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10 grandes ideias para os dias grandes

2. Sair para o campo e apanhar silarcas

É tempo de cogumelos… de Primavera. Normalmente associamos os cogumelos ao Outono, mas alguns — e neste caso a Amanita Ponderosa, também conhecida em Portugal como silarca — surge na Primavera e tem até, em Cabeça Gorda, perto de Beja, um festival a ela dedicado.

“No Alentejo há uma tradição muito grande de apanhar silarcas, já na Beira Baixa eles existem sobretudo numa zona mais a sul do distrito de Castelo Branco”, diz José Matos, conhecedor de cogumelos e organizador de passeios micológicos na zona do Fundão, que esteve recentemente no festival de Cabeça Gorda (entre 4 e 6 de Março). Mas, por enquanto, este ano “o tempo tem estado demasiado seco e eles não estão a sair tão bem”.

Encontrá-los é relativamente fácil, embora implique “uma certa prática porque eles não saem muito para fora do terreno”. É uma questão de se estar atento e de os procurar sobretudo nos terrenos argilosos e arenosos. “Estão muito associados ao montado com sobreiros e azinheiras.” Quando eles começam a nascer, “o terreno fica ligeiramente rachado”. Depois é preciso escavar e retirá-los com algum cuidado.

E o risco de confundir as silarcas com outros cogumelos que sejam tóxicos? Existe, claro, mas muito mais no Outono, quando despontam da terra muitas variedades diferentes. Os Amanita Ponderosa são “esbranquiçados, um pouco rosados” e fáceis de distinguir para quem os conhece. Importante depois é limpá-los bem, porque como vêm de terrenos arenosos “há alguma dificuldade em libertar as areias”.

De qualquer forma, avisa José Matos, “como com todos os cogumelos, não se podem comer crus”. Quanto à maneira de os cozinhar, avisa que “têm um sabor forte” e por isso é preferível não os comer sozinhos. “Na Beira Baixa usamo-los geralmente em guisados com carne, juntamente com enchidos. No Alentejo, eles juntam-lhes ervas aromáticas, poejo, e às vezes comem-nos simplesmente grelhados.” O melhor mesmo será juntá-los pelo menos a uns ovos mexidos.

Assim, é aproveitar os dias longos, sair para o campo (no Alentejo ou em certas zonas da Beira Baixa) e procurar rachas no terreno. Com sorte, talvez haja silarcas para o jantar. A.P.C.

3. Caminhar pelo Gerês, de dia e de noite

Os dias estão mais longos, é certo, mas o tempo ainda não está perfeito. Por isso, olhamos para a agenda da 4.ª edição do Programa Anual de Caminhadas Guiadas, da Gerês Viver Turismo, e ainda não vemos todos os dias “pintados” — sendo que as cores que pintam o calendário correspondem a dias de pedestrianismo pelo único parque nacional português, servidos por cinco empresas de animação turística. Se Julho e Agosto são os meses grandes para estas caminhadas, a verdade é que em Abril começa um verdadeiro renascimento, depois de um Inverno marcado por poucas saídas — embora, para sermos justos, talvez devêssemos dizer que a temporada terá aberto a 19 e 20 de Março, quando aconteceu o Festival de Caminhadas. E se entrou na Primavera: renascem as caminhadas, renasce a natureza — e como ela é exuberante no Gerês.

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