Pratos principais
Churrasco de boi | O Arcoense
Muito antes da actual onda de carne “maturada” chegar, já Joaquim Barroso servia um esplendoroso corte alto da vazia (20,90€, 1 pax / 27,50€, 2 pax). A carne tem origem nas raças bovinas autóctones barrosã, maronesa, arouquesa e “mirandesa” e surge na companhia de batatas assadas com castanhas e arroz de forno. Vale a viagem, pois não é fácil encontrar uma carne de sabor e nível de qualidade semelhantes. Ainda assim, não se sai desiludido com nenhum dos restantes pratos, peixes incluídos. (Fortunato da Câmara)
Rua Eng. José Justino de Amorim, 96. Braga. Tel.: 253 278 952.
Encerra ao domingo ao jantar
Arroz de corvina | Noélia e Jerónimo
Honra a tradição dos grandes arrozes portugueses feitos com bago carolino. Este delicado e generoso “arroz de corvina” (27,50€, 2 pax) de notas cítricas vem aromatizado com coentros e faz esquecer qualquer lamento. Por vezes é enriquecido com amêijoas a aumentarem o prazer, mas também pode vir com um inusitado (e despropositado) fio de natas. É recusar as natas na hora de pedir para que não traga aviltamentos à matriz do sabor português. É tudo feito na hora, numa cozinha que merece reverência e onde felizmente o serviço deixou de abalar esta coerência. (Fortunato da Câmara)
Avenida da Fortaleza, loja 1. Cabanas de Tavira. Tel.: 281 370 649 ou 968 534 971. Encerra à quarta-feira
Bife tártaro | Moinho Alentejano
Não é uma gaffe! O restaurante serve bons pratos de comida alentejana e tradicional portuguesa, mas o proprietário trabalhou em hotelaria na Suíça… Assim se justifica que, por encomenda, possa ter uma tradicional fondue ou um muito competente bife tártaro(13,40€) preparado na mesa pelo senhor Ângelo. Carne de categoria picada à faca (como deve ser) e temperada a preceito com cebola, mostarda de Dijon, alcaparras, cornichons, molho inglês, umas gotas de picante, gema de ovo, sal, pimenta, salsa picada e um gole final de vodka. Bem envolvidos os ingredientes, a delicada mistura está pronta a ser degustada sobre fatias de pão torrado com manteiga. (Fortunato da Câmara)
Rua José Martins Vieira, 2-B. Almada. Tel.: 212 580 088 ou 969 989 694. Encerra ao domingo
Entremeada | Taberna do Manelvina
Diz ser “a casa do grelhado e do aficionado”, e portanto não surpreende que o espaço exiba vários cartazes de touradas e objectos ligados à festa brava. Pondo de lado as sensibilidades tauromáquicas de cada um, é provável que o consenso se gere em redor da excelente entremeada cortada fininha e das gulosas batatas fritas caseiras de corte fino a caminho de “palha”. As tirinhas porcinas vêm estaladiças sem estarem ressequidas e fazem parte de um menu de grelhados de preço único que inclui bife de touro seduzindo uma afición gastronómica cada vez mais numerosa. É melhor reservar antes. (Fortunato da Câmara)
Rua Principal, 21 – Cruzes. Caldas da Rainha. Tel.: 262 870 014 ou 917 221 062. Encerra ao domingo
Frango de churrasco | Churrasqueira do Mercado de Benfica
O proprietário diz que o segredo do seu frango de churrasco (9,50€ quilo) está no tempero que faz e que depois de barrar os corpinhos aviários fica a marinar 24 horas — e mais não adianta! No entanto, a alma do negócio vai além da secreta marinada, pois ao provar este franguinho se verifica que a qualidade da ave também é acima da média. Há quem atravesse a cidade para ir para a fila que se forma à porta da pequena loja, o que pelo menos revela que a qualidade do frango que aqui se vende já não é segredo. (Fortunato da Câmara)
Rua João Frederico Ludovice, loja 15 - Lisboa. Tel.: 217 606 066 ou 214 718 973. Encerra à segunda
Açorda de lavagante | Solar dos Presuntos
Um dos emblemas da cozinha tradicional portuguesa, a açorda, a sair do seu registo popular para ser coroada ao mais alto nível com um marisco nobre. A açorda de lavagante (28€) chega à mesa com a cauda do distinto crustáceo no topo a exibir-se aos olhos do cliente. Em seguida, é mergulhada num mar sedoso de pão embebido num caldo de marisco profundo de sabor arrebatador. A dose é generosa, mas se houver espaço venha então um pouco do presunto que dá nome ao solar, antes é que nunca — a delicadeza desta açorda sairia estragada, de certeza! (Fortunato da Câmara)
