Daqui temos uma bela visão para o castelo de Hogwarts, onde funciona a escola de feitiçaria que Harry Potter frequenta. É para lá que vamos agora. Dentro destas paredes fantasmagóricas está alojada uma das principais atracções do mundo potteriano: chama-se Harry Potter e a Jornada Proibida, atrai milhares de visitantes todos os dias e foi ela que mudou a nossa vida - lembram-se de termos falado nisso?
Antes, porém, umas palavrinhas para explicar o que se encontra em Hogwarts: a fila para a Jornada Proibida serpenteia pelo castelo e isso é bom. Sobretudo se tivermos em conta que somos privilegiados - quem está familiarizado com os livros de J.K. Rowling sabe que a entrada em Hogwarts é absolutamente vedada a muggles (muggles, a propósito, é como na gíria se chama aos que não são feiticeiros). Aproveitemos, portanto, para ver tudo o que pudermos desta escola mágica nas várias salas que se assemelham aos cenários dos filmes.
Passamos pela sala dos retratos e pela casa do professor Dumbledore, que dá uma curta aula de defesa contra magia negra e explica a história de Hogwarts, divertimo-nos com os quadros falantes e assustamo-nos ligeiramente quando vemos um dragão. E de repente temos Harry Potter, na pessoa do actor Daniel Radcliffe, mesmo à nossa frente. Hermione e Ron, os inseparáveis amigos de Harry, também nos vêm saudar.
A fila foi andando - há diferentes velocidades de progressão, consoante o tipo de bilhete que tivermos - e agora já estamos junto da estação de embarque para a Jornada Proibida. Vemos crianças a entrar e sentimos alguma segurança - mas não sabíamos exactamente ao que vínhamos. Sentamo-nos no chamado banco encantado e pensamos que já não há nada a fazer: a barra de segurança já desceu sobre nós e a viagem está prestes a começar. Estamos num braço robótico que nos sacode, nos vira de um lado para o outro e nos leva a dar voltas e mais voltas nos cenários mais ou menos assustadores que vemos nos filmes. É inevitável: passamos parte dos cerca de quatro minutos que dura a viagem a gritar, sobretudo porque não lidamos bem com as vertigens que nos causa este jogo de quidditch ou estes voos sobre o abismo ou estas lutas contra dragões. Mais assustador só se tivéssemos dado de caras com "o-quem-nós-sabemos".
Fartámo-nos de gritar, é verdade, mas esta Jornada Proibida deu-nos o impulso de que precisávamos para desafiar o medo e a partir daqui conseguimos usufruir de algumas das mais apreciadas atracções da Universal já fora do mundo Potter. A experiência em 3D do Homem-Aranha, por exemplo, é simplesmente imperdível: saltamos de prédios altíssimos, lançamos teias e cordas, combatemos monstros, sentimos o calor das chamas - e sobrevivemos. Já estamos a ganhar embalo e parece que não queremos mais nada senão entrar em simuladores. Não resistimos a mais um, desta feita já na área Universal Studios. Eis-nos na Simpsons Ride, que nos transporta para as férias de pesadelo que vive a família Simpson.
No entanto, por muito que a nossa vida tenha mudado hoje, ainda não temos coragem que chegue para as montanhas-russas. Há duas da pesada, uma em cada parque da Universal: na Islands of Adventure, a do incrível Hulk; nos estúdios, a Hollywood Rip Ride Rockit, que atinge uma velocidade máxima de 65 milhas (à volta de 105 quilómetros/h) e permite a cada passageiro escolher a música que quer ouvir enquanto se deixa cair em vertiginosas descidas e loopings.