Fugas - Viagens

  • Nuno Ferreira Santos
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Nápoles: A sedução do mau caminho

Deixamo-nos ficar nesta “espécie de abandono extático” em que, para o escritor alemão, “toda a gente vive” neste “paraíso”. Largos minutos absortos em nada. O nada, finalmente. Os sentidos, toldados pela vivência explosiva da cidade, encontram, por fim, espaço para se diluírem no infinito espelho do Mediterrâneo, e devolvem-nos um desejado sossego à alma. Nápoles não será certamente amante para todos os corações, mas um pouco do nosso ficou definitivamente lá.

A Fugas viajou a convite da Royal Caribbean Portugal e da TAP

Guia prático

Como ir

Não existem voos directos de cidades portuguesas para Nápoles, pelo que a grande maioria das ligações aéreas implica escala em Roma. Outra opção é voar para a capital italiana e aqui apanhar um comboio para Nápoles (os preços variam muito conforme o tipo de ligação, o horário e a antecedência com que é feita a reserva, que pode ser efectuada em www.trenitalia.com). A viagem em comboio de alta velocidade demora cerca de uma hora.

Onde comer

Nápoles é sinónimo de pizza. Disputa com Roma a origem da iguaria e terá, pelo menos, sido aqui que nasceu a simples e universal marguerita, em 1889, em honra à rainha espanhola Margherita di Savoia que visitava a cidade e utilizando ingredientes com as cores da bandeira italiana: queijo mozarela, manjericão e tomate. Não será, por isso, total exagero dizer que em todo o lado se encontra uma pizzaria, muitas delas sendo um simples balcão sobre o passeio onde se vende pizza fritta, um género de calzone mergulhado em óleo a ferver. É a comida de rua napolitana por excelência e em todo o lado se vêem filas de gente trincando o frito embrulhado em folhas de papel.

Além desta versão fast food, existem muitos restaurantes especializados em pizza. Deixamos três sugestões, entre os que gozam actualmente de maior popularidade e renome e onde é geralmente necessário fazer reserva ou chegar com grande antecedência: Pizzeria Di Matteo (Via dei Tribunali 94; www.pizzeriadimatteo.com); Pizzeria Gino Sorbillo (Via dei Tribunali 32); L'Antica Pizzeria Da Michele (abriu em 1970, sendo uma das mais antigas e de maior reputação; ficou famosa ao surgir no filme Comer, Orar, Amar; Via Sersale 1; damichele.net).

O café é outra identidade em qualquer cidade italiana e aqui não é excepção. Para quem não passa sem um expresso, há que visitar o Gran Caffè Gambrinus (mais pelo seu legado histórico, cultural e luxo arquitectónico, local por onde terão passado vários artistas como Oscar Wilde, Ernest Hemingway ou Jean Paul Sartre; Piazza Trieste e Trento, 2; grancaffegambrinus.com) e o café Mexico (tido como o melhor da cidade, com empregados vestidos a rigor numa coreografia concentrada, onde é habitual deixar gorjeta sobre a senha; Piazza Dante Alighieri, 86). Na maioria dos estabelecimentos, a chávena é açucarada antes de o café ser colocado.

O que fazer

Em Nápoles: não faltam museus, monumentos e muitas, muitas igrejas a merecer uma visita, entre um merecido passeio pelas ruelas do centro histórico e pela marginal ao longo da baía de Nápoles. Além dos locais referidos ao longo do texto, o Museo Archeologico Nazionale di Napoli é de visita obrigatória, sendo um dos mais importantes do género a nível mundial (é lá que se encontram os principais achados de Pompeia e Herculano, além de uma das maiores colecções de artefactos greco-romanos e o curioso Gabinetto Segreto, com arte erótica antiga); e no Museo Nazionale di Capodimonte estão expostos quadros de alguns dos mais conceituados artistas italianos, de Raphael a Michelangelo ou Botticelli. Junto à Via dei Tribunali, a Napoli Sotteranea conduz-nos num passeio de cerca de uma hora por túneis e vestígios greco-romanos, 40 metros abaixo do nível da rua.

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