Rua Portas de Santo Antão, 150. Lisboa. Tel.: 213 424 253 ou 213 468 468. Encerra aos domingos
Pratão de mariscos | Cervejaria da Esquina
O que se distingue nesta mariscada (48,50€/2pax) idealizada por Vítor Sobral não é a lagosta congelada que (felizmente) não tem, nem outros artistas engalanados mas sem sabor. O que se destaca, sim, são os mariscos frescos (consoante a oferta do dia) de qualidade, em geral nacionais e confeccionados devidamente. O camarão ou a gamba branca (quando há), bem como o lingueirão, são cozinhados no momento e servidos quentes, enquanto as ostras vêm numa cama de gelo. No miolo de sapateira, a maionese serve (junto com pickles) para ligar e não para encobrir ou incrementar. (Miguel Pires)
Rua Correia Teles, 56. Lisboa. Tel.: 213 874 644. Encerra domingo ao jantar e segunda-feira
Espetada com osso | Santo António
Restaurante típico madeirense que se preze tem espetada de carne e a “com osso” (9,20€) do Santo António é particularmente suculenta e saborosa, ainda que por razões legais (dizem) o espeto de metal tenha substituído o de pau de loureiro, que lhe conferia um sabor especial. A carne, maioritariamente proveniente de vacas da região, é temperada com sal e alho antes de ser grelhada na brasa e pode ser acompanhada de salada mista, batata frita e/ou milho igualmente frito. (Miguel Pires)
Estrada João Gonçalves Zarco, 656, Estreito de Câmara de Lobos. Madeira. Tel.: 291 945 238. Não encerra
Menu Kaiseki | Tomo
Quebre-se a regra de nomear um prato para incluir um conjunto de excepção. O menu kaiseki do Tomo (máximo 80€) é feito com ingredientes de época (portugueses e japoneses) e constituído por 12 a 14 pequenos pratos (crus, fritos, cozinhados e sobremesa). Tomoaki Kanazawa tem o dom de fazer conjugações quase infinitas e, por isso, mesmo que peça o menu duas vezes numa semana é bem provável que não repita nenhum dos pratos. Nota: reservar com quatro-cinco dias de antecedência. (Miguel Pires)
Avenida dos Bombeiros Voluntários, 24. Algés (Oeiras). Tel.: 213 010 705. Encerra ao domingo
Leitão revisitado | Belcanto
Escolher para esta lista um leitão que não da Bairrada, mas sim de um restaurante contemporâneo, pode parecer uma provocação. Mas só para quem nunca o provou. José Avillez utiliza apenas a manta com a pele e dá-lhe uma cozedura prolongada a baixa temperatura. No final passa-o pela chapa até ficar crocante e, já na mesa, leva uma pincelada de molho. Acompanha com puré de casca de laranja, batatas chips caseiras num saco comestível e coração de alface salteado. Individualmente custa 42€ e como parte do menu de “os clássicos” (cinco pratos), 85€. Em ambos os casos o resultado é de estrela Michelin. (Miguel Pires)
Largo de São Carlos, 10. Lisboa. Tel.: 213420607. Encerra domingo e segunda-feira
Empada de perdiz com girolles | Fortaleza do Guincho
A Fortaleza do Guincho é um dos melhores restaurantes de Portugal para comer caça. Veado, pato real, grouse ou perdiz (consoante a disponibilidade), preparados ao estilo da alta cozinha francesa, são algumas das propostas deste Outono. Entre os preparos há uma empada de perdiz de puro deleite. O recheio é feito com a carne das coxas depois de flamejadas em armagnac, confitadas e desossadas. O recheio leva ainda um pouco de bacon e girolles (cogumelos) salteados. Custa 38€ — é mais em conta do que andar aos tiros. (Miguel Pires)
Estrada do Guincho. Cascais. Tel.: 214 870 491
Cabeça de garoupa grelhada | Último Porto
