É um clube restrito onde só entram os melhores da Península Ibérica e o Il Gallo d’Oro, no Funchal, é o novo membro. Foi em Madrid que o chef Benoît Sinthon recebeu o símbolo que outorga ao restaurante madeirense os três sóis do Guia Repsol 2015, ascendendo assim a um palco onde emparceira com nomes tão consagrados como os de Juan Mari Arzak, Joan Roca, Martin Berazategui, Sergi Arola ou Pedro Subijana. Estrelas maiores no firmamento da gastronomia mundial, que o guia Repsol consagra com a atribuição da classificação máxima de três sóis.
Ao todo, passam agora a ser cinco as casas portuguesas no topo das escolhas do guia para 2015, que destaca os melhores restaurantes da península. Também as cozinhas de Dieter Koschina (Vila Joya) e Hans Neuner (The Ocean), no Algarve, e de José Avillez (Belcanto) e Vincent Farges (Fortaleza do Guincho), na zona de Lisboa, mantêm a distinção máxima que já tinham na edição anterior.
Foi em Madrid, no auditório da sede da empresa que promove a publicação, que o cozinheiro do Il Gallo d’Oro pôde constatar o peso e prestígio do guia. Numa cerimónia de forte impacto mediático, com a presença da generalidade da imprensa e difundida por todas as televisões. No palco, Benoît Sinthon teve a companhia dos responsáveis pelas cozinhas de outros cinco restaurantes espanhóis que ascendem igualmente ao estatuto máximo do guia Repsol: Dani Garcia (Restaurante Dani Garcia, Marbella), Jesus Sánchez (Cenador de Amos, Cantábria), os irmãos Javier e Sergio Torres (Dos Cielos, Barcelona), Francisco Monge (O Pazo, Madrid) e Pepe Solla (Restaurante Solla, Pontevedra).
A par de Arzak, Subijana e outros emblemas maiores da gastronomia espanhola, os responsáveis pela cerimónia fizeram questão de garantir também a presença em palco de José Avillez, o que bem demonstra o estatuto e o peso de que desfruta o chef lisboeta no panorama da gastronomia da península. Ao jeito das estrelas mediáticas, Avillez passou escassas duas horas em Madrid, apenas para a presença em palco e respectivas sessões fotográficas de apadrinhamento aos novos membros do clube dos três sóis.
“Trata-se de um guia de grande prestígio e a presença dos restaurantes portugueses só nos pode deixar muito contentes”, disse à Fugas o chef do Belcanto, destacando também a importância do evento e o facto de este ser um mundo cada vez mais mediatizado. “A gastronomia está na moda em todo o mundo e Portugal tem que aproveitar a onda. O alargamento [do guia Repsol] ao nosso país é muito importante em termos de clientela e turismo. Temos é que ter mais restaurantes e mais cozinheiros portugueses ”, acentuou Avillez, enquanto corria para apanhar o avião de regresso a Lisboa, ele que é o único português entre os chefs dos cinco restaurantes portugueses com os três sóis.
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“Impressionado com a importância e o impacto que o guia tem em Espanha”, o chef do Il Gallo d’Oro olhava para “a importância da distinção” numa altura em que o grupo Porto Bay se prepara para abrir uma nova unidade hoteleira junto à Avenida da Liberdade (Rua Rosa Araújo,8). Embora o restaurante do novo hotel não tenha, para já, a pretensão gastronómica do Il Gallo d’Oro, Benoît Sinthon olha para “a importância da distinção e a curiosidade que desperta nos espanhóis que viajam”. Além disso, sublinha o reconhecimento que os três sóis representam para o trabalho que é feito na cozinha do restaurante do Funchal. “Vindo de Espanha é muito importante. É o reconhecimento do nosso trabalho num país que está no top mundial dos cozinheiros.”