Fugas - Viagens

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Lituânia, no centro do centro da Europa


Como ir
A Ryanair voa para Kaunas nas não há voos directos de Portugal (via Porto e Faro, arriscando interligar voos low cost na companhia, as melhores ligações parecem ser via Milão-Bérgamo, Paris-Beauvais e Birmingham, dependendo das combinações). Com alguma pontaria e muita paciência para fazer contas de cabeça e a navette entre várias janelas da Internet, a viagem de ida e volta pode ficar bem abaixo dos 150 euros.
Das companhias tradicionais, a Lufthansa parece ser a opção mais conveniente tanto para partidas de Lisboa como do Porto, sempre via Frankfurt: no primeiro caso, a tarifa pode rondar os 400 euros, no segundo pode ficar abaixo dos 300.


Onde ficar
Os lituanos continuam a usar os aeroportos mais para sair do que para entrar ( no espaço de uma década, mais de um milhão de lituanos emigraram do país), mas o turismo - e o braço muito particular do turismo de negócios - recuperou nos últimos anos da quebra acentuada entre 2003 e 2006. Em Vílnius e na região termal de Druskininkai, sobretudo, a febre da remodelação de hotéis está para durar e vale a pena ir fazendo refresh para ficar a par das últimas novidades (e das campanhas vantajosas de reabertura). Para as primeiras impressões antes de uma procura tailor-made nos sites especializados, a Fugas sugere três sítios para dormir na capital lituana, por ordem crescente de preços: as celas do Domus Maria (http://www.domusmaria.lt/), um antigo convento carmelita estrategicamente colado à Igreja de Santa Teresa (os quartos 207 e 307, com vista para a Porta da Aurora, têm de ser reservados com meses de antecedência) que continua a servir os pequenos-almoços no refeitório abobadado do século XVIII; o Europa Royale (http://www.groupeuropa.com/),), alguns metros abaixo, com quartos de dimensões muito generosas e uma recepção deliciosamente fora do tempo mas completamente no centro da acção; e, já  no coração do antigo bairro judeu, o Stikliai (www.stikliaihotel.lt/), um hotel de charme instalado numa residência barroca do século XVII que faz parte da rede Relais & Châteaux.

A apenas 28 quilómetros de distância, Trakai é normalmente vendida como um bom programa para fazer entre o pequeno-almoço e o jantar em Vílnius - e está mal. A Fugas deixou-se ficar para jantar e teve pena de não se deixar ficar para dormir, porque é justamente quando a multidão de daytrippers se enfia no autocarro que Trakai se torna mais impressionante. O parque de campismo Slenis (www.camptrakai.lt/) , uma instituição centenária, é o melhor sítio para pernoitar, mesmo para quem não anda com a mochila (e a tenda) às costas: há vários tipos de cabinas disponíveis, incluindo umas irresistíveis casinhas de madeira com alpendre. Para cozinhar, basta ir buscar um barbecue com rodinhas à recepção, onde também é possível pedir informações acerca dos vários tipos de banhos disponíveis, todos com vista para o lago (sauna finlandesa, banya russa, onsen japonês, jacuzzi  e banho de vapor lituano).

Mais a Sul, em Druskininkai, multiplicam-se os hotéis termais. O Grand Spa Lietuva (www.grandspalietuva.eu/), com todo o tipo de tratamentos (ao todo são 108, incluindo banhos de lama para fortalecimento das gengivas), um bar de infusões e um rebuscado parque aquático inspirado em motivos Arte Nova, é um dos mais recentes - os preços variam em função da localização dos quartos (há uma ala de três e outra de quatro estrelas). Mais simples, o novíssimo Hotel Central (www.centralhotel.eu/), da cadeia Best Western, ocupa a casa com mansarda onde em 1909 abriu o primeiro hotel da estância - apesar de ter feito tábua-rasa da decoração original, um delito comum na hotelaria, a remodelação não arruinou a pose de grande hotel do início do século XX (e, admitimos, deu-lhe algum conforto extra). Uma última viagem no tempo, ainda em Druskininkai: uma noite no Hotel Pusynas (www.pusynas.lt/) é actividade de carácter obrigatório para qualquer interessado nas questões da arquitectura, e em particular nas excentricidades do estilo soviético. Já lhe chamaram caixa de bolachas, mas são calúnias: juntamente com a Igreja Ortodoxa Russa da cidade, uma pequena preciosidade de madeira azul-forte e cúpulas douradas, é o edifício mais fotogénico de Druskininkai.

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