Parece uma coisa fácil, mas não é: comer um bom peixe em Lisboa, à beira-Tejo, exige algum saber. Um local discreto mas conhecido pelos amantes do bom peixe cozido ou grelhado é o Último Porto, junto à Estação Marítima da Rocha do Conde de Óbidos. Para além das excelentes postas, quem anda a sonhar com aqueles bocadinhos mais gelatinosos, e saborosos, do peixe pode pedir uma cabeça de garoupa grelhada (30€ para duas pessoas, 40€ para três) ou, em alternativa de corvina (25€/30€) ou de pampo (20€/30€). É aconselhável telefonar antes para saber o que trouxe o mar e reservar. (Alexandra Prado Coelho)
Estação Marítima da Rocha do Conde de Óbidos. Lisboa. Tel.: 213 979 498. Só almoços. Encerra ao domingo
Cabrito assado | Adega do Saraiva
É um clássico desta casa há muitas décadas. Os clientes chegam de todo o país atraídos por este cabrito assado, de carne húmida e a desfazer-se em lascas saborosíssimas, acompanhado por batatinhas fritas e arroz com cenoura ou ervilhas. Tanto quanto se sabe, o cabrito fica particularmente delicioso graças a uma marinada, criada pela Dona Emília Saraiva, e que é desde sempre mantida em segredo (17€ a dose, embora também haja uma dose reforçada que dá para duas pessoas a 19€). (Alexandra Prado Coelho)
Largo do Paquete, 4. Nafarros, Sintra. Tel.: 219290106. Encerra domingo ao jantar e segunda-feira
Xarém com conquilhas ou amêijoas | Alcatruz e Primo dos Caracóis
Ir ao Algarve e não comer um xarém é falha grave. Mas é preciso encontrar as tradicionais papas de milho com conquilhas, generosas e bem apuradas. E isso é garantido no Alcatruz, casa meio escondida numa das ruas estreitas da vila de pescadores de Santa Luzia, e que tem como mote “Tá o petisco a monte” (20€, dose para dois ou três). Mas também à beira da EN125, no Primo dos Caracóis, onde, entre outros petiscos algarvios (e também caracóis), se come um impecável xarém, este com amêijoas (17€ uma dose teoricamente para dois, mas que dá bem para três ou quatro). (Alexandra Prado Coelho)
Alcatruz. Rua Capitão Jorge Ribeiro, 46. Santa Luzia, Tavira. Tel.: 281 381 092. Encerra à segunda-feira
Primo dos Caracóis. Quatrim do Norte. Estrada Nacional 125. Moncarapacho - Olhão. Tel.: 289702662. Encerra à segunda-feira (e no mês de Novembro)
Robalo em algas | Mariana
Na lista aparece como robalo à moda da casa (25€) e há muito que funciona já como uma espécie de marca para este restaurante do litoral minhoto. Apanhado à linha pelos pescadores da região, salta quase directamente das águas frias e iodadas do Atlântico para o tacho onde é cozido em algas. Uma brisa de sabores marinhos que normalmente chegam à mesa na singela companhia de batata e feijão verde cozidos. O mar e a natureza na sua mais simples e saborosa expressão. Na mesma linha de sabores puros e naturais, vale a pena experimentar a sopa de legumes. (José Augusto Moreira)
Estrada Pedro Homem de Melo, 42. Afife, Viana do Castelo. Tel.: 258 981 327. Encerra à terça-feira
Bacalhau assado na brasa | Taberna Afonso
Esqueça tudo o resto, porque aqui o bacalhau é único. Posta generosa (para dois, no mínimo) de boa cura (22€), demolhada em água corrente e assada num forno de pedra com brasas incandescentes. Tudo funciona à frente do cliente. Depois de alourado no calor do forno, o bacalhau é coberto por macias rodelas de cebola para vir à mesa (em travessas de metal) abundantemente regado com bom azeite e acolitado com grelos salteados. A batata cozida é servida à parte. Face à procura, dificilmente servem sem marcação antecipada. Numa estrada secundária entre Barcelos e Ponte de Lima (EN 204), o mais complicado é mesmo lá chegar. Mas claro que a viagem compensa. (José Augusto Moreira)
Largo Terreiro S. Roque, 51. Poiares, Ponte de Lima. Tel.: 258 762 179. Encerra ao domingo
Galo assado | Pedra Furada
Se for para o devorar todo, é preciso pelo menos uma boa meia dúzia de gente com apetite. Galo da capoeira, com proporções de capão, que é assado inteiro e de forma lenta (50€, 6pax, o galo inteiro; 30€, 3pax, meio). Carnes escuras e consistentes saborosamente impregnadas pela própria gordura, tal como as batatinhas que o acompanham. Uma delícia que é ainda reforçada pela riqueza do recheio, com as miudezas do galináceo e carnes de fumeiro. Há muito mais neste restaurante tradicional, mas o galo é mesmo grande emblema. Sempre aos sábados e domingos ao almoço e por encomenda nos outros dias. (José Augusto Moreira)
