Fugas - Viagens

  • Adriano Miranda
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O que é que o Porto tem?

O Mercadinho dos Clérigos que esperavam encontrar na Rua Cândido dos Reis afinal não está — saberão mais tarde que nesse dia foi transferido para o interior do Plano B — mas as lojas (e os bares) que se sucedem deixam marca indelével.

Elena: Têm muito encanto, estás numa loja num edifício histórico.

Amparo: E cuidam muito os detalhes. Gosto de que entre coisas tão tradicionais haja sítios tão cool. É como o nosso apartamento, tão vintage. Agora vejo que é normal, a cidade tem esse mesmo tom.

Marcela: Em cada porta há um mundo novo. Entramos do passado para o futuro. Por isso amo o Porto.

Contudo é nos detalhes do casario que se fixam.

Amparo: A cidade tem um encanto que não vi em nenhum lado do mundo. Também não conheço muito… Mas é algo… Está a cair, mas é impressionante, como se fosse um conto de fadas. A arquitectura é bestial.

Elena: Vê-se que foi uma cidade rica e agora está em decadência…

Ligia: Por isso é tão entrañable.

E mais se fixarão no domingo no grande pátio-miradouro da Sé, com a “magia” do pôr do sol de um lado e as “torres de igrejas” que emergem quando se olha para o Norte. Parte do grupo já se terá ido embora — Alex e Marcela —, o resto enfrenta o frio cortante de fim de tarde e ainda dá uns passos de dança ao som do guitarrista- cantor num canto do Palácio Episcopal, bem acima do rio. Se Alex ainda estivesse, reforçaria a sensação de quando caminhava à beira-rio,

- O sol a cair, as esplanadas, os músicos na rua, é um ambiente romântico. 

Contudo, a Sé será quase a despedida dos passeios portuenses. E no sábado à noite há um jantar a degustar. Inesperadamente, será à porta de “casa”. É uma novidade na Rua de Souza Viterbo, colada às traseiras do Mercado Ferreira Borges — que merecerá uma visita mais tarde, para terminar a noite no Hard Club. - Abriu para nós, este Jesse Sushi & Restaurante que teve inauguração uma noite antes. Mais uma vez é o espaço que atrai, visto de fora – “Porque não?” – e por dentro. Se o sábado foi dia nublado, domingo chega com um sol esplendoroso.

O caminho a tomar é o da Foz. Amparo recorda o caminho que fez no eléctrico e quando vê o farol vermelho e branco,

- Fiquei com esta imagem sempre gravada na memória.

Agora também a pérgula está eternizada em fotos, com o mar cinzento a revoltear-se por detrás. E está a esplanada da Praia dos Ingleses, onde se queimam horas deste domingo ao sol com o pouco areal em volta coberto de detritos marítimos.

A Boavista, a Casa da Música, o Museu de Serralves… “É bonito, mas prefiro a parte velha”, declara Amparo, desfeita a ideia de que “o Porto não tem um casco antigo, é todo antigo”.

Marcela: Acho que a maior parte das pessoas fica na parte mais tradicional. Os turistas vêm aqui e não esperam Europa…

Amparo: … mas esta é a ideia de Europa…

Elena: … velho, bonito, decadente, moderno…

Na partida

Ninguém sabia do prémio de melhor destino europeu de 2014 ganho no dia anterior à chegada ao Porto. Alex espera regressar com mais tempo,

- Um fim-de-semana não chega para conhecer o Porto.

Elena já publicou teasers no Facebook, “para voltar com outros amigos”. Ligia está praticamente em casa. Marcela vê a cidade como uma síntese, “oferece as melhores coisas de uma cidade grande numa cidade pequena”. Amparo via-se perfeitamente a viver aqui — “me mola”.

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