Fugas - restaurantes e bares

  • Miguel Manso
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20 tascas “à antiga” em Lisboa e no Porto

A Provinciana
Travessa do Forno nº23-25 (Rossio).
De 2ª a sábado das 8h às 22h.
Telf: 213 464 704

 

Merendinha do Arco

É possível traçar as origens da Merendinha do Arco pelo menos até aos anos 20 do século passado. David Castro, hoje à frente da casa famosa pelas pataniscas (no seu guia, Tiago garante que “estão entre as melhores da cidade) mostra-nos uma fotografia à porta que revela que o espaço foi naquele tempo uma garagem de carroças. Na década de 40, uma dupla de galegos abriu aqui uma tasca que nos anos 70 se tornou propriedade de um irmão de David já falecido. Quando ficou com o estabelecimento, o actual proprietário fez algumas mudanças, poucas (a cozinha continua a ser na parte de cima) mas o espaço manteve o carácter.
“Ainda há quem chegue aqui e peça um copo de vinho e uma patanisca para comer ao balcão”, diz Tiago. Nas paredes anunciam-se moelas, gambas a la guilho, pregos (sanduiches de bife) e torresmos. Mas a comida de tacho tem pouca saída com os turistas. Estes só querem “peixinho e bacalhau”. Se forem chineses, então, “só querem fritos”. E, nesse campeonato, as pataniscas continuam a ser uma aposta vencedora. A.P.C.

Merendinha do Arco
Rua dos Sapateiros 230-232 (Baixa).
De 2ª a sábado das 8h às 20h.
Telf: 213 425 135

 

Sardinha

Foi o bitoque (bife, ovo estrelado e batatas fritas) que levou Tiago Pais ao Sardinha. Mas depois vieram outras coisas que o convenceram a voltar. Por exemplo, o facto de haver bacalhau à Brás todos os dias – “e não é uma coisa assim tão fácil de encontrar”.
O espaço é pequeno e, como em tantas tascas tradicionais, o trabalho está todo nas mãos de um casal, o sr. Duarte, desde há 34 anos na sala, e a mulher, na cozinha. Discreto, paredes de azulejos com desenhos, ambiente familiar, mas os estrangeiros sempre a espreitar a ementa à porta, tentando decifrar os nomes dos pratos escritos em português. “Está numa zona turística mas conseguiu conservar-se como era”, elogia Tiago.
Quando aparecem turistas – no dia em que lá almoçámos havia uma mesa de russos -, o sr. Duarte tenta entender-se com eles no seu melhor inglês. “To drink? Água?”. E todos se compreendem. Os clientes habituais espreitam a ver se há mesa, vão pedindo o bacalhau à Brás, que é feito na hora e “demora uns minutinhos”, avisa o sr. Duarte, ou o prato do dia – que era feijoada na nossa visita, mas, tomem nota, é cozido à portuguesa todas as quartas e quintas. A.P.C.

Sardinha
Rua do Jardim do Tabaco nº 20 (Alfama).
9h30 à meia-noite, fecha ao sábado.
Telf: 218867437

 

Imperial de Campo de Ourique

Estamos na Imperial de Campo de Ourique, onde mais uma vez se prova que a personalidade do anfitrião é mais de meio caminho andado para o sucesso de uma casa. “O sr. João é uma figura incrível”, dia Tiago. E nós comprovamos, enquanto o vemos a atravessar as duas salas do seu restaurante, a grande velocidade, trazendo grandes tachos de cabidela (tem que ser encomendada de véspera, porque “é feita com capão, sabe? o pica no chão”, explica) cozinhada pela D. Adelaide.
Não tínhamos encomendado cabidela, mas o bacalhau à minhota estava com muito bom aspecto, as batatinhas às rodelas bem fritas e a dobrada também, assim como as moelas, macias e saborosas. “E o vinho, gostou?”, pergunta o sr. João. “É colheita nossa. Da Arruda dos Vinhos”. E apressa-se a explicar que é onde vivem familiares, embora, originalmente, sejam do Minho. E orgulhosos disso.
Tiago foi levado por Gonçalo Santos, o fotógrafo do seu guia das tascas, e provou a cabidela. Voltou e foi sempre tão bem tratado, que a Imperial – mais conhecida como a Tasca do João –, figura nos Palitos d’Ouro com os quais distingue as sete melhores tascas de entre as 50 do livro. A.P.C.

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