Fugas - Viagens

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  • Miguel Madeira
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Las Vegas e Vale da Morte, as duas caras do deserto americano

É que, se ver um animal no zoo pode ser uma experiência emocionante e educativa, ter à frente o mesmo animal no seu habitat natural, ainda por cima num como este em que não se avista rigorosamente nada, sabe a dádiva. Porém, o divino pouco tinha a ver com esta prenda visual. Sob o carro onde seguíamos, alguns restos de comida deixados por outro veículo que nos precedera eram o alvo do coiote, provavelmente alarmado perante a possibilidade de lhe ficarmos com o repasto.

Assim que o vimos, olhos nos olhos, sentimos de imediato que este encontro era mais real e ofuscante que os mil e um neóns de Vegas, que a miríade de slot machines ou as cansadas ancas de uns “reencarnados” Elvis ou Marilynes. Um coiote com olhar Las Vegas, faiscante e ambicioso, feliz por ter conseguido o seu muito próprio jackpot. Já o nosso, foi mesmo vê-lo.

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Guia prático

Como ir

Viajámos pela British Airways, com escala em Londres e direito a cadeira que se transforma em cama. De forma que, já no regresso, quando me perguntam a distância e as horas de viagem só me apetece responder que a distância de Las Vegas a Londres é de um filme e um sono. Mas há formas mais económicas para chegar à cidade do jogo. Mesmo pela British, que faz a ligação desde cerca de 900€, o mesmo preço encontrado em algumas pesquisas na TAP para viajar nos próximos três meses.

Já a US Airways é a alternativa mais barata: faz a ligação Lisboa-Las Vegas, com escalas, desde cerca de 750€, taxas incluídas.

Do aeroporto McCarran ao centro da Las Vegas Boulevard, há transferes. Se se optar por um táxi a conta fica em menos de 20 dólares (14,50€) e se a ideia passar por alugar um carro (não esquecer de fazer a reserva online também com antecedência), o que compensa tendo em conta os valores do combustível, há um autocarro junto à saída das chegadas do aeroporto que nos leva directamente ao centro de rent-a-car.

Uma das coisas a ter em conta, e que entra para a lista dos prós na decisão de alugar ou não um carro, é a existência de parqueamento em todo o lado: gratuito se o arrumarmos nós; custando o preço de uma gorjeta se se optar pela solução valet em que alguém nos estaciona o carro e o irá buscar na altura de irmos embora. Note-se ainda que no estado do Nevada a carta de condução portuguesa (mesmo a velhinha cor-de-rosa) é válida.

Onde ficar

O que não falta em Las Vegas são soluções de alojamento. Também aqui é de reservar com a máxima antecedência, mas o mais certo é acabar num hotel cheio de atracções pelo preço de um três estrelas em Portugal.

Até porque não é com os quartos que os hotéis ganham dinheiro, mas com os casinos – excepção feita ao relativamente recente Mandarin Oriental (desde 160€), onde fiquei, e que não inclui salas de jogo no seu interior. Unidades no centro da Strip, como o histórico Flamingo ou o gigante Stratosphere, oferecem soluções à volta dos 20€/noite. Entre os cinco estrelas, o Trump estava com tarifas à volta dos 100€/noite.

Onde comer

Com alguns jantares e almoços incluídos no programa da visita, não houve nem tempo nem necessidade de fazer uma busca exaustiva aos restaurantes. No entanto, é de referir que, à excepção dos espaços mais exclusivos, não é caro comer em Las Vegas.

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