Fugas - Viagens

  • Miguel Manso
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Boston, a revolucionária tranquila

É ainda a bordo do veículo anfíbio que chegamos a Charlestown, do lado norte do porto de Boston, um “percurso acidentado” em direcção ao Bunker Hill Monument, numa colina, claro. Este é um obelisco muito parecido com o Washington Monument, mas construído vários anos antes (concluído em 1843), para comemorar a batalha de Bunker Hill, uma das primeiras (e mais sangrentas) da Guerra Revolucionária (1775). Passagem pelo City Square Park, o local fundacional de Charlestown, onde o primeiro governador do Massachusetts construiu a sua casa e conhecido como a “porta de entrada de Boston”.

Para Paul Revere foi a porta de saída para a sua midnight ride (“cavalgada da meia-noite), quando, na iminência do ataque das tropas britânicas a Lexington e Concord, pediu emprestado um cavalo aqui na zona para alertar a colónia, no que foi o início da Guerra Revolucionária que resultou na criação dos EUA. Da gesta de Paul Revere (eternizada no célebre poema de Longfellow Paul Revere’s Ride: “Listen, my children, and you shall hear/ of the midnight ride of Paul Revere (...)” – assim começa, em tom épico) está Boston cheia de histórias, incluindo na Old North Church (a mais antiga igreja da cidade ainda de pé), onde os sinais do ataque foram dados: uma lanterna acesa se fosse por terra, duas se fosse por mar.

Nós na cidade

Já estamos em North End, caminhando entre ruas vibrantes de comércio familiar. Este bairro é a Little Italy de Boston — restaurantes (mais de cem), cafés, geladarias e pastelarias não faltam. Em algumas destas últimas fazem-se filas para os tradicionais cannoli, que provamos (e aprovamos) depois da entusiasta indicação de uma companheira de viagem. É também o bairro mais antigo da cidade, por isso não surpreende que aqui esteja a casa de Paul Revere, a mais antiga de Boston, em praça de empedrado gasto e desirmanado.

E se durante grande parte da nossa estadia ficamos nesta parte “central” de Boston, temos uma passagem efémera pelo distrito de Four Point Channel. Aqui, o Instituto de Arte Contemporânea, edifício de vidro, ângulos rectos que se destacam na “caixa” saliente que é, digamos, a sua coroa, ajudou ao renascimento da zona, atraindo artistas e restaurantes — muitos, como aquele onde jantamos, diante da água.

Sim, também queremos voltar a Boston para buscar todos os instantes em que não estivemos perto do mar. Mas não só. Queremos, por exemplo, visitar o Isabella Stewart Garden Museum, atravessar o rio até Cambridge e, porque não?, ir a Fenway Park assistir a um jogo dos Red Sox, a mítica equipa de beisebol da cidade, como se fôssemos adeptos desde pequeninos — boné já não nos falta, caímos em tentação perante as tantas bancas nas ruas que vendem merchandising da equipa. E se calhar este é o verdadeiro espírito de Boston: fazer-nos querer ser parte dela.

GUIA PRÁTICO

Como ir
A Fugas viajou no voo inaugural da nova rota Lisboa-Boston, que une as duas cidades diariamente desde 1 de Julho num “novo” Airbus 330-200. Os preços começam em 489€ (simulação para partida em meados de Setembro e regresso uma semana depois).

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