Fugas - Viagens

  • Nuno Ferreira Santos
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Vale do Loire: Entre reis e rainhas no coração da França

Cinco palácios

Château d’Amboise

Chegados ao pequeno aeroporto de Tours, transformado pela Ryanair em placa de confluência de rotas vindas, por exemplo, do Porto e Funchal (esta só nos meses de Verão), de Marselha e Marraquexe, de Londres e Dublin…, o passeio pode começar pelo Château d’Amboise, uma pequena cidade na margem sul do Loire, que foi capital do reino no tempo de Francisco I, mas também dos seus dois antecessores Luís XII (1462-1515) e o infortunado Carlos VIII (1470-1498), que aí nasceu, e morreu, com apenas 27 anos, depois de ter batido com a cabeça na ombreira de uma porta quando se divertia com os seus pagens.

Este episódio funesto será explicado e romanceado pelo guia da visita, que nos mostrará também como aí terá nascido um antecessor do actual jogo de ténis — vem de “tenez” = “toma”, palavra de ordem de uma espécie de “jogo da pela” que os fidalgos praticavam no fosso do castelo.

Entra-se pela Porta dos Leões, que nos conduz a um pátio amplo, de onde podemos admirar a fachada gótica da edificação de quatro pisos, encimados por chaminés e janelas profusamente decoradas.

Nesses tempos em que foi corte real, o Château d’Amboise foi bastante maior do que é hoje — esta evolução está documentada numa maqueta que nos mostra que a edificação chegou a ter mais de duas centenas de divisões!... Mas as marcas da sua monumentalidade e estética gótica mantêm-se. E ganham especial expressão na exuberância flamejante da Capela de St. Hubert, que guarda os restos mortais de Da Vinci (ver caixa).

Percorrendo os dois pisos de exposição, o visitante pode admirar as salas dos guardas — por onde passou o famoso D’Artagnan, capitão dos mosqueteiros de Luís XIV —, a dos músicos, decorada com belas tapeçarias flamengas, a do escanção, com uma inovadora mesa de sala de jantar “à italiana”. E também os aposentos e o mobiliário gótico da época de Carlos VIII e de Ana de Bretanha — que viria a ser duas vezes rainha de França, consorte daquele e depois do seu sucessor Henrique II.

Na sala que detém o nome deste monarca, é possível ver a exposição documental Um fio de seda, da China a Amboise, que testemunha a importância que este tecido teve na época, antes de Amboise ter perdido para Tours e Lyon a disputa do seu comércio.

Entre os aposentos reais — e por aqui passaram, além dos reis já citados, Henrique IV, Luís XIII e XIV, Francisco II, Louis-Philippe, além de Abd el-Kader, o chefe tribal e religioso argelino que liderou a luta contra a dominação francesa em meados do século XIX, e que esteve aprisionado no Château d’Amboise durante quatro anos, até ser libertado por Napoleão III, respondendo a forte pressão pública nesse sentido.

No interior do palácio, podemos também ver o aposento de Catarina de Médicis, a rainha que encontraremos bem mais presente no Château de Chenonceau, a escassos 15 quilómetros de Amboise.

Amboise. Tel.: +33 (0) 247 570 098
Aberto todos os dias do ano, excepto 1 de Janeiro e 25 de Dezembro
www.chateau-amboise.com

Château de Chenonceau

Construído durante a primeira metade do século XVI, este palácio começou por ser uma espécie de “presente” do rei Henrique II à sua “favorita” Diana de Poitiers, que o fez rodear de um dos mais belos jardins da época, na margem do rio Cher, afluente do Loire. É conhecido como o “Château das Damas”, já que, para além de Diana, nele habitaram Catarina, depois da morte de Henrique II, e também as rainhas Margot e Isabel de França, além de Maria Stuart, Isabel de Áustria e Luísa de Lorena.

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