antigos, é um vinho viscoso mas de grande elegância, subtileza e austeridade, cheio de notas quentes (frutos secos, torrefacção, cacau) e com um final fresco e interminável. P.G

Blandy Madeira Sercial 1910
Os Sercial (o equivalente à casta Esgana-Cão de Bucellas e do Douro) são os vinhos Madeira mais difíceis, pela sua secura e, acima de tudo, acidez brutal. São tão ácidos que lhes chamam os "quebra dentes". Este Sercial 1910 é o expoente máximo da casta. Passou 74 anos em casco. Muito químico (iodo, acetona) e especiado, alia elementos sensoriais mais quentes a outros mais frescos e ácidos, o que lhe dá um equilíbrio e expressividade notáveis. P.G

Blandy Madeira Bual 1920
Um dos melhores vinhos Madeira de sempre. Tem o melhor do bouquet (iodo, torrados, tabaco, especiarias, brandy, frutos cristalizados) e do sabor ( salgado, químico, melaço, passas, frutos secos e cristalizados) característicos dos Madeira. E tudo num registo expressivo e elegante. É um vinho quase metafísico, ideal para delírios poéticos. P.G

Real Companhia Velha Grandjó 1925
Quem imaginaria que o branco Grandjó de 1925 pudesse durar até aos nossos dias? Chegou, está magnífico e não morrerá tão cedo. Não é um vinho doce muito concentrado, como a sua idade faria supor. É até algo seco. Depois da garrafa aberta, o aroma não pára de evoluir, começando com evocações mais florais, de chá, para fazer sobressair depois a fruta exótica. Na boca está ainda vivíssimo, com uma acidez tocante e vibrante que o faz perdurar durante muito tempo no palato e na memória. P.G

Real Companhia Velha Grandjó 1955
Está mais concentrado do que o 1925, denotando toques frutados um pouco mais tropicais. A frescura de boca é igualmente admirável.  Extraordinário.  P.G

Taylor`s Porto Vintage 1948
Um Porto Vintage do pós-guerra que parece viver uma juventude eterna. Simplesmente soberbo. P.G

Quinta do Noval Vintage Nacional 1963
Não são necessários descritores para este vinho mítico, mas podemos dizer tudo que não erramos: sedutoramente doce, picante, mentolado, poderoso na acidez e estrutura de taninos, perfeito no equilíbrio, enorme, intenso, completo. A quintessência de um Porto vintage. P.G

Quinta do Noval Porto Colheita 1964
Este tawny parece que explode na boca, de tão picante e voluptuoso. Pura magia. Um vinho sublime. P.G

Dow´s 80
Quem comprou Dow´s Vintage 1980 na época em que esta categoria ainda era minimamente acessível às bolsas médias, fez sem dúvida uma compra ajuizada. O vinho está a crescer há mais de dez anos e nada indica que tenha atingido o seu auge. Ainda assim, no seu actual estado de evolução, é o exemplo acabado de um grande vintage e, mais ainda, de um grande vintage da Dow´s: uma arquitectura notabilíssima, aromas sofisticados e profundos, uma secura que impede o cansaço e uma longevidade admirável. MC

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