Fugas - vinhos

  • Nelson Garrido
  • Blandy Madeira Bual 1920
    Blandy Madeira Bual 1920
  • Dow’s 80
    Dow’s 80
  • Pêra Manca 2009 Branco
    Pêra Manca 2009 Branco
  • Periquita Superyor 2008
    Periquita Superyor 2008
  • Quinta das Bágeiras Pai Abel Branco 2009
    Quinta das Bágeiras Pai Abel Branco 2009
  • Quinta do Noval Tinto 2008
    Quinta do Noval Tinto 2008
  • Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003
    Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003

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Os 40 vinhos que melhores memórias nos deixaram em 2011

Pêra Manca 2009 Branco
Num ano em que se multiplicaram as ofertas de grandes vinhos brancos, é difícil escolher um primus inter pares. Deve-se, ainda assim, notar que este alentejano da Fundação Eugénio de Almeida foi um dos que deixaram boas impressões. Exuberante nos aromas pela natureza da Antão e vibrante na boca por força da Arinto este Pêra Manca é um branco completo . Apto para a convivialidade, mas com um excelente nervo para brilhar à mesa, conjuga bem a matéria-prima e o trabalho de enologia que lhe impôs a vinificação parcial em barricas de carvalho francês e um ano de estágio em borra fina. O resultado é um vinho profundo, que enche a boca de boas sensações que se prolongam muito além do momento da prova. MC

Esporão Touriga Nacional 2008
A Touriga Nacional é do Dão e do Douro, mas como todas grandes castas é de muitos outros lugares também. Do Alentejo, por exemplo. O que este vinho proporciona está longe do perfil obtido nos solares maiores da touriga, até porque a enologia que lhe esteve na base exige mais um par de anos para que o conjunto de revele. Mas está lá o essencial da casta: aroma de bosque, com especiaria e barrica muito bem integrada, esplêndido na boca, com nervo, vibração e uma magnífico final. Para se comprovar, caso fosse necessário, o potencial cosmopolita da casta. MC

Romaneira Reserva 2008
O pior que pode acontecer a vinhos grandes como os Romaneira é serem confrontados com pares ainda maiores. No caso, os Noval. Ainda assim, a edição de 2008 do Reserva merece destaque. Em causa está um tinto de classe, um daqueles vinhos onde a procura de um certo sentido de modernidade se radica na preservação da identidade mais funda dos grandes vinhos durienses. Sob o pano de fundo da madeira pressentem-se notas da touriga (esteva, violeta...) combinadas com sugestões de cedro e de fruta vermelha madura. Na boca, é um daqueles vinhos que se desdobra em vagas de sabor. Sedoso e longo, enche a boca com a sua estrutura de taninos densos mas polidos e acaba com a marca de fruta doce e deliciosa. MC

Duas Quintas Reserva Especial 1995
Uma das primeiras edições do Reserva Especial que está aí a provar o enorme potencial de envelhecimento desta gama do Duas Quintas. Resultado de uma tentativa de recuperar os ancestrais "vinhos de pé" durienses, com pisas longas em lagares tradicionais, estes tintos são duríssimos nos primeiros anos de vida. Mas após década e meia de garrafa, os taninos ganharam veludo, todas as componentes se harmonizaram na perfeição e o resultado é um daqueles clássicos que deixam memórias inesquecíveis no palato. MC

Vertente 2001
O Vertente está muito longe de ser o vinho-emblema da Niepoort. Mas se pouco ou nada nos surpreende na excelência do, por exemplo, Batuta, provar um Vertente com 10 anos de idade e verificar o seu belíssimo estado de forma, não deixou de ser surpreendente. Ainda mais quando num jantar com vinhos tintos nacionais com outro estatuto foi quase geralmente considerado a estrela da noite. Um vinho ainda com uma enorme garra e aromas de envelhecimento muito apelativos. MC

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