Fugas - Viagens

  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso

Continuação: página 3 de 10

Boston, a revolucionária tranquila

E é seguindo-lhe o rasto que não só descobrimos o passado, como o presente e o futuro da cidade: uma verdadeira red-brick lane, uma linha de tijolos vermelhos que serpenteiam parte da cidade como um GPS analógico e constitui o Freedom Trail. E para quem, como nós, tem pouco tempo disponível é a melhor maneira de ter uma visão ampla da cidade, uma vez que atravessa os seus bairros mais importantes; se acompanhada por uma das grandes atracções da cidade, os Boston Duck Tours, amplia-se um pouco o perímetro da exploração e até se entra no rio; com um pouco mais de tempo, sai-se desse circuito e tem-se um relance dos bairros up and coming. Sim, a nossa estadia é curta – mas nós não paramos.

Flanar é preciso

Temos tempo até para ir oceano adentro — mas isso será história para outra oportunidade. Por agora falamos apenas da visão da cidade desde o mar: uma parede de arranha-céus que parece que chegam até à beira da água. O barco não está de partida — está de chegada, o ferry que percorreu a costa desde norte até entrar na baía diante de Boston, povoada de ilhas. É-nos difícil perceber a excentricidade da linha costeira da cidade, com a foz do rio Charles a intrometer-se, a pista do aeroporto a acompanhar-nos a certa altura.

Assumimos: chegamos a Boston perdidos na sua geografia mas rapidamente percebemos a sorte da localização do nosso quartel-general. Mesmo em frente, o jardim público da cidade, com gradeamento a toda a volta e lago-ampulheta onde “cisnes” deslizam empurrando barcaças de madeira com cadeiras — num dia de semana de manhã são tomadas de assalto por crianças em visita de estudo (e continuaremos a vê-las por todo o Freedom Trail) — enquadrado por arranha-céus; na esquina, a Rua Newbury, fila de casas de tijolo vermelho e passeios largos do que chegou a ser a zona mais elegante de Boston e agora é a artéria comercial mais desejada (à nossa frente, a Chanel, por baixo de nós a Tiffany’s, por exemplo), com uma mescla de restaurantes e cafés que transbordam para esplanadas (ao nosso lado um café Nespresso) e galerias de arte.

Uma curta caminhada leva-nos até à Copley Square e um pouco mais de persistência desemboca na Prudential Tower — a entrada é por um centro comercial, mas o destino de turistas é o 50.º andar, onde o Skywalk Observatory proporciona vistas de 360º sobre a cidade (e é o mais alto “miradouro” da Nova Inglaterra); ou o 52.º, com o restaurante Top of the Hub a oferecer refeições a pairar sobre Boston. Bem mais perto, também em redor do jardim público, com a estátua equestre de George Washington a receber-nos, temos o célebre Cheers, que inspirou a série homónima — parece ter já visto melhores dias: num sábado à noite tem meia dúzia de pessoas no espaço pequeno (qualquer semelhança com o “irmão” televisivo não é pura coincidência: simplesmente não existe). Cheers não foi a única série ou filme cuja acção se passa em Boston, tendo a cidade servido como pano de fundo (ainda que muitas vezes grande parte da produção fosse em Hollywood) a Ally McBeal, The Practice e o seu spin-off Boston Legal (curiosamente, tudo séries de “advogados”), The Departed, Good Will Haunting, Mystic River, American Hustle, The Heat e o mais recente Spotlight, por exemplo, e quem quiser pode reconstituir os cenários com visitas temáticas.

--%>