Playa de la Concha, San Sebastián
“Antes de criar o paraíso, Deus encomendou uma maqueta. Quando a maqueta estava terminada, o Senhor aprovou-a e as obras do Paraíso começaram e terminaram. Mais tarde, os anjos perguntaram ao Senhor o que deviam fazer com a maqueta e Deus ordenou: podeis colocá-la em algum lugar do mar Cantábrico. E esse lugar era San Sebastián. E assim nasceu a nossa cidade.”
Estas palavras são reveladoras do encanto que a Pérola do Cantábrico produzia no escritor José María Mendiola (1929-2003), um filho de uma das mais belas urbes de Espanha, elegante por natureza, cultural, rica como poucas em gastronomia, perfeita para quem goza os prazeres da vida, como já acontecia quando, depois de derrubadas as suas muralhas e uma vez empreendido o caminho da modernidade, recebeu a visita da rainha María Cristina e da sua corte, transformando-se num balneário de moda.
Abraçada por colinas e montanhas pintadas de verde, Donostia é uma cidade romântica, capaz de mudar de humor mais facilmente do que um casal de namorados, vivendo cúmplice de um mar que tem tanto de dócil como de violento. O seu coração está situado na baía de la Concha, uma meia-lua que se estende ao longo de três quilómetros, entre o Monte Igeldo, com a escultura Peine del Viento, de Eduardo Chillida, e o pitoresco porto de pesca, protegido pelo monte Urgull, onde os surfistas enfrentam as ondas e homens e mulheres caminham sobre a areia fina, para cá e para lá, cuidando do físico.
O mar é a referência de San Sebastián mas quando se vira as costas às grades brancas de ferro forjado que são o emblema da cidade os olhos pousam-se em edifícios como o Palácio de Miramar ou o antigo casino, nos dias de hoje ocupado pelo Ayuntamiento. E logo depois, sem pressas, às primeiras horas da tarde ou da noite, nada melhor do que caminhar pela parte antiga, com os seus bares e tavernas, as suas ruas estreitas, ir de pintxos e impregnar-se no mundo do txikiteo, comendo e bebendo segundo a tradição basca.
Entre umas tapas e uns copos de vinho, o apelo à contemplação — e cultural, com a realização de vários festivais, entre eles o de jazz, este mês — é permanente: o Teatro Victoria Eugenia e o Hotel María Cristina, as pontes que cruzam o Urumea, o rio tão dependente do humor do mar, como a de Zurriola, também conhecida como Kursaal, numa alusão ao antigo casino, cujo espaço está agora ocupado pelo Centro Cultural y Auditório. E, de volta ao casco viejo, no istmo do monte Urgull, desponta a igreja de San Vicente, o monumento mais antigo da cidade, a basílica barroca de Santa Maria e o Museu de San Telmo, incursão obrigatória para perceber as raízes ancestrais de um povo apaixonado pela cidade e pelo mar.
Playa de la Granadella, Alicante
A Playa (cala) de la Granadella é uma praia pequena (220 metros) e bonita, com águas cristalinas, considerada um dos tesouros de Jávea, cidade costeira na província de Alicante.
Para chegar à Playa de la Granadella deve procurar a estrada que liga ao Cabo de la Nao, efectuando um desvio dois quilómetros antes do cabo, descobrindo a pouco e pouco e à medida que se vai aproximando os segredos que a praia esconde.