Fugas - Viagens

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A floresta de Sandokan é do tempo dos dinossauros

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Guia prático

Como ir
A companhia aérea Emirates liga Lisboa a Kuala Lumpur com escala no Dubai. Da capital malaia partem quatro autocarros/dia para Jerantut numa viagem de apenas três horas. Daqui, a maior parte dos visitantes opta por apanhar um novo autocarro até ao cais de Kuala Tembeling e dali um barco até Kuala Tahan, a vila de acesso ao parque Nacional Taman Negara. Em Jerantut também pode ir directamente para Kuala Tahan, numa viagem mais curta e barata, porém menos prazenteira para os sentidos. Atenção aos últimos horários de autocarros e dos barcos, pois nem sempre coincidem com o pré-estabelecido.

Quando ir
A Malásia continental e insular (a parte Norte da ilha do Bornéu) situam-se imediatamente a Norte da linha do Equador, pelo que o clima é tropical ao longo do ano todo, com temperaturas entre os 20 e os 30 graus. Já a humidade do ar atinge os abafadiços 90%. A melhor altura para viajar é, seguramente, durante a estação seca, entre Fevereiro e Setembro, sendo que o pico do turismo se verifica nos meses estivais, Junho a Agosto. A partir de Outubro chegam as chuvas que podem inviabilizar as caminhadas em Taman Negara.

O que fazer
Este é o item mais ingrato de aconselhar face à panóplia de ofertas naturais vigentes em Taman Negara. Para além das minhas investidas – canopy walk, miradouro de Butik Teresek, safari nocturno, as grutas de Gua Telinga e um passeio de canoa a motor, que passa por rápidos, até ao acampamento da tribo dos orang asli – existem outras tantas a exigir aquilo que sempre faltará ao viajante: tempo e, neste caso,  apurado espírito aventureiro. Existem caminhadas de dez (ou mais) dias pela floresta, que pode fazer de modo independente ou com guia. Se optar por seguir só ou com amigos, lembre-se que só os experimentados o podem e sabem fazer, sob pena de se perder ao fim de algumas horas – relatos nesse sentido são mato. Ainda na floresta, pode visitar as grutas Gua Kepayang e Gua Daun Menari, onde habitam colónias de insectos e répteis. Se optar por escalar o monte Gunung Tahan, o maior da península malaia, com 2187 metros, faça-o com um guia e lembre-se que terá de transportar a própria comida e o material para pernoitar numa caminhada que pode prolongar-se por uma semana. O rio Tahan, um dos que atravessa o parque, é um paraíso para os desportos radicais: pesca desportiva, canyoning ou rafting. Na zona de Sungai Tanum refresque-se nas águas translúcidas e apanhe peixes à... mão.

O que comer
Muçulmanos e hindus são as duas maiores populações do país; os primeiros não comem porco, os segundos não tocam na vaca, portanto quem paga as favas é o frango. E há-os para todos os gostos: do estilo tailandês, vietnamita, chinês, indiano, indonésio, japonês e por aí fora, quase sempre temperados com caril, picante, gengibre, manteiga de amendoim e outras tantas especiarias que conferem um sabor forte ao prato. Nos barcos-restaurante pode ainda encontrar os famosos noodles (mi goreng), o arroz frito (nasi goreng), satay (espetadas de frango)  ou os spring rolls (crepes). O arroz branco cozido está sempre presente como acompanhamento, ao contrário das saladas, raras por uma região rica em frutas.

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