Creta é a maior das ilhas gregas e tem várias praias paradisíacas e pouco frequentadas. O mesmo já não se pode dizer de algumas das suas principais atracções, como as ruínas do Palácio de Knossos, que requerem algum tempo, mais do que o proporcionado por alguns cruzeiros, para comprar o bilhete e fazer a vista. Knosso era o berço da civilização minóica (3000 a.c. a 1400 a.c.), do mitológico rei Minos e do Minotauro. Segundo a mitologia grega, o ateniense Teseu foi a Creta matar o Minotauro. Tinha prometido a seu pai, o rei Egeu, trocar as velas negras do navio por velas brancas, se fosse bem-sucedido na empresa. Mas embriagou-se na véspera da chegada a Atenas, não fez a troca, e Egeu, ao ver no horizonte as velas negras do barco, matou-se, atirando-se o mar, que tomou o seu nome.
Santorini também se presta muito a lendas. Desde logo, é mais um dos sítios descritos como o que resta do continente perdido da Atlântida. Compreende-se que assim seja. Entre 1640 a.c. e 1450 a.c., o vulcão Tera teve uma erupção violentíssima, que fez desaparecer a maior parte da ilha. Um enorme tsunami terá precipitado o fim da civilização minóica de Creta. A nuvem de poeiras e gases tóxicos afectou o clima da China e da Europa. Hoje, Santorini, que deve o seu nome a Santa Irene, protectora dos venezianos, a sua capital Fira e sobretudo a localidade de Oia proporcionam as paisagens mais retratadas nos postais gregos, com o seu casario branco e igrejas de abóbadas azuis, ainda que tudo, sobretudo nesta última, esteja cada vez mais tomado pelos espaços de restauração, lojas de souvenirs e espaços de hotelaria de luxo.
Em Fira, tal como Oia no alto de um penhasco, o acesso ao porto faz-se de burro ou por um teleférico que parece descer quase a pique, nalguns sítios. Santorini tem fama de ter o pôr do sol mais bonito do mundo.
Guia prático
Quando ir
A Grécia está repartida por zonas de clima temperado, o Norte, e mediterrânico, o Sul. Em nome do conforto, tente evitar o pico do Verão e o Inverno. De resto, qualquer mês é bom para visitar a Grécia continental e insular.
Como ir
A Aegean Airlines, a companhia de bandeira da Grécia, é a única a assegurar (desde Junho) voos directos entre Lisboa e Atenas. E acaba de reforçar a oferta, tendo criado no dia 14 uma terceira ligação semanal. Há partidas de Lisboa às 0h30 de terça, quinta e sábado que chegam a Atenas às 6h45, hora local. E regressos que deixam Atenas às 21h30 e chegam a Lisboa às 23h45 de segunda, quarta e sexta. Os voos de quarta e quinta mantêm-se até ao final de Setembro. Os outros dois voos mantêm-se neste horário até ao fim de Outubro. A partir daqui, haverá redefinição de horários.
Onde ficar
Não faltam hotéis entre o razoável e o muito bom em Atenas, para uma grande variedade de preços. Faça a sua pesquisa online ou aconselhe-se com a sua agência de viagens antes de reservar logo à primeira. Muito organizada à volta e em função da Acrópole, Atenas não permitiu grandes construções em altura. Assim, a vista do Pártenon mantém-se muito democratizada, sendo muitos os hotéis com restaurantes e bares na cobertura onde é possível fazer agradáveis jantares com a Acrópole iluminada como cenário. É o caso do Hotel Titania, que ainda tem a vantagem de ficar na mesma avenida que as neoclássicas Universidade de Atenas e a Biblioteca Nacional e a pouco mais de dez minutos a pé da Praça Sintagma e do Parlamento Grego.