Fugas - Viagens

  • O chef Ants Uustalu prepara o prato principal
    O chef Ants Uustalu prepara o prato principal Miguel Madeira
  • Tauno Laasik, 44 anos, prepara o peixe na cozinha comunitária em Tartu
    Tauno Laasik, 44 anos, prepara o peixe na cozinha comunitária em Tartu Miguel Madeira
  • O chef do Noa
    O chef do Noa Miguel Madeira
  • Um peixe ao vapor com puré de batata e alho selvagem
    Um peixe ao vapor com puré de batata e alho selvagem Miguel Madeira
  • No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu
    No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu Miguel Madeira
  • No Restaurante F-hoone, em Talin
    No Restaurante F-hoone, em Talin Miguel Madeira
  • No Restaurante Ööbiku
    No Restaurante Ööbiku Miguel Madeira
  • No mercado na ilha de saaremaa
    No mercado na ilha de saaremaa Miguel Madeira
  • Em Talin
    Em Talin Miguel Madeira
  • Em Talin
    Em Talin Miguel Madeira
  • Em Talin
    Em Talin Miguel Madeira
  • Mural em Tartu
    Mural em Tartu Miguel Madeira
  • O luxo do Hotel Padaste Manor
    O luxo do Hotel Padaste Manor Miguel Madeira
  • No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu
    No Restaurante Alexander, Padaste Manor, ilha de Muhu Miguel Madeira
  • Triin Ivandi, a guia no pântano de Marimetsa, em Haapsalu
    Triin Ivandi, a guia no pântano de Marimetsa, em Haapsalu Miguel Madeira
  • Porto de Parnu
    Porto de Parnu Miguel Madeira
  • Praia de Parnu
    Praia de Parnu Miguel Madeira
  • A estrada que liga as ilhas Muhu e Saaremaa
    A estrada que liga as ilhas Muhu e Saaremaa Miguel Madeira

Continuação: página 6 de 8

A Estónia que se come

Em 1996 o hotel abriu, depois de os sócios terem decidido que numa propriedade destas, numa ilha tão pequena, a “pegada” tinha que ser a menor possível, daí terem apostado no mercado pequeno mas caro. Eram quatro quartos, uma sauna e um pequeno restaurante. Hoje têm o Alexander, número um na Estónia há anos (ver texto ao lado). “Para nós a simplicidade é o maior luxo. Luxo não é sobre ouro, é sobre elementos pequenos, confortáveis e humanos. Significa que queremos ser parte do ambiente, ligarmo-nos à natureza e à cultura que nos rodeia. O nosso luxo está escondido. Somos pessoas bastante viajadas e os hóspedes também — têm entre 25 e 50 anos, viram bastante do mundo, e vêm aqui para uma experiência especial.”

E conclui: “Num mundo globalizado, que tem grandes coisas e onde nos tornamos cidadãos mundiais, as pessoas querem ter experiências genuínas. Nesse aspecto não gosto de turistas, mas adoro viajantes.”

Hotel Padaste Manor. Ilha Muhu 94716. Tel.:+372 4548800. www.padaste.ee

GUIA PRÁTICO

Talin

Com cerca de 430 mil habitantes, Talin é uma cidade que se percorre rapidamente. No coração há muralhas medievais e é isto que a capital da Estónia vende — a zona foi, de resto, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. É normal passearmos pelas ruas e sermos abordados por animadores vestidos à época. Na rua sente-se também o cheiro a amêndoas caramelizadas, cozinhadas à moda antiga.

Mas um pouco fora da zona turística, com os seus edifícios pintados de cores claras, há a zona de casas de madeira de Kalamaja, a “trazer o mar mais perto dos visitantes”, como lembra o turismo. Talin é também uma das capitais digitais do mundo: tem Internet em todo o lado.

A cidade tem ainda um enorme parque, o Kadriorg, ideal para correr, andar de bicicleta ou passear — com 70 hectares, começou a ser construído em 1718 sob ordens russas e é aqui que estão vários museus, como o KUMU ou o Kadriorg. No Verão, é de tentar assistir ao Festival da Canção no Song Festival Ground, onde cerca de 25 mil cantores ficam no gigante palco em escadinhas, e por volta de 100 mil pessoas assistem: só acontece de cinco em cinco anos e este ano é de 4 a 6 de Julho. Talin tem ainda uma cultura forte de restaurantes e cafés, por isso deixamos aqui algumas sugestões.

Onde comer

Leib ja Aed

As paredes são forradas com desenhos de legumes gigantes em cores castanhas e alaranjadas e verdes, o décor é em tons mate, com poucas coisas, e para a mesa vêm também pratos simples como bochechas de porco, acompanhadas de puré de batata “pintado” do verde do alho selvagem. Entra-se no Leib ja Aed por um pátio, com mesas cá fora, mas hoje, início de Maio, chove e está frio, de modo que ficamos no interior.

Janno Lepik, 33 anos, um dos donos do restaurante, explica que o conceito da sua cozinha é ter poucos ingredientes, mas comprados a produtores locais. “Fazemos comida muito simples”, diz, com estilo mais francês, ou seja, menos quantidade.

A escolha dos produtos locais permite ter o contacto com os agricultores, com as quintas, comprar produtos ecológicos e saudáveis. Mudam de menu três ou quatro vezes por ano, de acordo com as estações, portanto Janno Lepik não escolhe nenhum prato em particular para nos recomendar. O gelado de pão escuro e o leite-creme de pão escuro estão sempre na ementa. Há “licores” caseiros, de ruibarbo ou groselha.

--%>