Fugas - Viagens

  • O chef Ants Uustalu prepara o prato principal
    O chef Ants Uustalu prepara o prato principal Miguel Madeira
  • Tauno Laasik, 44 anos, prepara o peixe na cozinha comunitária em Tartu
    Tauno Laasik, 44 anos, prepara o peixe na cozinha comunitária em Tartu Miguel Madeira
  • O chef do Noa
    O chef do Noa Miguel Madeira
  • Um peixe ao vapor com puré de batata e alho selvagem
    Um peixe ao vapor com puré de batata e alho selvagem Miguel Madeira
  • No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu
    No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu Miguel Madeira
  • No Restaurante F-hoone, em Talin
    No Restaurante F-hoone, em Talin Miguel Madeira
  • No Restaurante Ööbiku
    No Restaurante Ööbiku Miguel Madeira
  • No mercado na ilha de saaremaa
    No mercado na ilha de saaremaa Miguel Madeira
  • Em Talin
    Em Talin Miguel Madeira
  • Em Talin
    Em Talin Miguel Madeira
  • Em Talin
    Em Talin Miguel Madeira
  • Mural em Tartu
    Mural em Tartu Miguel Madeira
  • O luxo do Hotel Padaste Manor
    O luxo do Hotel Padaste Manor Miguel Madeira
  • No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu
    No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu Miguel Madeira
  • Triin Ivandi, a guia no pântano de Marimetsa, em Haapsalu
    Triin Ivandi, a guia no pântano de Marimetsa, em Haapsalu Miguel Madeira
  • Porto de Parnu
    Porto de Parnu Miguel Madeira
  • Praia de Parnu
    Praia de Parnu Miguel Madeira
  • A estrada que liga as ilhas Muhu e Saaremaa
    A estrada que liga as ilhas Muhu e Saaremaa Miguel Madeira

Continuação: página 5 de 8

A Estónia que se come

Porém, há influências positivas desse passado, continua: muitos dos pratos básicos do menu estónio são de países da ex-URSS, e muitos deles são “interessantes”. “Pensemos nos pratos da Geórgia e das montanhas do Cáucaso, que só recentemente captaram a atenção do público europeu e na verdade são bastante comuns aqui na Estónia desde meados do século XX.”

Quanto à vontade da cozinha moderna estónia pertencer à “nova cozinha nórdica”, não se trata apenas de geografia. “Faz parte da nossa luta para nos identificarmos e associarmos aos países nórdicos em vez de aos países da Europa de Leste, aos quais estivemos associados na era soviética”, considera. Daí esta associação não ser apenas uma questão de geografia ou de comida, é uma questão “política também”.

É preciso não esquecer outras razões, conclui: “A comida nórdica é altamente popular neste momento, quem é que não quer ficar associado a estes tipos cool?”

Restaurantes

Restaurante Alexander.  Tel.: +372 454 8800. www.padaste.ee
Restaurante Noa.  Tel.: +372 508 0589. www.noaresto.ee
Restaurante Ööbiku.  Tel.: +372 56 93 55 15. www.oobiku.ee
Cozinha comunitária de Tartu.  Contacto através de maitseelamuse.koda@gmail.com
(30 euros por pessoa, três pratos)

 

Hotel Padaste Manor, a simplicidade é o maior luxo

A Estónia tem mais de 1500 ilhas, a maioria desabitadas, minúsculas. Uma das três maiores, apesar de pequena, é a ilha Muhu, onde uma das actividades é a observação de pássaros. A Muhu fica entre duas ilhas, Saaremaa e Hiiumaa, e chega-se em cerca de meia hora a partir do continente, de Virtsu (é a duas horas de Talin e quatro de Riga).

Um dos lugares especiais desta ilha é o hotel de luxo Padaste Manor, com 24 quartos e capacidade máxima para 63 pessoas — o hotel organiza também sessões de caça. As origens da propriedade datam do século XIV e a casa principal ainda mantém alguma da estrutura original, apesar de o edifício ter sido ampliado no século XIX.

É uma casa senhorial em tons rosa, com dois andares, chão em tábua corrida, tapetes persa e decoração em tons ocre, entre o moderno e o rústico — tem depois mais duas zonas com quartos, o restaurante de Verão e uma “casa” privada. Em frente há o jardim e depois o mar. No spa, os cremes usados são preparados na hora, com leite de cabra, por exemplo.

É preciso vir com tempo para ir relaxando e deixando a paisagem entranhar-se, aproveitando os pequenos recantos desta propriedade: as cadeiras à beira da água, a “banheira” de madeira com água quente a céu aberto, o bosque em volta que se pode explorar de bicicleta.

Explica Martin Breuer que a filosofia é do “luxo simples”. Ele é holandês e tudo começou quando um dia um amigo estónio lhe telefonou a desafiar: “Lembras-te daquele sítio onde fomos a um piquenique? Está à venda.” E assim entrou no negócio num lugar que tinha visitado em 1992 e pelo qual tinha ficado fascinado, porque viu “a energia das pessoas e como havia este desejo de respirar, de ser parte da Europa, do mundo, de mudar as coisas e o país”. A propriedade estava em ruínas, mas Martin conhecia “a beleza, um silêncio incrível, sem poluição, as estrelas na horizontal — também crescem à nossa frente”.

--%>