Fugas - hotéis

  • Orquídea Paulo, a governanta-geral do Sheraton
    Orquídea Paulo, a governanta-geral do Sheraton Fernando Veludo/nFactos
  • Firmino Lopes trabalha no Sheraton desde 2004. Hoje é o concierge do cinco estrelas do Porto.
    Firmino Lopes trabalha no Sheraton desde 2004. Hoje é o concierge do cinco estrelas do Porto. Fernando Veludo/nFactos
  • Renato Rocha, o guest relations do Sheraton Porto
    Renato Rocha, o guest relations do Sheraton Porto Fernando Veludo/nFactos
  • Gabriela Meireles, proprietária e anfitriã da Casa do Campo
    Gabriela Meireles, proprietária e anfitriã da Casa do Campo Bárbara Raquel Moreira
  • Gabriela Meireles, proprietária e anfitriã da Casa do Campo
    Gabriela Meireles, proprietária e anfitriã da Casa do Campo Bárbara Raquel Moreira
  • Hugo Silva, chef executivo do Farol Design Hotel, Cascais
    Hugo Silva, chef executivo do Farol Design Hotel, Cascais Miguel Manso
  • Teresa Gaspar, directora de recursos humanos do Farol Design Hotel, Cascais
    Teresa Gaspar, directora de recursos humanos do Farol Design Hotel, Cascais Enric Vives-Rubio
  • Do concierge à governanta, passando pelo guest relations, quase todos os funcionários de um hotel estão lá para fazer com que os hóspedes se sintam em casa
    Do concierge à governanta, passando pelo guest relations, quase todos os funcionários de um hotel estão lá para fazer com que os hóspedes se sintam em casa Daniel Rocha

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Quem são as pessoas que fazem os hotéis?

Tudo isto em vários momentos — a abertura ao turismo deu-se com apenas dois quartos; dois empréstimos, duas grandes obras e três décadas depois, são dez os quartos. Já antes se recebiam hóspedes no solar, sublinha Gabriela, professoras que vinham dar aulas para a região. “Eu ainda vivia aqui, foi um dois-em-um: tínhamos companhia e entrava dinheiro.” A mãe, viúva, que teve de trabalhar quando os negócios da família deixaram de ser lucrativos, pôde fazer algo de que gostava: receber pessoas em casa. A transição para o turismo não foi, portanto, difícil. E foi providencial. “Os fundos europeus ajudaram a fazer as obras de que a casa necessitava”, reconhece. É que uma casa destas é um orgulho e um fardo. “Tem muitos dias escuros, estamos muito isolados, não há procura”, reflecte Gabriela. Não esquece as palavras de uma espanhola em situação semelhante: “Estas casas são heranças hipotecadas.” Este ano, acabaram o pagamento do último empréstimo. É com alívio que Gabriela o diz. Sabe que ela e o irmão fizeram o possível para manter a herança para as gerações seguintes. Como testemunho do passado: este ano, o cineasta João Botelho esteve uns dias na casa, a filmar Os Maias. Quem quiser espreitar verá a sala de entrada, o salão, um quarto com dossel e um corredor luminoso.

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