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Eslovénia, por entre castelos encantados

Há evidências que provam que o lugar onde agora se situa o castelo já era habitado no século XII a.C. - e a primeira fortificação de dimensões razoáveis aqui construída remete para os tempos dos ilírios e dos celtas, admitindo-se, de igual forma, que também os romanos tiveram a sua fortaleza na colina.

Uma primeira menção à existência de um castelo medieval data do século XII (entre 1112 e 1125), tendo como proprietários a família Spannheim, que cunhava a sua própria moeda em Ljubljana. Mais tarde pertença dos Habsburgos e centro da província de Carniola, a estrutura teve diversas funções ao longo dos anos (quartel militar, prisão, entre outras) mas, à excepção das paredes exteriores da capela de São Jorge, consagrada em 1489, a maior parte dos edifícios do actual castelo foram construídos e reconstruídos entre os séculos XVI e XVII.

De 1848 é a razgledni stolp, a torre de onde eram disparados os canhões em caso de incêndio ou para anunciar a visita de alguém importante ou de eventos. Hoje, o castelo é palco de manifestações culturais, um dos lugares mais pitorescos da capital eslovena e dos que mais turistas atraem. Como Fritz von Baumann, um engenheiro natural do Liechtenstein mas a viver em Itália.

- Imagino como seria viver aqui, desfrutar desta panorâmica sobre a cidade, com os seus espaços verdes, caminhar ao encontro dela por um trilho e desfrutar das fragrâncias que chegam das árvores. Mas, ainda assim, gosto mais do castelo de Bled, recordo com uma certa melancolia a noite em que, na companhia dos meus pais, o visitei, o céu azul, a lua e as estrelas reflectindo-se no lago, como num espelho. 

Se a vida é feita de viagens, as viagens são feitas de memórias e eu recupero uma, do menino de fartos caracóis caindo como cachos sobre os ombros, de mão dada com a mãe, imaginando que, sobre aquele lago povoado de pletnas, no topo da colina, habita uma bruxa.

- Conta outra vez.

GUIA PRÁTICO

Como ir

Como não há ligações directas entre Lisboa e Ljubljana, a opção mais prática passa por fazer uma escala na Suíça, na Áustria ou na Alemanha, devendo, para tanto, consultar as tarifas (entre os 280 e os 400 euros) mais convenientes junto de companhias aéreas como a Lufthansa, a Austrain Airlines, a Swiss, a TAP, a Croatia Airlines e a Adria Airways. Zagreb, desde que obtenha um preço em conta, pode constituir a melhor alternativa, uma vez que está situada a escassos 140 quilómetros da capital eslovena.

Para visitar os castelos e percorrer o país, é conveniente alugar um carro – em Ljubljana ou em Zagreb (para circular pelas auto-estradas eslovenas terá de adquirir uma vinheta), já que ambas estão bem servidas de transportes públicos. De autocarro, num percurso que se completa em pouco mais de duas horas, há mais de uma dezena de serviços por dia entre as duas cidades, com preços que variam entre os quatro e os 11 euros (ida). Também é possível fazer a viagem de comboio, num trajecto de duas horas e vinte minutos e uma tarifa de 14 euros (22 se comprar ida e volta).

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