Rua Santa Leocádia, 1415. Pedra Furada, Barcelos. Tel.: 252 951 144. Encerra à segunda ao jantar
Caril thai | Delicatum
Num estilo urbano e ambiente de degustação, o Delicatum, em Braga, desafia quem o visita para experiências gastronómicas em pequenas porções, que tanto podem ir do receituário regional e tradicional às cozinhas do mundo. O caril thai (13€) é um excelente exemplo dessa versatilidade. Impressiona pela intensidade e frescura do caril, conquista pelo sabor e elegância da confecção. Sempre muito boas sugestões de harmonização com vinhos para completar a experiência gastronómica. (José Augusto Moreira)
Travessa do Taxa, 2. Braga. Tel.: 253 619 584. Encerra ao almoço de sábado e ao domingo todo o dia
Bacalhau à Julinha | Restaurante Julinha
Bacalhau das Ilhas Faroé, postas altas e com lascas do tamanho da palma da mão, mas não é só por isso que este prato é realmente especial. Fritura uniforme, no ponto exacto e a fazer com que as lascas deslizem umas sobre as outras para deleite de quem come. Uma capa de cebola translúcida cobre a enorme posta (18€), que fornece a componente agridoce quando se mistura na boca com o bacalhau. Batata frita às rodelas compõe o conjunto, para o qual são precisos pelo menos dois estômagos com bom apetite. (José Augusto Moreira)
Rua Dr. Avelino Padrão, 1771. 4785-605 Bougado (Trofa). Tel.: 252 419 486. Encerra ao jantar de segunda
Tripas aos molhos | Museu dos Presuntos
Tem que se ir até Vila Real para saborear este prato típico da região (7/13,50€ por meia ou uma dose). A base é idêntica à das feijoadas, só que com o bucho da vitela são feitos uns rolinhos que vão a refogar com recheio de presunto, o que lhe dá um sabor muito especial. Acompanham com a feijoada, com os folhos da dobrada, as partes mais entremeada de presunto bísaro e chispe fumado. Um pitéu. Robusto, mas de se lhe tirar o chapéu. (José Augusto Moreira)
Av. de Ourense, 43. 5000-690 Vila Real. Tel.: 259 326 017. Encerra ao domingo
Tripas à moda do Porto | Líder
Por toda a cidade, é raro o restaurante do Porto que às quintas não sirva as famosas tripas. É claro que há gostos para todos, mas há muitos anos que é consensual a garantia de qualidade e consistência das que são servidas no Líder (17,50€ a dose). E não há segredo. Boas carnes, como mão de vaca, enchidos, orelheira e, claro, as componentes da dobrada com os respectivos folhos. Também a qualidade do feijão manteiga não é deixada ao acaso e o resultado é verdadeiramente guloso. (José Augusto Moreira)
Alameda Eça de Queirós, 120. Porto. Tel.: 225 020 089/919 873 191. Não encerra
Perdiz com uvas | Solar Bragançano
Pelo ambiente único e a cortesia do casal Ana Maria e Desidério Rodrigues, quase já se justificava a viagem a Bragança. Mas há muito mais, sobretudo pratos de caça como raramente se encontram. Entre eles, a perdiz com uvas (23€), que combina de forma sublime com frutos ácidos ou legumes de temporada, como nabo ou abóbora assada. Há também lebre, galinhola, faisão e outras espécies cinegéticas, tudo cozinhado à lareira em potes de ferro ou no forno a lenha. Único e inimitável. (José Augusto Moreira)
Praça da Sé, 34, 1º. Bragança. Tel.: 273 323 875. Encerra à segunda
Arroz de cabrito | Casa Pêga
É pela raridade que o arroz de cabrito (9/18€ por meia ou dose inteira) que é servido às quintas se destaca na ementa desta antiga casa de petiscos. Aqui tudo é verdadeiramente especial, dos bacalhaus aos rojões, dos assados ao churrasco de carne ou os diários filetes de pescada. O segredo do arroz está na preparação das carnes, bem cortadas e temperadas, que se deixam depois envolver por um arroz húmido e saborosamente engordurado que arrebata o palato. Há também vinhos para todos os gostos e bolsas. (José Augusto Moreira)
Rua 8 de Dezembro, s/n. V.N. Famalicão. Tel.: 252 374 175. Encerra ao jantar de domingo
