Fugas - restaurantes e bares

  • Miguel Manso
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20 tascas “à antiga” em Lisboa e no Porto

Imperial de Campo de Ourique
Rua Correia Teles nº 67 (Campo de Ourique).
De 2ª a sábado das 8h às 22h.
Telf: 213 886 096

 

Zé da Mouraria

Ainda nos vamos a aproximar do Zé da Mouraria e já Tiago vai a elogiar as postas de bacalhau que ali são grelhadas. Escondida numa viela do bairro que lhe dá nome, esta é talvez a tasca que mais se modernizou, mas a vantagem é que quase não damos por isso. Aqui não há sr. Manel e sr. Maria na cozinha e ao balcão – quem tomou conta do espaço do antigo Zé dos Grelhados foi Virgílio Oliveira, que já tinha experiência de chef em hotéis do Algarve e em Luanda.
É ele quem nos recebe, t-shirt preta a dizer o nome, igual à dos empregados, parte dos quais estão na cozinha à volta do dito bacalhau, em postas que, sim, confirmamos, são enormes. É prato do dia todas as sextas e sábados e um emblema da casa onde, orgulha-se Virgílio, só se usam produtos frescos, tal como sonhava que iria fazer quando ainda trabalhava nos hotéis, com congelados. “Esta é a tasca mais emblemática da Mouraria”, anuncia, mas isso já era evidente pelas fotos de visitantes famosos nas paredes.
Os grelhados são prato forte – o entrecosto, a picanha, os choquinhos (“gasto todos os dias 60 quilos de chocos”), mas o arroz de pato à antiga também faz sucesso, até porque é daquele feito a preceito, que “dá imenso trabalho mas vale a pena”. E não vale a pena ter pressa. “O nosso lema aqui é que só sai para a mesa quando estiver bom”. A.P.C.

Zé da Mouraria
Rua João do Outeiro nº 24 (Mouraria).
2ª a sábado das 12h às 16h (não servem jantares)
Telf: 218 865 436

 

Adega Solar Minhoto

Não é em nenhuma tasca num bairro antigo de Lisboa que se come aquele que é um dos melhores bitoques da cidade. É no mais moderno bairro de Alvalade, num pequeno restaurante junto aos bombeiros, nas traseiras do mercado. Chama-se Adega do Solar Minhoto e é conhecido pela esplanada (o espaço interior é pequeno e não muito bonito) e pelos bitoques generosos, com boa carne, bom molho e irrepreensíveis batatas fritas. E estas, lembra Tiago, “são uma parte importante na equação do bitoque”.
Mas a ementa da Adega do Solar Minhoto está longe de se reduzir a este ícone. Há, continua Tiago, uma boa vitela assada, bom bacalhau à Brás e vale a pena experimentar os salgadinhos (pataniscas, croquetes) que vêm para a mesa no início da refeição ou que podem ser comidos na esplanada com uma cerveja. É também poiso para amantes de caracóis. Dois avisos importantes que o autor do guia das tascas nos deixa: muitas vezes é difícil arranjar mesa, pelo que é de evitar as horas de ponta; e as doses são generosas, uma dose para dois dá bem para três. A.P.C.

Adega Solar Minhoto
Av. Rio de Janeiro nº 29F (Alvalade).
2ª a sábado das 8h às 22h.
Telf: 218 489 493

 

O Cardoso  do Estrela de Ouro

Esta é, segundo Tiago, outra casa que vale muito pelo seu anfitrião, o sr. Cardoso que lhe dá nome. Chama-se O Cardoso do Estrela de Ouro porque fica mesmo ao lado do bairro operário Estrela de Ouro, na Graça, fundado no início do século XX por um conhecido empresário de Lisboa, Agapito Serra Fernandes.
O espaço é apertadinho, praticamente um corredor, com as mesas alinhadas entre a parede e o balcão. A clientela fiel chega para almoçar e o sr. Cardoso vai conseguindo encaixar uns e outros, serviço rápido e boa disposição a ajudar a que tudo funcione.
Nota: esta é uma casa de caracóis. Quem, na época deles, anda à procura de sítios de confiança onde os possa comer, fica a saber que tem aqui um deles – “doses generosas e apuro certeiro”, nas palavras de Tiago. De resto, há os tradicionais pratos do dia, sempre prontos a sair, do bacalhau com grão ou à lagareiro das segundas-feiras ao cabrito ou coelho dos sábados, com passagem pelos pastéis de bacalhau com arroz de feijão, a dobrada (feijoada tradicional com carne de porco), o (quase omnipresente neste tipo de tascas) bacalhau à minhota, o cozido às quintas e a cabidela às sextas. A.P.C.

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