Hunan
Podemos pensar porque levou tanto tempo para os responsáveis chineses se voltarem para Hunan — em 2014 será inaugurado o maior arranha-céus do mundo, o Sky City (10 metros mais alto do que o Burj Khalifa) na capital da província, Changsha, e, menos vistoso para o mundo mas muito importante para a colocar no mapa chinês, uma série de ligações de alta-velocidade. E a nossa dúvida inicial deve-se a dois motivos essenciais: por um lado, Hunan é o berço de Mao Zedong (Mao Tsé-tung, que nasceu em Shaoshan), por outro a sua natureza pródiga coloca-a entre as regiões mais bonitas da China. A isso ainda podemos acrescentar a fama da sua gastronomia, uma das mais apreciadas no gigantesco xadrez chinês.
No Sul do centro do país, Hunan sempre foi conhecida pela beleza natural, uma tela na qual se desenham montanhas, rios (incluindo o Yangtze, o terceiro mais longo do mundo), antigas cidades e névoas perenes que lhe emprestam uma atmosfera encantada daquelas que se encontram nas pinturas tradicionais chinesas. Imagine-se uma floresta de pessegueiros ou uma ilha de laranjas — Hunan tem. Como tem cidades históricas (como Fenghuang, 1300 anos, ou Hongjiang), montanhas com florestas, bambus, flores e suaves ravinas embrulhados em nevoeiros (Monte Heng) ou com rochas vermelhas de formas caprichosas e abismos (Mont Lang), lagos envoltos em mitos (Dongting) e vigiados por torres famosas (Yueyang, com origem no século III), cordilheiras (Tianzishan) que se juntam a parques nacionais (Zhangjiajie) e a vales (Suoxi) para compor cenários de bosques, rochas, desfiladeiros, grutas que são património natural da humanidade (Wulingyuan), sítios arqueológicos com mais de 2200 anos (Mawangdui)… Mais um recanto do gigante chinês que se prepara para despertar.
mais Fugas | China
Malásia
Colocou-se na boca do mundo quando a sua capital deixou crescer os maiores edifícios do mundo: entre 1998 e 2004, as Torres Petronas foram os edifícios mais altos do mundo; permanecem como os edifícios gémeos mais altos do mundo, quase cenário de ficção científica, com a ponte a uni-los entre os andares 41 e 42. A Malásia não é uma desconhecida na rota dos globettroters mas este ano tem as expectativas altas. O país asiático espera atingir os 28 milhões de visitantes e vale-se para isso de uma série de novas atracções, que serão servidas por um segundo terminal no aeroporto de Kuala Lampur. O maior parque ornitológico do sudeste asiático, com seis mil aves de 400 espécies, em Malaca (cidade património mundial da UNESCO), e, para crianças pequenas e grandes, a Legoland Malásia e a Hello Kitty Land, em Nusajaya, são os cabeças de cartaz deste ano de novidades.
Em equilíbrio entre a modernidade e a tradição, a Malásia oferece-se cheia de contrastes, que começam logo na sua geografia complexa — basicamente dois territórios separados pelo Mar do Sul da China: o continental e o insular (uma porção da ilha do Bornéu). De densas selvas (Parque Nacional Taman Negara ou o Parque Nacional de Kinabalu, na ilha do Bornéu, a oscilar entre florestas e o ponto mais alto do país) a praias paradisíacas (Kuching ou Sandakan), de cidades históricas (Georgetown e Malaca) e coloniais (Ipoh) às ousadias arquitectónicas da capital, de templos budistas com sumptuosas cúpulas douradas a ilhas edénicas (como o arquipélago de Langkawi, geoparque mundial da UNESCO). A Malásia é tudo isto mais a hospitalidade malaia — em casa do outro lado do mundo.
mais Fugas | Malásia