Fugas - Viagens

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Lituânia, no centro do centro da Europa


Onde comer

Todas as capitais do Báltico têm o seu restaurante temático e em Vílnius esse restaurante é o Lokys (www.lokys.lt/), um labirinto de salas a servir refeições desde 1972 numa taberna do século XV. Os pratos de caça são a grande atracção - com descrições imbatíveis como "assado de javali gabado pelo Grão-Duque Gediminas com bagas silvestres e pêra doce", "codornizes adoradas pelas gentis damas lituanas" ou "guisado rústico de carne de castor com cogumelos, pimentos doces marinados e puré de batatas" -, mas também há pratos vegetarianos, incluindo as retemperadoras sopas lituanas de beterraba e boletos. Não há que enganar: nenhum outro restaurante em Vílnius tem um urso à porta. Outra instituição incontornável da cidade é o Neringa (www.restoranasneringa.lt/), um restaurante aberto desde 1959 que mantém a glória do período soviético e continua a juntar artistas e membros da intelligentsia à volta de clássicos como o prato de arenque fumado com natas ácidas, o fígado frito e os cepelinai (raviolis de batata com recheio de carne). Para refeições mais ligeiras, a Fugas recomenda a esplanada do Centro de Arte Contemporânea (http://cac.lt/), aberta diariamente das 11h à meia-noite, e o balcão do Café de Paris (www.cafedeparis.lt/), no Instituto Francês, que é também um dos melhores lugares da cidade para ouvir música.

Outra experiência "temática", mas já perto de Druskininkai, é um almoço no Gruto Parkas (www.grutoparkas.lt/), onde,  além dos cogumelos que fizeram a fortuna do dono do empreendimento (ver caixa) são servidos, em tabuleiros de alumínio iguais aos que havia nos gulags e com os mesmos talheres de fabrico soviético de má qualidade, peixinhos de rio com cebola e vodka e almôndegas "com mais farinha do que carne" (sic). Há quem venha de longe para matar saudades - palavra.

Em Trakai, a minoria caraíta (ver caixa) continua a ter uma cozinha à parte e há dois restaurantes que se especializaram nos típicos pastéis de vitela, borrego ou vegetais que são o centro dessa singular dieta local: o Kibinine e o Kybynlar (www.kybynlar.lt). Num caso como noutro, mesas ao ar livre, bancos corridos e vista para o lago - ou para a cozinha, onde se organizam cursos de culinária por marcação.

Em Kaunas, a segunda cidade da Lituânia, a Fugas só se sentou num restaurante, o Sadute (http://sadute.lt), onde comeu a refeição mais surpreendente da estadia - flores comestíveis, bacalhau, e um gelado de pão de centeio antes da conta.

A Fugas viajou a convite da Embaixada da Lituânia

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