Fugas - Viagens

  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro
  • Sousa Ribeiro

Continuação: página 6 de 8

O céu ainda pode esperar, há outro paraíso na terra

A manhã desponta cheia de luz e o sol matutino não tarda a flamejar e a castigar a terra. Alugo uma bicicleta e parto, com um mapa no bolso, ao encontro das paisagens que rodeiam Yangshuo, cruzando-me com mulheres que fazem uma pausa nos trabalhos agrícolas para um breve almoço, com pescadores, com búfalos parcialmente imersos nas águas, tudo rodeado por arrozais como um manto verde e por montanhas que há 300 milhões de anos estavam submersas.

A meio da manhã, sento-me numa das margens do Yulong, um dos afluentes do Li, e observo a ponte do Dragão, o elegante arco projectando-se nas águas do rio, com as suas pedras gastas ao longo de uma existência de mais de 600 anos. Observo a indolência dos anciãos, com os seus cachimbos, um olhar perdido no passado e regresso pelo mesmo trilho, detendo-me em frente de uma árvore com mais de 1500 anos ou subindo à Yueliang Shan (colina da Lua), com o seu buraco em forma de lua. A vista global que se abraça é inesquecível, entra na memória e promete ficar até que a memória de nada mais se lembre.

Pela tarde, percorro outros caminhos, entre Xingping e Yangdi. A primeira, com as suas colinas, surge nas notas de 20 yuans mas a sua história contempla mais de dez séculos, alguns dos quais testemunhados por antigas e elegantes mansões. Yangshuo não é um lugar de quem alguém sinta, mesmo ao fim de muitos dias, vontade de partir. Há grutas interessantes, lama para cobrir o corpo antes de um mergulho em piscinas de água fresca, aldeias históricas como Fuli, com as suas casas de pedra e as suas vielas também empedradas - passando, de caminho, pelo lugarejo de Dutou antes de entrar no ferry, juntamente com a bicicleta, para atravessar para a outra margem.

East or west, Yangshuo is the best.

Guia prático

Como ir

Como não existem ligações aéreas directas entre Lisboa e Guilin, a alternativa passa por voar até Pequim ou Hong Kong (dista cerca de 500 quilómetros daquela cidade da província de Guangxi) e, uma vez aí, recorrer a um voo interno ou a outro meio de transporte. É importante ter em conta que os voos a partir de Hong Kong são por norma mais caros (entre 30 a 40%), pelo que se recomenda que o faça desde Shenzen (onde pode chegar de barco ou de comboio), cidade que também liga a Guilin de autocarro (conte com umas 12 horas de viagem). A opção mais em conta e talvez mesmo mais prática implica uma escala em Kuala Lumpur, capital da Malásia servida por diferentes companhias aéreas (pode encontrar boas promoções entre os 500 e os 600 euros). De Kuala Lumpur, a AirAsia viaja directamente para Guilin a preços em conta (mais ainda se reservar com grande antecedência). O aeroporto internacional de Liangjiang está situado a 30 quilómetros do centro da cidade – há autocarros pelo menos de trinta em trinta minutos.

Quando ir

O Norte (onde estão situados Guilin e Yangshuo) e o Sul de Guangxi gozam de climas distintos. Se, por norma, o calor tropical e a humidade estão associados à região, com temperaturas de 13 graus em Janeiro e 28 em Agosto, talvez não seja má ideia transportar consigo algumas roupas quentes, especialmente se estiver nos seus planos estender a viagem até ao nordeste da região, com um clima mais moderado nas montanhas e, durante o Inverno, com queda de neve e de geada. As maiores precipitações ocorrem, geralmente, entre Junho e Agosto mas, embora menos forte e mais constante, a chuva também faz a sua aparição em Março.

--%>