Fugas - Viagens

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    O Palácio Nacional de Mafra celebra em 2017 o tricentenário Nuno Ferreira Santos
  • Maria do Rosário, padeira em Santo Estêvão das Galés
    Maria do Rosário, padeira em Santo Estêvão das Galés Nuno Ferreira Santos
  • Mário Pereira, director do Palácio Nacional de Mafra
    Mário Pereira, director do Palácio Nacional de Mafra Nuno Ferreira Santos
  • Diogo Batalha, responsável pela recuperação da Aldeia da Mata Pequena
    Diogo Batalha, responsável pela recuperação da Aldeia da Mata Pequena Nuno Ferreira Santos
  • Mafra
    Mafra Nuno Ferreira Santos
  • Penedo do Lexim
    Penedo do Lexim Nuno Ferreira Santos
  • James Frost e Ann, na Quinta de Sant'Ana
    James Frost e Ann, na Quinta de Sant'Ana Nuno Ferreira Santos
  • Foz do Lizandro
    Foz do Lizandro Nuno Ferreira Santos
  • Capela de São Julião
    Capela de São Julião Nuno Ferreira Santos
  • Relógio de sol, Igreja de Nossa Senhora do Ó
    Relógio de sol, Igreja de Nossa Senhora do Ó Nuno Ferreira Santos
  • Capela de São Sebastião, Ericeira
    Capela de São Sebastião, Ericeira Nuno Ferreira Santos
  • Interior da Capela de São Sebastião
    Interior da Capela de São Sebastião Nuno Ferreira Santos
  • Visita aos subterrâneos do palácio
    Visita aos subterrâneos do palácio Jornal Público
  • Visita aos subterrâneos do palácio
    Visita aos subterrâneos do palácio Jornal Público
  • A biblioteca é um dos tesouros do Palácio de Mafra
    A biblioteca é um dos tesouros do Palácio de Mafra Nuno Ferreira Santos
  • Palácio Nacional de Mafra
    Palácio Nacional de Mafra Nuno Ferreira Santos

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Mafra, um “mundo velho” que nunca acaba

No palácio, percorremos tantos recantos quanto o tempo vai permitindo. Passamos por algumas das salas que compõem o antigo Paço Real, pelas celas dos frades, pela enfermaria, pelo refeitório e pela biblioteca. Subimos à cúpula da basílica, já na penumbra, e assistimos ao final do pôr do sol nos telhados do edifício. Deixamo-nos deslumbrar pela maquinaria que faria soar os dois carrilhões históricos do edifício, o maior conjunto sineiro do mundo, obra de restauro pela qual Mário Pereira batalhou ao longo do mandato e cujo concurso público para a entrega dos trabalhos permanece aberto desde 2015. Visitamos salas de restauro e o museu de escultura comparada, encerrado numa ala à espera de reabilitação. Privilégios inerentes a um passeio com o director. Há sempre mais uma sala, mais um pormenor por descobrir.

É um edifício que “quanto mais se conhece, mais se admira”, repetirá inúmeras vezes Mário Pereira, parafraseando o cónego Assunção Velho. De todo o monumento, só duas alas são desconhecidas para o responsável. “Nunca encontrámos as chaves de duas portas e, como são fechaduras muito antigas, não queríamos ter de arrombar e estragá-las”, conta. Ao fim de nove anos à frente da direcção do palácio, Mário Pereira diz ter chegado o momento de se reformar. Acredita que se perde o distanciamento necessário às funções depois de muito tempo num cargo de chefia. Mas o edifício ainda não deixou de o surpreender. Há pouco tempo reparou que os recortes nas varandas desenham uma flor-de-lis ou um coração de Cristo consoante a perspectiva e a luz. Seria intencional? “Quanto mais se examina, mais se admira”, dizia o cónego. E talvez seja verdade. Não só o palácio, como todo o concelho.

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