Filetes de cherne | O Buraco
Servem-se como prato de peixe, acompanhados por um arroz malandrinho de tomate ou feijão (7€), mas muitas vezes são até colocados na mesa à laia de entrada quente, enquanto o sr. Manuel ou o sr. Francisco — os simpáticos e eficientes anfitriões — debitam as sugestões do dia. Pequeninos, sempre fresquíssimos e envoltos em fritura de farinha e ovo bem escorrida, os filetes de cherne são uma espécie de cartão-de-visita para a qualidade e prontidão da cozinha deste popular restaurante da Baixa portuense. (José Augusto Moreira)
Rua do Bolhão, 95. Porto. Tel.: 222 006 717. Encerra ao domingo e sábado à noite
Línguas de bacalhau com lombinhos do mesmo | Cêpa Torta
É um prato que alia com invulgar acerto a cozinha rústica e tradicional com a técnica e modernidade culinária (14€). As línguas são cozinhadas num arroz húmido que se envolve também com pedaços de grão-de-bico, enquanto os lombos de bacalhau que o acompanham são fritos em azeite. A par dos sabores de sempre, há também um interessante jogo de texturas que estimulam o palato e avivam memórias. Muito bem conseguido, na linha de modernidade culinária com que este restaurante utiliza as receitas e os melhores produtos tradicionais de Trás-os-Montes. (José Augusto Moreira)
Rua Dr. José Bulas Cruz, s/n. 5070-047 Alijó. Tel.: 259 950 117/964 202 635/913 017 195. Encerra à segunda e domingo ao jantar
Leitão assado | Mugasa
É sempre uma conversa sem fim quando questionamos sobre o melhor leitão da Bairrada. Longe das romarias de ao pé da estrada, o Mugasa é um lugar recatado, do tipo restaurante de aldeia, onde o leitão ainda é assado segundo o estilo tradicional da Bairrada (12,5€ a dose). Há também iscas com cebolada, cabidela e, por vezes, até uma feijoada com leitão. Se for em grupo, o ideal é mesmo fazer marcação para que o reco infante saia do forno mesmo na hora de se sentar à mesa. (José Augusto Moreira)
Largo da Feira. Fogueira, Sangalhos. Tel.: 234 741 061. Encerra à segunda e domingo ao jantar
Chanfana | Manuel Júlio
A grande vantagem é que não é preciso ir à serra, às aldeias de montanha, para saborear uma chanfana cozinhada da forma mais tradicional (12€). De cabra velha e carnes rijas, no forno a lenha e nos típicos caçoilos de barro negro e lentamente refogada em tinto da Bairrada. Como se sabe, este é um prato para os dias frios de Inverno e, como tal, nem está incluído na lista de “especialidades” do restaurante. Por precaução, o melhor será ligar de antevéspera já que, como manda a tradição, terá que ser de véspera colocada no forno. (José Augusto Moreira)
Santa Luzia, IC2/N1. Barcouço, Mealhada. Tel.: 239 913 512/919 438 454.
Encerra ao jantar de domingo
Perdiz à Dona Bia | Restaurante Afonso
Por entre a tradição de pratos de caça, a perdiz que homenageia a fundadora da cozinha da casa (28€) é o mais emblemático. A receita nunca foi divulgada, mas não andará muito longe do receituário conventual que utiliza vinhos branco e do Porto para um estufado lento. O resultado é soberbo e mais que justifica a viagem. Há que provar também o bacalhau à Afonso (26€, 2 pax), um cozinhado à Brás mas que resulta numa textura macia aveludada de efeito arrebatador. (José Augusto Moreira)
Rua de Pavia, 1. Mora. Tel.: 266403166. Encerra à quarta-feira
Coelho assado no barro | Tasca dos Coelhos
Em ambiente popular e com uma dinâmica que até foge à tipicidade alentejana, este coelho é de prova obrigatória. Cada dose (14€, 2 pax) vai ao forno em pequenas assadeiras de barro vermelho para assar lentamente e apenas com azeite e ervas aromáticas. E é assim, bem quente, que chega à mesa. Apenas as peças de coelho, já que os acompanhamentos são pedidos à parte. Tostadinho, envolto na própria gordura e pleno de sabor, dá mesmo vontade de lhe pegar pelos ossinhos e deixá-lo desfazer-se na boca como se de um gelado se tratasse. (José Augusto Moreira)
Monte do Forte, Alcaraviça. Orada, Borba. Tel.: 268 890 066. Não encerra
Sobremesas e doces