Fugas - Viagens

  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro

Continuação: página 7 de 8

Sete dias na vida dos intha, os astuciosos filhos do lago

Quando ir

A melhor altura para visitar o lago Inlé é entre Novembro e Fevereiro, período em que as temperaturas oscilam, durante o dia, entre os 20 e os 26 graus — quando a noite cai a diferença é abismal e os termómetros baixam drasticamente. A época mais quente estende-se de Março a Maio — muito perto dos 40 graus — mas, uma vez mais, devido à altitude, as noites são por norma frias. A chuva faz a sua aparição em Junho e prolonga-se até Outubro, tornando intransitáveis muitos dos trilhos nas proximidades do lago — logo uma fase do ano de todo desaconselhável para os amantes das caminhadas. 

Onde comer

Nada como falar da nossa experiência quando a temática é o palato — e se é em casa que, pelo menos muitos de nós, apreciamos os sabores, nada melhor do que tentar os pratos confeccionados com prazer no Four Sisters Inn, onde apenas tem de deixar expresso, pela manhã, antes de alguém se deslocar ao mercado, se prefere peixe ou carne, um ou outro acompanhados de uma cerveja Myanmar. De todas as vezes em que estive em Nyaugshwe apenas testei um outro e não me senti de forma alguma frustrado — o Lin Htett Myanmar Traditional Food, na Yone Gyi Road, uma atmosfera hospitaleira e uma gastronomia deliciosa. Mentira, ainda passei por outro espaço — a não perder —, não um restaurante, mas pelo mercado nocturno, com as suas bancadas de comida deliciosa e empregadas sempre sorridentes. 

Onde dormir

Em 2003, quando visitei a Birmânia pela primeira vez, facilmente se encontrava alojamento, mesmo sem ter feito qualquer reserva. Em 2012, quando me embrenhei pelo país para uma segunda experiência, a realidade era já bem distinta: a taxa de ocupação dos hotéis atingia níveis inimagináveis quase dez anos antes e encontrar um hotel com disponibilidade poderia inculcar no cérebro do viandante uma única palavra — pesadelo. Finalmente, na terceira incursão, em 2014, o número de turistas, embora superando todos os máximos, já rivalizava com o crescimento da capacidade hoteleira e não se revelava de todo difícil arranjar um quarto nas proximidades do lago Inlé.

Tanto em 2003 como em 2012 e, ainda, em 2014, sempre fiquei instalado no mesmo lugar, não propriamente um luxo mas um espaço que me fazia sentir como se estivesse em casa, convivendo com a minha família: dá pelo nome de Four Sisters Inn (foursisters102@gmail.com), no número 105, em Nan Pan Quarter, e, na verdade, elas são mesmo quatro irmãs, mesmo tendo duas o estatuto de emigrantes (uma na Holanda e outra na Alemanha), há duas resistentes que gerem o negócio como se acolhessem, a cada dia, não clientes mas amigos que, mais dia menos dia, regressam para reviver momentos que a memória se vai encarregando de apagar. Os quartos são básicos, pequenos, nem sempre com água quente na casa de banho, mas impregnados de uma aura romântica que faz esquecer tudo o que, por norma, está à nossa disposição em casa — e o preço não ultrapassa os 20 euros.

Nos últimos anos, os hotéis, como cogumelos, cresceram na área do lago Inlé, a maior parte construções inestéticas que visam o presente, ignorando o futuro e escamoteando o passado. Prevendo o afluxo do turismo em massa, o governo tem vindo a canalizar verbas para o aumento da capacidade hoteleira — no fundo, limitando-se a acompanhar a tendência das grandes cadeias internacionais — mas há espaços que, por tradição, continuam a atrair os clientes, como o Golden Island Cottages (www.gicmyanmar.com), em Nampan, em pleno lago e gerido por uma cooperativa tribal (Pa-O) e com preços por noite, para um duplo, que variam entre os 60 e os 80 euros. Mas o que não falta em Nyaungshwe, mais central, são bons hotéis, como o Teakwood Guest House (teakwood.htl@gmail.com), na Kyaung Taw Anouk Road, muito popular entre viajantes independentes veteranos (preços entre os oito e vinte euros) ou o Hotel Amazing Nyaung Shwe (www.amazing-hotel.com), na Yone Gyi Road (duplos a partir de 60 euros e suites entre os 80 e os 120).

--%>