Fugas - Viagens

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São Petersburgo: a janela virada para a Europa está a abrir-se para nova revolução

Onde dormir

Se algum dia sonhou dormir num palácio de Verão, São Petersburgo oferece-lhe a possibilidade de materializar o desejo. Pedro, o Grande mandou erguê-lo, em Strelna, a escassos 25 quilómetros do centro da cidade, e Vladimir Putin fez do palácio Constantino, não muito longe do Peterhof (dez minutos de carro), a sua residência oficial, acolhendo os seus convidados bem próximo, no majestoso cinco estrelas Baltic Star Hotel (www.balticstar-hotel.ru), na Beriozovaya al, 3, inaugurado em 2003, por altura das celebrações dos 300 anos de São Petersburgo. Por um duplo, espere pagar entre 70 e 85 euros, por uma suíte entre 125 e 180, por um apartamento presidencial 500 euros e por uma cottage, com sauna e piscina, numa área que se estende por 1200 m2, a curta distância do Golfo da Finlândia, entre 800 e 950 euros.

Após abrir, em finais de 2009, próximo da estação ferroviária, o Hostel Soul Kitchen (www.soulkitchenhostel.com), optou por novas instalações, nas margens do Moika (nab Reki Moyki, 62/2) e relativamente próximo de atracções como o Hermitage e as catedrais de Kazan e de São Isaac. Com vários prémios conquistados ao longo dos últimos anos, é um espaço repleto de charme, com o conforto de um hotel-boutique e preços em conta. O Soul Kitchen dispõe de dormitórios para quatro e oito pessoas (entre 13 e 20 euros por pessoa), todos com cortinas que garantem alguma privacidade, quartos privativos para famílias ou grupos, de duas a cinco pessoas (a tarifa depende da ocupação e varia entre os 30 e os 90 euros) e duplos (entre 35 e 90 euros, dependendo da época do ano).

A visitar

Numa cidade com 2500 bibliotecas, uma centena de museus e 25 teatros, entre outras atracções, difícil mesmo é traçar um plano para desfrutar de tudo quanto oferece São Petersburgo. Não deixe de visitar o Museu Russo, inaugurado por Nicolau II em 1898, com ícones tradicionais e pinturas vanguardistas do século XX — ocupa uma parte do palácio de Mármore, uma obra-prima do neoclássico que Catarina, a Grande, mandou construir para Grigori Orlov, um dos seus amantes. O palácio Tauride (oferecido a outro amante, Grigori Potemkin, herói da guerra da Crimeia) também não deve ser ignorado: os seus salões acolheram o primeiro parlamento russo (Duma), pouco antes da Revolução. Para os amantes da literatura russa, tem a casa-museu Dostoiévski, naquela que foi a sua última residência, a casa-museu Pushkin, onde o escritor viveu durante 30 anos, e, ainda, a casa onde Vladimir Nabokov passou a sua infância e uma parte da sua juventude. Também pode visitar a casa de Pedro I, erguida em 1703 em estilo holandês, o Kunstkammer, que abriga o Museu de Antropologia e de Etnologia ou simplesmente de dar um passeio de barco ao longo dos canais que rasgam a cidade ou de admirar as suas pontes. Para algo diferente, talvez uma saltada ao Museu Erótico, que preserva o pénis de Grigory Rasputin, o monge louco que achava que a vida apenas fazia sentido com pecado (álcool e sexo) e redenção (orações) — o pénis continua a ser alvo de atenções mas não tanto como junto das senhoras da aristocracia da segunda metade do século XIX, conhecedoras dos seus poderes místicos e, mais ainda, dos seus invulgares atributos físicos (30 centímetros, se tiver curiosidade).

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