Por fim, dia 8 é altura de percebemos como é que quem nasceu fora de Portugal (mesmo que já tenha alma de português) olha para a cozinha nacional. As opiniões serão do crítico gastronómico Carlos Maribona, do diário ABC e do blogue Salsa de Chiles, do chef catalão Sergi Arola, do austríaco Kurt Gillig, director do hotel Vila Vita Parc, no Algarve, e ainda do jugoslavo já português que é Ljubomir Stanisic, do 100 Maneiras.
E, a não perder, a segunda edição do Sangue na Guelra, evento satélite do Peixe, organizado pela empresa Amuse Bouche (de Ana Músico e Paulo Barata), que começou no ano passado e que parte desta ideia: mostrar o trabalho dos subchefs que trabalham nos grandes restaurantes do mundo. Haverá, no dia 5, um showcooking à volta do tema O Polvo, e nos dias 6 e 7 dois jantares na Taberna 1300 de Nuno Barros, em Lisboa (pagos à parte).
E quando falamos dos grandes, falamos, neste caso, mesmo dos maiores: virão ao Sangue na Guelra este ano, Nacho Baucells e Hérnan Luchetti, subchefs do El Celler de Can Roca, em Girona, Espanha (considerado o melhor restaurante do mundo na lista do World 50 Best) e Leando Pereira, do Noma, Copenhaga, Dinamarca (segundo melhor restaurante do mundo de acordo com a mesma lista).
A lista inclui ainda Alessandro Negrini, do Il Luogo di Aimo e Nadia (Milão; duas estrelas Michelin), Sven Wassmer, do Focus (Suíça; duas estrelas), João Alves (The Yeatman, Vila Nova de Gaia (uma estrela), João Simões, Carlos Fernandes, chef pasteleiro do M.B. - Martin Berasategui (Tenerife, Espanha, duas estrelas), e Maria Malheiro, chef de pastelaria do The Ocean (Algarve, duas estrelas).
No dia 9 acontecerá mais uma edição do concurso O Melhor Pastel de Nata que, diz o director do festival, está a atrair um número cada vez maior de participantes, o que obrigará a fazer provas de pré-selecção para a escolha dos 12 finalistas. A programação inclui ainda os Novos Talentos da Gastronomia, e uma "batalha do bacalhau português contra o italiano". E, claro, o Mercado Gourmet.
No que diz respeito às modalidades de entrada no festival, para além das senhas de 5 e 8 euros, este ano haverá senhas de dois euros. A ideia, explicou Duarte Calvão, é permitir "uma maior flexibilidade de preços", com pratos que podem custar quatro euros e que poderão ir até aos 12 euros. Tal como no ano passado, volta a haver este ano um Dia Económico (segunda-feira, 7 de Abril), no qual os 15 euros pagos à entrada dão direito a duas senhas de 5 euros e não apenas a uma como nos restantes dias.
O Peixe em Lisboa - iniciativa da Associação de Turismo de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, e produção da Essência do Vinho - tem um orçamento de 536 mil euros.